Apesar do nome, as Letras de Câmbio nada têm a ver com investimentos em moeda estrangeira.
Embora sejam pouco conhecidas pelo público em geral, as LCs são acessíveis a todos os tipos de investidores e seu funcionamento é bastante simples.
Assim como os CDBs, as Letras de Câmbio possuem a garantia do FGC e são emitidas com a finalidade de captação de recursos. A diferença é que os CDBs são emitidos por bancos e as LCs, por financeiras.
Dessa forma, quando adquire uma LC, o investidor não está emprestando para um banco, como seria com um CDB. Nesse caso, o “tomador” do empréstimo é a financeira que emitiu o título.
Quer saber mais sobre essa forma de investimento? Continue a leitura!
Tipos de Letras de Câmbio
Da mesma forma que outros títulos de renda fixa, as Letras de Câmbio podem ser classificadas de acordo com a sua rentabilidade:
- Pré-fixadas: rentabilidade fixa (definida no momento da aplicação);
- Pós-Fixadas: rentabilidade atrelada ao CDI, ou seja, o rendimento dependerá do desempenho desse índice e o investidor só saberá ao final do prazo da aplicação;
- Híbridas: uma parte da taxa é fixa (definida no momento da aplicação) e a outra parte é variável, atrelada ao CDI ou a indicadores ligados à inflação, como o IPCA.
Como funciona o investimento em LC?
A combinação de alguns fatores nos mostra como funcionam esses títulos. Saiba quais são:
Rentabilidade
Por serem instituições menores e, normalmente, mais novas no mercado, as corretoras tendem a pagar rendimentos mais atrativos do que os bancos. Por isso, a rentabilidade das LCs é melhor do que a dos CDBs.
Outros fatores que influenciam nos rendimentos desse papel são o prazo da aplicação e as características do emissor. Investimentos com maior prazo costumam ter taxas mais atrativas.
Por outro lado, a rentabilidade tem relação inversa com o porte do emissor. Espera-se um menor risco de corretoras maiores e com mais tempo de atuação. Logo, a remuneração oferecida por estas é menor do que os juros pagos por instituições menores e mais novas no mercado.
Prazo
O prazo desses títulos pode variar bastante, pois é determinado conforme o interesse do emissor. Na prática, as LCs costumam ter vencimentos que vão de 6 meses a 7 anos. Tendo em vista a relação prazo e rendimento, o mais adequado é pensar nas LCs a médio ou longo prazo.
Valor mínimo
Há algumas corretoras que permitem valor mínimo de R$ 1 mil para essa aplicação. Entretanto a média exigida pelo mercado costuma ser maior, sendo que, dependendo do emissor, o valor máximo pode atingir até R$ 50 mil.
Além disso, quanto maior o aporte mínimo das Letras de Câmbio, maior será sua rentabilidade. Dessa forma, ao optar por essa modalidade, vale a pena o investidor direcionar uma boa quantia para a aplicação.
Liquidez
Normalmente, LC tem carência, ou seja, só pode ser resgatada no seu vencimento. Caso o investidor decida fazer isso antes, terá prejuízos na remuneração do título e também poderá arcar com multas por parte do emissor.
Cabe lembrar também que, quanto mais cedo o resgate for feito, maior será a tributação em função da tabela regressiva dos investimentos de renda fixa. Confira:
Tabela regressiva do IR:
E quando optar por uma Letra de Câmbio?
Em função da rentabilidade e do baixo risco, esse investimento é, sem dúvida, uma ótima opção para diversificar a sua carteira. No entanto, há dois aspectos que devem ser avaliados quando você pensar numa LC. Confira!
Tenha uma reserva de emergência
Como vimos, os rendimentos das LCs são mais interessantes comparados a outros títulos de renda fixa. Entretanto, certifique-se de que você poderá deixar esses recursos aplicados pelo prazo contratado. Caso contrário, poderá sofrer penalidades ao resgatá-los antecipadamente.
Não se esqueça da tributação
Outro motivo que faz as LCs valerem mais a pena no longo prazo são os impostos. Dependendo do seu horizonte de tempo, as LCIs e LCAs podem ser mais atrativas, já que são livres do imposto de renda.
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