Como investir no agronegócio: conheça 4 maneiras

Tempo de leitura: 4 minutos

Formas de investir no agronegócio
Formas de investir no agronegócio

Investir no agronegócio é uma das formas de diversificar a carteira com boa rentabilidade. Há anos, esse é um dos principais setores da economia brasileira, que inclusive consegue manter um bom desempenho mesmo em momentos de turbulências financeiras.

A boa notícia é que está cada vez mais fácil e democrático investir na cadeia do agronegócio. Diferentemente do que muitos pensam, não é preciso atuar no segmento ou ter grandes valores para começar a investir.

4 maneiras de investir no agronegócio

Se você está procurando alternativas para diversificar o patrimônio, conheça a seguir algumas ligadas ao agronegócio!

Ações de empresas ligadas ao setor

Adquirir ações de empresas que atuam no segmento é uma das formas de investir no agronegócio. No entanto, para investir nesses títulos, o primeiro passo é buscar conhecimento técnico e acompanhar os movimentos da economia.

Nesse sentido, uma das ferramentas mais eficientes é a análise fundamentalista, muito utilizada por analistas e investidores. Baseada na análise de indicadores financeiros e aspectos macroeconômicos, essa metodologia permite conhecer pontos fortes e fracos da empresa, bem como compará-la à concorrência.

Outro fator importante para investir em ações é considerar o seu perfil de investidor. De forma geral, ações possuem alta volatilidade e, por isso, são indicadas para perfis mais arrojados.

A seguir, confira algumas das principais empresas do agronegócio listadas na bolsa brasileira:

EmpresaTickerAtuação
AgrogalaxyAGXY3Plataforma de varejo de insumos agrícolas e serviços voltados ao agronegócio. Também produz sementes, armazena e comercializa grãos.
Boa SafraSOJA3Líder brasileira na produção de sementes de soja. Vende para 70% dos estados produtores no país.
Brasil AgroAGRO3Atua na aquisição, desenvolvimento exploração e comercialização de propriedades rurais.
BR FoodsBRFS3Fruto da união entre Sadia e Perdigão, é dona de marcas como Qualy, Sadia, Perdigão, Vieníssima, entre outras.
CamilCAML3Faz a industrialização, distribuição e comercialização de grãos, em especial arroz e feijão. É forte também nos pescados enlatados.
Jalles MachadoJALL3É uma das maiores produtoras de açúcar e álcool do Brasil. Produz também energia elétrica, itens de higiene e limpeza, levedura e látex, com área plantada de cana 100% própria.
JBSJBSS3Lider mundial na produção de proteína e segunda maior empresa de alimentos do mundo. Possui mais de 400 unidades de produção, tendo adquirido nomes famosos nacionais, como Seara e Bertin.
JosaparJOPA3Uma das maiores empresas brasileiras de produtos alimentícios, dona das marcas Tio João, SupraSoy e Meu Biju. Exporta para cerca de 40 países.
M. Dias BrancoMDIA3Está entre as maiores empresas do mundo de massas e biscoitos. Dona de marcas como Isabela, Piraquê, Adria e Vitarella.
MarfrigMRFG3Uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo e líder na produção de hambúrgueres. Presente em 100 países, opera principalmente na América do Norte e América do Sul.
Minerva FoodsBEEF3Uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura e derivados. Processa também suínos e aves.
RaízenRAIZ4Empresa integrada de energia, que atua na produção de açúcar e etanol, distribuição de combustíveis e geração de energia.

(Fontes: B3 e sites das empresas)

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

Outra forma de investir no agronegócio é por meio das LCAs. Assim como os CDBs, esses títulos de renda fixa são emitidos por bancos para captação de recursos. Ou seja, ao adquirir uma LCA, você está emprestando dinheiro à instituição emissora em troca de remuneração futura.

A peculiaridade das LCAs é que os recursos captados vão para o financiamento de projetos ligados ao agronegócio. Nesse sentido, quem se beneficia dessas carteiras são as cooperativas e produtores rurais e demais participantes do setor.

Em relação à rentabilidade, as letras de crédito podem ser prefixadas, pós-fixadas ou hibridas. Nesse último caso, parte da remuneração é uma taxa fixa e outra parte é atrelada à inflação.

Quanto ao prazo, normalmente as LCAs possuem carência mínima de 90 dias. Porém, dependendo dos projetos a serem financiados, os prazos poderão ser mais longos.

Para o investidor, uma das vantagens desse título é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Lembrando que as LCAs contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o que torna esse investimento um dos mais seguros da renda fixa.

CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários)

Da mesma forma que as LCAs, esses títulos destinam-se à captação de recursos que serão aplicados em atividades rurais. Por isso, são mais uma forma de investir no agronegócio brasileiro.

Diferentemente das LCAs, quem emite os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRAs) não são instituições financeiras, e sim companhias securitizadoras.

Por sua vez, o papel de uma securitizadora é adquirir os recebíveis e transformá-los em títulos para negociá-los junto aos investidores. Ou seja, essas empresas colocam os CRAs à venda, mas não são devedoras na operação.

Quanto à estrutura, os CRAs podem ser pulverizados ou corporativos. No primeiro caso, há títulos de diversos produtores rurais na carteira. No segundo, a operação tem lastro em recebíveis de uma única empresa do agronegócio. Basicamente, essa empresa utilizará os recursos captados pelo CRA para investir na safra ou em equipamentos, por exemplo.

Quanto aos rendimentos, os CRAs também podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos. A exemplo das LCAs, esses títulos também são isentos de IR, mais uma vantagem para o investidor.

No entanto, por não serem emitidos por instituições financeiras, os CRAs não possuem a garantia do FGC. Por isso, oferecem mais risco do que os títulos mais conservadores de renda fixa.

No caso dos CRAs, a avaliação do risco é dada por um rating de cada emissor. Quem fornece esse rating são agências de classificação de risco, que avaliam a saúde financeira dos devedores que dão lastro aos títulos. Em outras palavras, o risco do CRA não é a quebra da securitizadora que os emitiu, mas sim a inadimplência do produtor rural, seja ele pessoa física ou jurídica.

Pelo fato de oferecerem mais risco, os CRAs costumam pagar taxas mais altas do que títulos garantidos pelo FGC. Além disso, os prazos dessas operações também costumam ser longos, de acordo com cada projeto do agronegócio que financiam.

Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas e Agroindustriais)

Criado em 2021, o Fiagro veio para democratizar as formas de investir no agronegócio brasileiro. Com esse fundo, pode-se investir de diferentes formas no setor, seja por meio de imóveis, recebíveis imobiliários, créditos comerciais ou mesmo participações societárias.

Existem três tipos de Fiagro, e cada um deles tem lastro em diferentes ativos:

– Fiagro-FDIC: possui lastro em recebíveis de uma empresa ligada ao agronegócio.

– Fiagro-FII: funciona de forma semelhante a um fundo imobiliário (FII). Ou seja, o seu patrimônio é formado por imóveis ou recebíveis atrelados à agroindústria.

– Fiagro FIP: nesse tipo de Fiagro, o gestor adquire participações de empresas do agronegócio para compor o patrimônio do fundo.

Da mesma forma que os FIIs, o Fiagro também distribui dividendos aos cotistas. E esses rendimentos também são isentos de IR, desde que o fundo tenha, no mínimo, 50 cotistas com participação não superior a 10% das cotas.

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