Investimentos isentos de IR: conheça algumas situações nas quais o investidor não paga Imposto de Renda

Tempo de leitura: 4 minutos

calculadora, lupa, documentos, cofre e moedas
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Quem pensa em aumentar a rentabilidade da carteira, precisa conhecer os investimentos isentos de IR. Confira a seguir!

Se você está em busca de formas para aumentar os ganhos de sua carteira, é importante que conheça investimentos isentos de IR.

Alguns desses investimentos chegam a oferecer taxas mais baixas do que títulos que são tributados. No entanto, vale a pena fazer as contas pois, muitas fezes, a isenção do tributo compensa na rentabilidade final.

Quais são os investimentos isentos de IR?

mulher mexendo no celular sentada no sofá

Sem dúvida, a aplicação mais conhecida isenta de IR é a poupança. No entanto, não falaremos sobre ela neste conteúdo. Isso porque que existem outros investimentos igualmente seguros e bem mais rentáveis que vale a pena você conhecer.

A seguir, confira alguns investimentos livre da tributação do Imposto de Renda:

LCI e LCA

Abrimos a nossa lista com as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs). Assim como os CDBs, esses títulos são emitidos por instituições financeiras. Ou seja, adquirir uma LCI ou uma LCA é como emprestar dinheiro ao banco, em troca de uma remuneração.

No entanto, a diferença é que os recursos captados por esses títulos possuem uma destinação específica. No caso das LCIs, os fundos servirão para financiar a carteira de crédito imobiliário dos bancos. Já as LCAs captam recursos para financiar projetos do agronegócio das instituições financeiras.

Da mesma forma que a maioria dos títulos de renda fixa, as LCIs e LCAs contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Por isso, acabam sendo uma das opções mais interessantes para os perfis mais conservadores.

Leia também: FGC: O que é? Como ele me protege?

CRI e CRA

Outras opções de investimentos isentos de IR são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs).

Assim como as LCIs e LCAs, esses títulos também estão voltados ao financiamento do mercado imobiliário e do agronegócio. Porém, a estrutura dessas operações é diferente e possui algumas peculiaridades.

A primeira delas é que quem emite os CRIs e CRAs não são bancos, e sim companhias secutirizadoras. Basicamente, as securitizadoras são empresas que adquirem recebíveis e os convertem em títulos. Dessa forma, esses títulos podem ser adquiridos por investidores interessados em investir no mercado imobiliário ou no agronegócio.

Por exemplo, imagine uma pessoa que comprou um imóvel na planta, cuja entrega será daqui a alguns anos. A partir dessa negociação, a construtora possui créditos a receber dessa pessoa. Para antecipar o recebimento desses créditos, a construtora os entrega a uma securitizadora, que emitirá um CRI com lastro nesses recebíveis. Depois disso, a securitizadora colocará esses títulos a venda e acompanhará o processo.

Em outras palavras, ao adquirir um CRI, é como se você estivesse financiando o ativo que a construtora já vendeu. E, da mesma forma que nas LCIs, receberá uma remuneração por esse título.

Outra peculiaridade dos CRIs e CRAs diz respeito ao prazo do investimento. Nesse sentido, costumam ter duração longa, pois os recursos são aplicados em projetos de longa maturação.

Além disso, CRIs e CRAs não possuem a garantia do FGC. Em vez disso, os emissores desses títulos possuem notas de risco (ou rating), dadas por agências de classificação de risco. Por isso, acabam oferecendo taxas, em média, maiores do que outros títulos de renda fixa.

Debêntures incentivadas

Da mesma forma que as ações, as debêntures são títulos emitidos por companhias para captação de recursos. Quando uma empresa precisa de caixa para investimentos ou para saldar dívidas, pode emitir debêntures e comercializá-las mediante o pagamento de juros ao investidor.

A diferença é que, quando adquire uma ação, o investidor passa a ser sócio da empresa. Por outro lado, a debênture confere somente o direito do credor ao dono do título. Ou seja, quando a debênture vence e ele recebe o dinheiro, acaba o vínculo com a companhia emissora.

No caso das debêntures incentivadas, os recursos têm o objetivo de financiar projetos de interesse público. Nesse sentido, podem ser obras de infraestrutura ou outras que tragam benefícios para a sociedade como um todo.

É justamente para apoiar esses projetos que o governo permite que debêntures incentivadas sejam investimentos isentos de IR.

Leia também: Debêntures são uma boa opção para compor carteira de longo prazo

Venda de ações até R$ 20 mil no mês

Quem investe em ações, sabe que há duas formas de ganhar com esses títulos. Uma delas é ao receber dividendos; a outra, é na venda dos papéis.

Desde que o valor da venda das ações não exceda R$ 20 mil no mês, o investidor não precisará parar IR sobre o ganho. Porém, isso só vale para operações fora do day trade (compra e venda no mesmo dia).

Leia também: Como declarar ações no imposto de renda

Dividendos de ações e de fundos imobiliários

moedas e gráficos

Outra situação de investimentos isentos de IR são os recebimentos de dividendos de ações e fundos imobiliários (FIIs).

Mas atenção: no caso dos FIIs, a tributação só não incide sobre os dividendos que o investidor recebe. Isso significa que, se ele vender as suas cotas com lucro, precisará recolher o tributo. Nesse caso, a alíquota do Imposto de Renda será de 20% sobre o ganho na cota do FII.

Leia também: Fundo de investimento imobiliário (FII): o que é e como funciona

Quem tem investimentos isentos de IR precisa declará-los?

Esse é outro ponto muito importante, e que precisa ficar claro para o investidor.

Mesmo os investimentos isentos de IR precisam constar na declaração de ajuste anual. Portanto, se você tem algum dos ativos acima na carteira, saiba que precisa declará-los no IR, para que não caia na malha fina.

Isso porque um dos motivos pelos quais se cai na malha fina é a omissão de rendimentos. E não importa se esses rendimentos são isentos ou tributáveis, você precisa declará-los da mesma forma. Portanto, fique atento a isso!

Se você ainda tem dúvidas sobre como declarar o Imposto de Renda, clique no link abaixo para acessar o Manual do IR para investidores. É só preencher o formulário, e você receberá gratuitamente o material que a equipe da Terra Investimentos preparou!

Manual do IR

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