A Gol (GOLL4) reportou lucro líquido de R$ 230,9 milhões no 4° trimestre de 2022 (4T22), revertendo o prejuízo de R$ 2,8 bilhões do mesmo período do ano anterior. Excluídos os ganhos com variação cambial líquida, a companhia teria apresentado prejuízo de R$ 381,6 milhões no 4T22.
No acumulado do ano, o prejuízo acumulado diminuiu em relação a 2021, passando de R$ 7,37 bilhões para R$ 1,52 bilhão em 2022.
Logo na abertura do mercado nesta quarta (8), a Gol informou que postergou a divulgação dos números auditados de 2022 para 28 de março.
No 4T22, a receita líquida da companhia alcançou R$ 4,72 bilhões, alta de 61,7% na comparação com igual trimestre de 2021. A melhora do indicador ocorreu nos dois segmentos de transportes: passageiros (+56,1%) e cargas (+200,1%).
“A Gol se concentrou em várias iniciativas estratégicas importantes durante o trimestre, tais como: malha aérea mais ampla para destinos de lazer no Nordeste, introdução de novos mercados regionais, retomada de mercados corporativos nas rotas RJ-SP e melhorias dos canais digitais. Combinadas, essas iniciativas ajudaram a aumentar significativamente o RASK (receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos) em 25,3%, e o yield em 24,8% em comparação ao 4T21″, disse a companhia na divulgação de resultados.
O EBITDA recorrente do 4T22 foi de R$ 1,16 bilhão, o que corresponde a uma margem operacional recorrente de 24,7%, alta de 16,2 pontos percentuais (p.p.) em relação à margem do último trimestre de 2021.
As despesas operacionais recuaram 12,3% na comparação com o 4T21, fechando em R$ 4,09 bilhões no último trimestre de 2022.
Ao final de 2022, a dívida líquida ajustada da Gol era de R$ 27,07 bilhões, valor 33,3% superior ao do encerramento de 2021. Já a alavancagem financeira (dívida líquida ajustada / EBITDA ajustado), ficou em 9,5x contra 9,7x em relação ao ano anterior.
No 4T22, a liquidez total da companhia era de R$ 4,14 bilhões, alta de 13,1% frente ao mesmo período do ano anterior.
A Gol encerrou 2022 com frota de 146 aeronaves Boeing 737, sendo 106 NGs, 38 MAXs e 2 NGs cargueiros. 97% da frota é financiada via arrendamento mercantil operacional e 3% financiada via arrendamento financeiro.
