Como investir em 2024: veja o que dizem os especialistas da Terra Investimentos

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra pessoa decidindo como investir em 2024
Imagem mostra pessoa decidindo como investir em 2024

A poucos dias do final do ano, muitas pessoas estão em busca de sinalizações do mercado sobre como investir em 2024. Pensando nisso, conversamos com Luis Novaes, analista de research da Terra Investimentos, que deu dicas sobre o que esperar do cenário econômico e dos investimentos no próximo ano.

Se você está em dúvida sobre quais investimentos podem ser mais promissores para o ano que vem, continue a leitura a seguir, pois isso lhe ajudará a fazer boas escolhas para a sua carteira!

Como investir em 2024: análise da Terra Investimentos

Luis Novaes destacou os principais aspectos que poderão influenciar o mercado financeiro e a economia como um todo em 2024. Acompanhe.

Até onde vai a Selic?

O Copom tem se mostrado confiante no processo desinflacionário, e sinalizou que vai manter o mesmo ritmo de corte da Selic em 2024. Nesse sentido, a expectativa dos analistas da Terra é de que a taxa terminal do ciclo de queda dos juros seja de 10,25% ao ano, e que se mantenha nesse patamar até o final de 2024. Já para 2025, a estimativa é de que a Selic continue caindo até chegar em 9,25% ao ano.

“Quanto ao mercado externo, nossas projeções para a Selic se baseiam no cenário adverso de juros elevados a fim de conter a inflação. Já em relação ao Brasil, consideramos as incertezas quanto ao cumprimento da meta fiscal no próximo ano, além da perspectiva negativa para a trajetória da dívida pública no longo prazo”, explica o analista.

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Perspectivas para a renda fixa

Diante da atual conjuntura, Luis Novaes explica que a preferência da Terra Investimentos é por títulos híbridos (parte da remuneração prefixada e parte indexada à inflação). Segundo ele, isso se justifica pelo ganho potencial no prefixado em decorrência do recuo das taxas e pela proteção contra um possível impulso dos índices de preços – o que pode ocorrer se o ambiente fiscal se deteriorar ao longo dos próximos anos.

Já os títulos de dívidas privadas (como debêntures) podem vir a ser uma alternativa viável para os próximos meses. Para Novaes, espera-se uma tendência de baixa dos spreads e perspectiva de menor pressão das despesas financeiras sobre as margens empresariais. Além disso, o melhor ambiente para o crédito pode impulsionar a recuperação da economia.

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Perspectivas para a renda variável

Novaes observa que, diante da perspectiva de juros menores ao longo dos próximos anos, pode-se notar uma expressiva recuperação dos ativos locais, que estavam bastante descontados em relação aos múltiplos históricos.

Nesse sentido, os mais beneficiados foram os ativos cíclicos (varejo, construção, entretenimento, e assim por diante). Isso por causa da expectativa de menor pressão das despesas financeiras e pelo impulso das receitas com a recuperação da atividade.

“Ainda assim, mantemos uma visão conservadora sobre os ativos cíclicos, e damos preferência para setores com tendência positiva de resultados. Isso porque entendemos que a valorização recente pode ser creditada ao excessivo desconto dos ativos e que os resultados do setor devem seguir pressionados pelo ambiente macroeconômico”, avalia.

Dentre os setores considerados como de maior potencial, Novaes destaca as commodities – como proteínas, grãos, petróleo e mineração – além de setores industriais e consumo de alta renda, que podem se beneficiar das perspectivas econômicas mais positivas.

“Em relação a casos específicos, temos confiança em ativos como JBS (JBSS3), Localiza (RENT3), Eletrobras (ELET3), Rede D’Or (RDOR3) e Lojas Renner (LREN3). Consideramos aspectos como recuperação das margens, melhorias de eficiência operacional, expansão de negócios em meio a um cenário mais favorável ao crédito e preços descontados em relação à série histórica”, explica.

Além disso, o analista acredita que o posicionamento em BOVA11 (ETF que segue o Ibovespa) pode ser uma alternativa mais simples para o investidor, considerando a diversificação proporcionada pelo fundo e a perspectiva positiva para os ativos de risco.

Já para os fundos imobiliários (FIIs), a preferência da Terra Investimentos é pelos fundos de tijolo, considerando sua sensibilidade aos ciclos econômicos. De acordo com Novaes, isso pode ser traduzido em retorno positivo com o ciclo de baixa dos juros.

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O que mais merece destaque?

Novaes também aponta para o impacto da política monetária dos Estados Unidos no mercado brasileiro. Nesse sentido, o Federal Reserve (Fed) já sinaliza com o fim do aperto monetário, apesar de ter mantido os juros estáveis na última reunião de 2023 – na faixa entre 5,25% e 5,5% ao ano.

Para o analista, tanto os juros norte-americanos quanto as questões fiscais brasileiras são muito relevantes para os mercados nesse momento.

“A perspectiva quanto aos juros americanos demonstra ter um papel mais importante para os mercados, por sua influência sobre os juros globais e atratividade dos títulos de renda fixa. Por outro lado, a preocupação quanto à estabilidade fiscal parece influenciara mais os ativos no longo prazo, considerando os impactos sobre o risco de se investir no Brasil e a eficácia da política monetária“, explica.

Ainda no cenário externo, Novaes observa que, durante o último ano, a economia da China se tornou uma incógnita. Segundo ele, não se pode mais esperar um crescimento parecido com as médias históricas, diante do enfraquecimento do setor imobiliário local.

“A recuperação do crescimento na Ásia poderia ser um fator positivo para as commodities, o que seria positivo para os países emergentes, como o Brasil. Logo, esse é um ponto adicional a ser analisado ao longo do próximo ano”, conclui.

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