Com o pomposo nome de Retail Liquidity Provider e apelidada de RLP, que papel essa personagem ocupa de verdade em nosso mercado?
Disponível para o mercado brasileiro desde 05/08/2019, a RLP virou tema de bate papos fervorosos no mercado financeiro, tendo quem defenda com afinco e outros que abominam ferozmente seu uso.
Vale, contudo, salientar que não se trata de algo arbitrado, e sim uma opção. O novo modelo de negociação depende do aceite do cliente.
Resumidamente, ela garante que o preço de execução de uma ordem à mercado será sempre igual ou superior ao book de ofertas (outra vantagem). Eu, particularmente, não considero o fato de poder ter escolhas como algo negativo. Então só o fato de eu poder escolher se quero aderir ou não já é um ponto a mais para a ferramenta.
A ideia é que cada um analise a RLP e decida se as vantagens superam as desvantagens. Sendo assim, vou listar aqui algumas vantagens e desvantagens do badalado produto para que cada um tire suas próprias conclusões (vou me abster de detalhes técnicos, pois não é o objetivo deste post).
Principais Vantagens
- Liquidez: objetivo do programa, essa é a maior vantagem ao investidor de varejo.
- Preços: os preços também serão sempre os melhores do book de ofertas.
- Corretagem: algumas corretoras oferecem benefícios para os clientes que habilitarem a RLP em sua plataforma.
Principais desvantagens
- Conflito de interesses: com a RLP, as corretoras podem operar contra seus clientes e suas próprias recomendações.
- Aumento de risco: a presença de operadores institucionais eleva o nível de conhecimento do mercado. Com isso, torna o cenário mais arriscado para investidores de varejo.
Enfim, o intuito do post é deixar transparente a ideia de RLP, dando insumos para que cada um tire suas próprias conclusões.
#VamosJuntos
Nato Souza é head de produtos da Terra Investimentos.