Quando pensamos no planejamento financeiro para o futuro, normalmente a previdência privada é a alternativa mais lembrada. O que algumas pessoas não sabem é que, além de garantir as reservas financeiras de longo prazo, um plano de previdência também pode proteger contra eventos que impossibilitem o trabalho e proporcionar segurança patrimonial aos familiares. Tudo isso pode ser feito por meio de uma cobertura de risco.
Optar por esse tipo de cobertura pode garantir a segurança financeira de familiares e dependentes caso o titular da previdência venha a faltar. Se você está pensando em começar a formar suas reservas de longo prazo, ou se já tem um plano de previdência e deseja informações sobre as coberturas de risco, continue a leitura a seguir!
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Como funciona a cobertura de risco?
A cobertura de risco – também chamada de proteção familiar – são uma espécie de seguro que pode fazer parte da previdência privada. Ela pode garantir indenização por invalidez ao titular do plano, ou aos seus familiares e beneficiários no caso de morte.
Basicamente, as coberturas de risco têm o objetivo de complementar o planejamento previdenciário. Isso é muito importante hoje em dia, pois ao mesmo tempo que lidamos com uma expectativa de vida maior, precisamos nos proteger financeiramente de percalços na economia.
Tipos de cobertura de risco
Os planos de cobertura de risco podem oferecer pecúlios por morte e invalidez, pensão por morte e renda por invalidez. Veja agora quais os tipos de benefícios oferecidos por cada cobertura.
– Pecúlio por morte: no caso de morte do participante, os beneficiários recebem o montante contratado de uma vez só.
– Pecúlio ou renda por invalidez: aqui, é o próprio beneficiário quem recebe os recursos no caso de invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura. A diferença entre ambos é que, no caso do pecúlio, o pagamento é único, e no caso da renda, o beneficiário receberá mensalmente o dinheiro.
Há também a possibilidade de que a renda por invalidez seja paga por um prazo mínimo garantido.
– Pensão por morte: o beneficiário pode indicar menores de idade (filhos ou dependentes econômicos para fins de Imposto de Renda) para que recebam uma pensão temporária. Já para o cônjuge, essa pensão pode ser vitalícia. E também pode haver pensão por morte por prazo certo, a exemplo da renda temporária.
Vantagens de contratar uma cobertura de risco
Como vimos, esse tipo de cobertura garante segurança financeira aos familiares caso o contratante venha a faltar. Além disso, é possível flexibilizar a forma de contratação, de acordo com cada contexto e realidade financeira, como determinar valores mensais para que os filhos concluam os estudos, ou para que o cônjuge não fique desamparado financeiramente, ao menos nos primeiros anos.
No caso de rendas mensais, os valores são atualizados a cada ano de acordo com o indexador do plano. Logo, não há risco de perdas decorrentes da inflação do período, o que é mais um ponto positivo da cobertura de risco.
Nas modalidades de pensão, o contratante do plano pode abater do IR os valores que pagou referentes à cobertura. Já no caso de pecúlio, não incide imposto sobre o valor recebido pelo beneficiário.
Por fim, quem recebe alguma das pensões ou pecúlios descritos anteriormente não perde o direito à pensão pública, o que é mais um ponto positivo da cobertura de risco.
Pontos importantes a observar na hora da contratação
Quem decide contratar uma cobertura de risco no plano de previdência privada precisa prestar atenção em alguns aspectos.
Um deles é a idade máxima, que deve ser de 69 anos. Outro aspecto importante é a carência, que é de 24 meses a partir da contratação no caso de morte natural. Para morte acidental, não há previsão de carência.
Por fim, é fundamental manter as contribuições em dia após a contratação, pois, se houver um sinistro, a cobertura será paga somente se não constarem pendências de pagamento.