Por que os brasileiros preferem a poupança? Entenda e fuja dessa cilada!

Tempo de leitura: 4 minutos

Perdendo dinheiro na poupança
Perdendo dinheiro na poupança

Mesmo sendo desaconselhada por especialistas, o fato é que os brasileiros preferem a poupança a outros investimentos.

Na verdade, essa preferência pela poupança já vem de anos, e foi confirmada pelo último “Raio X do Investidor Brasileiro”, pesquisa da Anbima (Associação de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O levantamento, feito em parceria com o Datafolha, ouviu cerca de seis mil pessoas maiores de 16 anos de diferentes classes sociais em todas as regiões brasileiras. Nesse sentido, a amostra incluiu a população que trabalha, aposentados e inativos com ou sem renda.

De acordo com a pesquisa, a poupança aparece em primeiro lugar entre as aplicações mais procuradas, com 23% das menções. E, quando falamos das classes A e B, esse percentual sobe para 35%.

Os dados da pesquisa também foram segmentados por idades. Quanto maior a faixa etária, mais brasileiros preferem a poupança. Mas uma coisa é fato: ainda que em proporções diferentes, a velha caderneta ainda é a favorita entre todas as gerações.

16 a 25 anos (geração Z) 26 a 40 anos (millenials) 41 a 60 anos (geração X) Acima de 61 anos (Boomers)
Investe na poupança 15% 24% 28% 29%

(fonte: Raio X do Investidor Brasileiro – 5° edição)

Por que os brasileiros preferem a poupança?

Com base no último Raio X do Investidor Brasileiro, podemos apontar algumas razões para a preferência dos brasileiros. Confira a seguir:

Desconhecimento sobre produtos e instituições financeiras

A pesquisa também mostrou o conhecimento que as pessoas têm sobre os investimentos existentes no mercado. Nesse sentido, a poupança apareceu em 11% das respostas espontâneas, seguida das ações, com 10%. Somente depois, com 6%, vieram os fundos de investimento e os títulos públicos e privados.

Em relação às instituições financeiras, também se percebe baixo conhecimento por parte dos investidores. Quando questionados sobre quais tipos conhecem, 45% dos entrevistados citaram espontaneamente bancos tradicionais. Em segundo lugar ficaram os bancos digitais, com 10% das menções. E somente 7% dos investidores entrevistados disseram ter conta em corretoras de investimentos.

Quando o assunto é investir com qualidade, ambos os pontos acima (conhecer produtos e instituições financeiras) estão relacionados. Perceba que a maioria das pessoas citou a poupança como investimento mais conhecido. E uma parte ainda maior lembrou de grandes bancos, ao passo que poucos conhecem as corretoras.

No entanto, uma corretora oferece uma quantidade muito maior de alternativas do que os bancos. Isso porque essas instituições funcionam como uma vitrine de investimentos, com produtos de várias outras instituições financeiras. Com mais alternativas, as chances de se encontrar opções mais rentáveis também aumentam. Além disso, uma corretora conta com especialistas qualificados especificamente para cuidar de investimentos

Por outro lado, os bancos trabalham somente com os seus produtos. Logo, nem sempre o que o gerente oferece é o mais rentável para o cliente. Lembrando que o gerente do banco é, na maioria das vezes, um generalista que cuida de diversos produtos. Por isso, pode não ter todo o conhecimento do assessor de investimentos de uma corretora.

Segurança para investir

Outro motivo que explica por que os brasileiros preferem a poupança é a busca por segurança. Segundo a pesquisa, na hora de escolher os investimentos, 35% dos entrevistados citam a segurança como principal critério. Em segundo lugar aparece o retorno financeiro, mas bem distante do principal motivo, com 17%.

No entanto, quando perguntadas sobre eventuais desvantagens de investir, 29% das pessoas apontaram o baixo retorno das aplicações. Aqui, novamente fica evidente a falta de conhecimento e de assessoria para investir com mais eficiência.

Por que a poupança é um mau investimento?

Antes de mais nada, você sabe quanto rende a poupança? É fácil entender, acompanhe:

A rentabilidade da poupança segue a variação da taxa Selic. Além disso, existem dois períodos distintos para o cálculo dos rendimentos: um antes e um depois de 4 de maio de 2012.

Para os depósitos feitos antes de 4 de maio de 2012, a poupança paga 0,5% ao ano + TR (taxa referencial). Desde 2017 a TR está zerada.

Já para os depósitos feitos depois da data acima, o cálculo do rendimento da poupança é o seguinte:

– para Selic abaixo de 8,5% ao ano: 70% dessa taxa + TR;

– para Selic acima de 8,5% ao ano: 0,5% ao mês + TR.

O que você precisa saber é que, em ambos os casos, a poupança rende menos do que a atual inflação. Ou seja, ficar na caderneta é uma das formas mais fáceis e rápidas de perder dinheiro!

E como sair da poupança com segurança e mais rentabilidade?

Como vimos, os brasileiros preferem a poupança por desconhecimento e por acharem que essa é a aplicação mais segura do mercado. Porém, existem opções igualmente seguras e bem mais rentáveis, que são bastante acessíveis e simples. A seguir, veremos duas excelentes alternativas:

CDB

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) estão entre os investimentos de renda fixa mais populares no Brasil. Quando você adquire esses títulos, está emprestando dinheiro a uma instituição financeira, mediante uma taxa e prazo predeterminados.

Em relação à segurança, o CDB conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Dessa forma, ele é tão seguro quando a poupança. Outro ponto importante é saber que, com a Selic em alta, você pode encontrar excelentes oportunidades de CDBs no mercado. Por exemplo, há ofertas de títulos prefixados a 14% ao ano ou mais atualmente.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs) funcionam da mesma forma que os CDBs. Ou seja, elas também são títulos emitidos por instituições financeiras para captação de recursos.

Porém, as letras de crédito destinam esses recursos a finalidades específicas. No caso das LCIs, o dinheiro vai para o financiamento da carteira de crédito imobiliário dessas instituições. Já as LCAs financiam projetos do agronegócio, como produtores rurais e cooperativas, por exemplo.

Da mesma forma que os CDBs, as letras de crédito contam com a garantia do FGC, o que também as torna um dos investimentos mais seguros do mercado. Outra vantagem desses títulos é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Por isso, muitas vezes as LCIs e LCAs acabam sendo mais rentáveis do que outros títulos de renda fixa de baixo risco.

E então? Que tal sair da poupança e começar a fazer o seu dinheiro trabalhar para você com eficiência? Você viu que não precisa, necessariamente, correr mais riscos para ter mais rentabilidade, certo? Se você quer cuidar melhor do seu dinheiro, preencha o formulário abaixo para que a equipe da Terra Investimentos possa lhe contatar!


 

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