CDB tem risco mesmo com o FGC? Descubra agora!

Tempo de leitura: 3 minutos

risco do emissor

Uma das portas de entrada para o mundo dos investimentos, os CDBs estão entre as aplicações mais populares do mercado. Simples e acessível, esse título também é uma das principais opções para quem decide fugir da poupança sem perder a segurança.

Teoricamente, o título é um dos investimentos mais seguros, pois conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que tranquiliza os perfis mais conservadores. No entanto, mesmo que mitigado, é importante entender que CDB tem risco sim, pelo simples fato de que os recursos depositados no fundo não cobrem todo o sistema financeiro.

Neste conteúdo, mostraremos os riscos que existem na renda fixa mesmo com a proteção do FGC, e quais os cuidados que você pode tomar ao escolher os seus investimentos. Para isso, conversamos com Paulo Sodré, analista de renda fixa da Terra Investimentos. Continue a leitura e confira as orientações de nossa equipe!

Se o CDB tem risco, como fica a a cobertura do FGC?

Pelas regras atuais, o FGC precisa manter uma liquidez de 2,5%, com tolerância de 0,2 ponto percentual para cima ou para baixo. Ao final de 2022, o patrimônio do fundo somava R$ 107,9 bilhões, o que representa um crescimento de 15,6% em 12 anos. Por outro lado, a sua liquidez fechou o ano passado em 2,23%, ligeiramente abaixo da meta estipulada.

Em outras palavras: se houver falências de bancos que tenham emitido títulos acima dos depósitos do FGC, não haverá dinheiro para ressarcir todos os investidores. A não ser que o cenário seja de uma recessão extrema, é pouquíssimo provável que isso aconteça, mas não é impossível.

Além disso, o fundo leva um tempo para reembolsar os clientes no caso de quebra de uma instituição financeira. Esse pagamento dependerá do envio da relação de credores por parte do interventor ou liquidante.

Oficialmente, não consta no estatuto do FGC um prazo para o ressarcimento. Nesse sentido, a instituição informa que, assim que recebe a listagem de credores, o pagamento inicia entre 10 e 15 dias. O histórico disponível no site mostra que, entre 2018 e 2023, os credores levaram, em média, 26 dias para receber. No entanto, esse prazo chegou a ser maior em anos anteriores (há registros de espera de 3 meses), pois tudo dependerá do contexto econômico.

Outro aspecto importante a considerar é que, da data da intervenção até o ressarcimento, a aplicação não tem correção monetária. E, dependendo das condições de falência da instituição, pode ser que o valor ressarcido seja somente o principal, sem os juros do período.

Certamente, todas essas informações são novidades desconfortáveis para quem julgava ter um CDB 100% garantido em qualquer situação. Por isso, é preciso conhecer alguns aspectos importantes a serem avaliados na hora de escolher um título de renda fixa, conforme veremos a seguir.

Cuidados ao escolher um CDB

O rating de crédito é uma das informações consideradas para avaliar a solidez da instituição financeira emissora do título. Trata-se de uma avaliação feita por uma agência de classificação de risco, que serve de parâmetro para que o investidor decida se a remuneração do título está condizente com o risco que ele oferece.

Ou seja, quanto maior o risco do papel, maior também será a taxa necessária para torná-lo atrativo. Por outro lado, emissores com bom rating não precisam pagar tão caro por seus títulos, pois oferecem mais segurança.

Junto do rating, Paulo Sodré aconselha que se observe como se comporta a operação do banco emissor do título ao longo do tempo. “É preciso entender se a instituição tem um resultado financeiro consistente, com boa lucratividade e bom ROE (um dos principais indicadores de um banco), que deve estar constantemente acima de 15%, pelo menos”, explica o analista.

Além disso, o banco deve apresentar baixa inadimplência. Isso pode ser verificado pela carteira D-H, um índice que classifica a carteira de crédito das instituições de acordo com a qualidade dos devedores. Nesse sentido, quanto pior for a qualidade do devedor, mais ele cai no alfabeto, podendo ser classificado como B, C, D, E, F, G ou H. Quanto menor for a carteira D-H, melhor, menos o banco tende a sofrer com ciclos desfavoráveis de crédito.

Outro indicador importante é o índice de Basileia, que é uma medida de alavancagem. Em outras palavras, esse índice mostra o quanto os bancos possuem de capital próprio em relação a seus ativos.

“De acordo com o Banco Central, o índice de Basileia deve ser de, no mínimo, 11%. Quanto menor for o indicador, mais alavancado o banco estará. Se estivermos olhando para uma Cooperativa, o indicador precisa ser superior a 13%”, detalha Sodré.

Segundo o analista, a análise dos índices de inadimplência e Basileia devem complementar a avaliação de um emissor. “Com esses índices, é possível ter uma boa noção do risco que se está correndo ao emprestar dinheiro para um banco, e o investidor pode ficar mais confortável, ao invés de olhar simplesmente o rating”, conclui.

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