Vivo (VIVT3): lucro cai 57% no 4° tri 2022 sob efeito de crédito fiscal não recorrente de 2021

Tempo de leitura: 2 minutos

Imagem mostra loja da Vivo (VIVT3)
Imagem mostra loja da Vivo (VIVT3)

A Vivo (VIVT3) reportou lucro líquido de R$ 1,12 bilhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), valor 57,2% abaixo do mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2022, o resultado líquido somou R$ 4,05 bilhões contra R$ 6,22 bilhões de janeiro a dezembro de 2021, queda de 35%.

A piora do resultado do ano passado se deve principalmente ao reconhecimento do crédito fiscal que inflou o lucro em 2021 em R$ 1,4 bilhão. Segundo explicação da Vivo, o valor tem origem na decisão do STF referente à inconstitucionalidade do Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre correções de impostos recolhidos indevidamente.

No 4T22, a receita líquida da companhia cresceu 10% em comparação ao último trimestre de 2021, atingindo R$ 12,65 bilhões, sendo R$ 8,89 bi referente ao serviço móvel (+13,4%) e R$ 2,87 bi, ao fixo (+11,9%) No ano, o total da receita foi de R$ 48 bilhões, alta de 9% na comparação com o exercício de 2021.

O EBITDA (lucro antes dos impostos, juros, depreciação e amortização) recorrente do 4° tri 2022 atingiu R$ 5,23 bilhões, alta de 6,1% na comparação com o mesmo recorte de tempo de 2021. No ano, a evolução do indicador foi de 7%, totalizando R$ 19,28 bilhões, o que reflete a evolução da receita core da operação.

No 4T22, os investimentos alcançaram R$ 2,48 bilhões, valor 6,4% acima na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o montante foi direcionado ao reforço da rede móvel, principalmente para ativação do 5G nas capitais, e à expansão da rede de fibra. No acumulado do ano, o total investido em estrutura foi de R$ 9,53 bilhões, 9,7% acima de 2021.

As despesas financeiras líquidas somaram R$ 604 milhões no 4T22, valor 50,8% acima do mesmo período de 2021, devido ao aumento do endividamento médio e da taxa de juros do período. Em dezembro de 2022, a dívida líquida da Vivo era de R$ 16,87 bilhões contra R$ 10,44 bilhões no final do ano anterior. A Vivo destaca o reflexo da 7° emissão de debêntures que ocorreu em julho de 2022 e empréstimo bilateral captado em abril do mesmo ano.

Retorno ao acionista

Em 2022, o total de proventos (dividendos + juros sobre capital próprio) foi de R$ 5,1 bilhões, sendo que R$ 2 bilhões foram pagos em outubro do ano passado e os próximos pagamentos ocorreram em março e julho deste ano. Além disso, a Vivo realizou recompra de ações no montante de R$ 600 milhões de janeiro a dezembro de 2022. Considerando o valor de mercado em 31 de dezembro, o yield da remuneração total foi de 8,9%.

A Vivo informa ter aprovado o pedido de anuência prévia a ANATEL para poder reduzir o capital social em até R$ 5 bilhões, o que ocorreria neste ano e/ou nos próximos. Também foi aprovado novo programa de recompra de ações de até R$ 500 milhões em ações ordinárias, com duração de um ano e início em 23 de fevereiro de 2023.

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