Como investir em ações: confira o guia completo

Tempo de leitura: 8 minutos

Imagem mostra homem aprendendo como investir em ações
Imagem mostra homem aprendendo como investir em ações

Já imaginou se tornar sócio das maiores companhias brasileiras e ter a possibilidade de ganhar dinheiro com o lucro dessas companhias? Para isso, é fundamental saber como investir em ações, que são pequenos pedaços do capital social de uma empresa. 

Diferentemente do que muitos pensam, investir na bolsa não é só para ricos ou para quem entende tudo de economia. Na verdade, com os avanços tecnológicos, a disseminação da educação financeira e o amadurecimento do mercado de ações, está cada vez mais fácil investir em renda variável. 

Neste guia, você conhecerá os aspectos mais importantes para investir no mercado de capitais com segurança e de forma a rentabilizar o seu dinheiro. Continue a leitura e confira o passo a passo que a Terra Investimentos preparou para você!

Como investir em ações: por onde começar?

O primeiro passo é obter conhecimento sobre tudo o que envolve esse mercado, para que se possa comparar empresas e decidir pelas melhores alternativas de investimento.

Como diz Warren Buffett, “o conhecimento se desenvolve como os juros compostos”, portanto é fundamental nunca parar de aprender e acompanhar constantemente os movimentos da economia e do mercado financeiro. Para isso, é necessário ter domínio sobre alguns conceitos, os quais veremos a partir daqui.

O que são ações?

Uma ação é um título que representa uma fração do capital social de uma empresa. Esses títulos podem estar totalmente nas mãos dos fundadores, ou também distribuídos entre outros investidores, que não necessariamente detenham maioria ou poderes de gestão sobre a empresa, mas que desejam ser sócios por acreditarem no futuro do negócio.

Há duas maneiras mais comuns de lucrar com ações. Nesse sentido, o investidor pode ganhar com a valorização dos títulos, de acordo com o desempenho da companhia ao longo do tempo. Ou seja, quando a empresa tem uma trajetória de resultados positivos e vai ganhando conceito e participação de mercado, a tendência é de que se torne cada vez mais valiosa. Logo, isso se reflete no preço de suas ações, e pode trazer ganhos para o investidor caso ele decida vender os títulos no futuro.

A outra forma de ganhar com ações é com o recebimento de proventos, como dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) ou bonificações, por exemplo. Esses proventos são pagos aos investidores na proporção da quantidade de ações que cada um deles possui. Na sequência deste conteúdo, falaremos mais sobre esses recebimentos.

Outro aspecto sobre as ações é que elas podem ser de diferentes tipos. É importante saber isso pois, dependendo dos objetivos do investidor, haverá uma ou outra ação mais adequada, conforme veremos a seguir.

Ações ordinárias

As ações ordinárias (ON) são as que concedem ao investidor o direito a voto nas assembleias de acionistas. Por isso, elas são as mais indicadas para quem deseja ter alguma influência sobre as decisões da companhia. Na bolsa, identificamos as ações ON pelo número 3 depois das letras que compõem o seu código. Por exemplo,  PETR3 e VALE3 são as ações ordinárias nominativas da Petrobras e JBS.

Ações preferenciais

Já as ações preferenciais (PN) são as que garantem ao acionista a preferência no recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP). Por isso, são as mais indicadas para quem está em busca de renda passiva com investimentos.

De acordo com a legislação, os proventos das ações PN devem ser, no mínimo, 10% superiores dos que os pagos às ações ordinárias. Essas ações são identificadas no pregão pelo dígito 4 no final do ticker, como BBDC4 (PN do Bradesco) e GOLL4 (PN da Gol).

Outros tipos de ações

Além das ações ordinárias e preferenciais, existem outros tipos de títulos que representam empresas, como as units, por exemplo, também conhecidas como certificados de depósito de ações. As units não são propriamente um tipo de ação como as ON e PN, mas são formadas por diferentes tipos de ações, cada qual com suas próprias características.

No conteúdo abaixo, você pode conferir mais detalhes importantes sobre os tipos de ações que podem lhe auxiliar na hora de investir:

Classificação das ações segundo o tipo de empresa

Os tipos que vimos no tópico anterior se relacionam aos direitos que o acionista tem, de acordo com cada título. Mas também podemos classificar as ações segundo as características da empresa, da seguinte forma:

Blue chips

Blue chips é como são conhecidas as ações das empresas mais tradicionais da bolsa, que são líderes ou se destacam nos seus setores de atuação. Por isso, esses títulos são negociados nos pregões em volumes maiores e de forma mais rápida do que outras ações, pois acabam sendo mais procurados por investidores.

De forma geral, as blue chips atual em segmentos mais consolidados da economia, como infraestrutura, commodities, financeiro, entre outros. Por terem mais regularidade na geração de resultados, as ações dessas empresas costumam pagar mais dividendos do que os tipos que veremos a seguir.

Small caps

Apesar do nome, as small caps também são grandes companhias, mas menores em valor de mercado do que as blue chips. Isso porque ainda não alcançaram o mesmo nível de maturidade das gigantes da bolsa, ou atuam em setores da nova economia, normalmente em setores ligados à tecnologia.

Dependendo do estágio de evolução dessas empresas, elas podem gerar prejuízos sucessivos, principalmente nos primeiros anos de atuação. Além disso, precisam investir no negócio bem mais do que as blue chips para que possam se consolidar no mercado. Por isso, não costumam ser boas pagadoras de dividendos, mas oferecem alto potencial de valorização.

Mid caps

Como o nome sugere, as mid caps são ações de companhias que ainda não têm a tradição e o destaque das blue chips, mas que já superaram as etapas iniciais de evolução. Portanto, estão à frente das small caps em valor de mercado e volumes de negociação.

Como escolher e analisar ações?

Até aqui, entendemos o que são e quais os principais tipos de ações. Mas isso ainda não é o suficiente para montar uma carteira, pois precisamos saber como escolher os melhores títulos, certo?

O que analisar em uma ação? Como saber se ela está cara ou barata, e se trará bons resultados? Para responder a essas e outras perguntas, existem metodologias que contemplam diversos aspectos associados às empresas e ao mercado, sendo as mais utilizadas a análise fundamentalista e a análise técnica.

Análise fundamentalista

A análise fundamentalista procura compreender a situação de uma empresa a partir de aspectos internos e externos.

Quando falamos em aspectos internos, estamos nos referindo à empresa em si, ou seja, aos seus fundamentos (daí o nome), como saúde financeira, resultados, governança, e assim por diante. Já os aspectos externos estão ligados a fatores macroeconômicos, como PIB, taxa de juros, inflação, mercado internacional, e tudo mais que possa impactar o seu setor de atuação.

Dependendo da ênfase que se quer dar, a análise fundamentalista pode ter diferentes abordagens. Por exemplo, na abordagem top down (de cima para baixo)a análise parte de aspectos macroeconômicos e vai descendo até chegar em pontos específicos das empresas. Por outro lado, bottom up (de baixo para cima), inicia-se pelas peculiaridades do negócio até chegar ao cenário macroeconômico.

Essa metodologia faz uso de diversos indicadores, que avaliam a relação preço/lucro das ações, os resultados da empresa, o seu endividamento e assim por diante. No link abaixo, você encontra alguns dos indicadores mais importantes utilizados por analistas e investidores:

Análise técnica

Diferentemente da metodologia anterior, a análise técnica (ou gráfica) não prioriza os fundamentos da empresa ou aspectos macroeconômicos na tomada de decisão. Em vez disso, busca determinar a tendência de uma ação a partir dos seus movimentos no passado. Ou seja, ao observar o histórico dos preços, o investidor projeta o que o título poderá valer em um determinado espaço de tempo.

A análise técnica foi popularizada pelo jornalista Charles Dow, fundador do Wall Street Journal. Ele também empresta seu nome ao índice Dow Jones, um dos principais indicadores do mercado financeiro mundial.

Nas palavras de Dow,  “os preços descontam tudo, exceto os atos divinos”. Em outras palavras, desconsiderando eventos imprevistos, como pandemias, guerras ou catástrofes naturais, por exemplo, os preços das ações refletem as informações disponíveis para todo o mercado em determinado momento.

Assim como a análise fundamentalista, essa metodologia também possui os seus próprios indicadores. No link abaixo, você pode conferir alguns dos mais conhecidos:

Estratégias para investir em ações

O objetivo de quem adquire ações ou outros ativos é um só: ganhar dinheiro com o investimento. No entanto, existem diferentes estratégias que podem ser adotadas para se alcançar essa meta. A seguir, veremos algumas das mais utilizadas no mercado acionário.

Buy and hold

Grandes nomes, como o megainvestidor Warren Buffett e o pai do value investing Benjamin Graham são alguns dos expoentes mais famosos do buy and hold – que significa, literalmente, “comprar e segurar”.

De acordo com indicadores fundamentalistas, o holder escolhe suas ações e as mantém em carteira por um longo prazo, desde que continuem sólidas, é claro. Ou seja, o olhar desse tipo de investidor é o de sócio da empresa, pois ele busca entender os seus fundamentos e acompanha seus resultados e perspectivas de mercado. Por isso, ele não está tão preocupado com as oscilações de curto prazo que as ações possam apresentar, já que a sua perspectiva de resultados é de longo prazo.

Ao segurar os ativos por mais tempo, o investidor consegue aproveitar melhor a sua valorização. Isso porque, com o tempo, os impactos dos ciclos econômicos acabam sendo atenuados, além é claro da ação positiva dos juros compostos sobre a carteira.

Day trade e swing trade

Ao contrário da estratégia anterior, quem opera no day trade e swing trade procura aproveitar a volatilidade da bolsa para lucrar no curto prazo.

No day trade, as operações são de curtíssimo prazo, pois começam e terminam no mesmo dia. Ou seja, se o investidor comprou ações pela manhã, ele deve vendê-las antes do fechamento do mesmo pregão para que a operação seja considerada day trade.

Já no swing trade, o tempo entre essas negociações é maior, sendo que os os investidores chegam a permanecer com as ações por alguns dias, ou mesmo semanas. Isso dá a ele mais chance de aproveitar a volatilidade dos ativos para alcançar a rentabilidade desejada, e rever sua estratégia se necessário.

Diferentemente do holder, que utiliza basicamente indicadores fundamentalistas, a principal ferramenta do trader são os índices e gráficos da análise técnica.

Long & short

Na estratégia long & short, o objetivo é ganhar com a valorização de um ativo e com a queda de preço de outro ao mesmo tempo. Para isso, o investidor mantém simultaneamente uma posição comprada (long) no ativo que ele acha que pode se valorizar, e uma posição vendida (short) naquele que pode cair de preço.

Isso pode acontecer quando existe uma correlação negativa entre os dois títulos. Por exemplo, imagine que o dólar esteja em alta, o que beneficia as empresas exportadoras. Por outro lado, a moeda mais cara não favorece as companhias quem precisa importar bens ou insumos. Nesse caso, a ponta long da operação seria a exportadora, pois o câmbio favoreceria as suas receitas e resultados. Já a ponta short seria a importadora, pois seus custos aumentariam com o dólar mais alto, o que poderia prejudicar os seus resultados.

Há outras formas de aplicar essa estratégia, e ela também pode ser utilizada para outros ativos, como fundos imobiliários, por exemplo. Para saber mais detalhes sobre o long & short, clique no link abaixo:

Long & short: conheça essa estratégia de investimento

Preço médio

Há também quem utilize o preço médio como estratégia de investimento em ações, justamente para identificar a partir de que valor se pode vender o título com lucro. Essa é uma forma de encontrar ativos com bom potencial de valorização, mas que estejam momentaneamente mais baratos. 

Como comprar ações?

Aqui no Brasil, as negociações de ações ocorre dentro da B3, a única bolsa de valores que temos no país. A B3 é uma empresa formada a partir da fusão das antigas Bovespa, BM&F e Cetip. É dentro de sua plataforma da B3 que ocorrem as negociações diárias, a listagem das ações, a liquidação das compras e vendas e a divulgação das informações ao mercado. 

Para que os investidores possam negociar as ações na bolsa, eles precisam recorrer a uma corretora de valores, que se encarregará de enviar as ordens de compra e venda dos ativos. Atualmente, todo esse processo é realizado por meio do homebroker da corretora, a plataforma digital que dá acesso ao mercado de ações. 

Carteiras recomendadas facilitam a escolha de ações

Atualmente, a bolsa brasileira tem cerca de 500 empresas listadas. Por isso, quem conhece pouco o mercado de capitais ou não tem o hábito de acompanhá-lo com frequência pode ter dificuldades na hora de escolher as melhores ações para comprar.

Foi pensando nisso que surgiram as carteiras recomendadas de investimentos. Elas são uma seleção de ativos escolhidos por especialistas, para que você possa investir em ações de forma mais fácil e com segurança. 

Além de ajudar nas melhores escolhas, as carteiras recomendadas também indicam os momentos mais adequados de comprar ou vender determinado ativo.  E todo esse processo é feito por profissionais experientes e devidamente certificados.

Vantagens de investir em carteiras recomendadas

  • Praticidade: as ações são recomendadas por especialistas que monitoram o mercado o tempo. Isso torna muito mais prático investir em ações.
  • – Liberdade: com o acompanhamento constante de especialistas, você pode aproveitar melhor o seu tempo, em vez de ficar controlando índices e gráficos.
  • – Facilidade: você investe na carteira recomendada em um clique, e pode ainda contar com a facilidade de automatizar todo esse processo.
  • – Diversidade: A Terra Investimentos oferece seis tipos de carteiras recomendadas. Exceto pela carteira semanal de ações, todas as outras são divulgadas sempre no primeiro dia útil do mês.

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