A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne para deliberar sobre os rumos da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Neste conteúdo, mostraremos quando acontecerão as reuniões do Copom em 2023, para que você possa acompanhar os seus resultados no decorrer do ano.
E por que isso é importante? Simplesmente porque tudo o que acontece com a Selic mexe de alguma forma com o seu bolso. Ou seja, ela impacta os investimentos, o financiamento bancário, a utilização do cheque especial e, até mesmo, as idas ao supermercado. Para saber mais como tudo isso funciona, continue a leitura a seguir!
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Reuniões do Copom: calendário de 2023
Em 2023, a primeira reunião do ano será em 31 de janeiro e 1° de fevereiro. Ao todo, são 8 reuniões anuais que acontecem sempre nas terças e quartas-feiras, sendo que, neste ano, as datas serão as seguintes:
- – 31 de janeiro e 1° de fevereiro;
- – 21 e 22 de março;
- – 2 e 3 de maio;
- – 20 e 21 de junho;
- – 1° e 2 de agosto;
- – 19 e 20 de setembro;
- – 31 de outubro e 1° de novembro;
- – 12 e 13 de dezembro.
Normalmente, os resultados dessas reuniões saem entre 18h e 19h do segundo dia, já com a divulgação da taxa Selic. Por sua vez, a divulgação da ata da reunião ocorre na terça-feira da semana seguinte, às 8h.
Como são as reuniões do Copom?
No primeiro dia de reunião, os membros do colegiado e chefes de departamentos apresentam informações sobre a conjuntura econômica que precisam ser analisadas. Entre elas, estão aspectos sobre a inflação, dados do sistema bancário, balanço de pagamentos, detalhes sobre o câmbio, política fiscal, etc. Nos últimos tempos, a inflação tem sido o tema mais discutido pelo Copom.
No segundo dia, os participantes analisam todas essas informações e debatem sobre o que é necessário fazer diante do cenário econômico apresentado. Por fim, cada membro se posiciona e vota pelo aumento, corte ou manutenção da taxa Selic.
As razões que levaram o colegiado a decidir pela nova taxa são publicadas no último dia de reunião, após o fechamento do mercado. Por isso, o mercado financeiro acompanha atentamente o resultado dessas reuniões, pois sempre há alguma sinalização sobre os possíveis rumos do próximo encontro.
Mas a Selic não é importante somente para investidores, pois ela afeta a vida financeira de todo mundo, conforme veremos a seguir.
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A importância de acompanhar a evolução da Selic
Para entendermos por que a taxa Selic é tão importante, precisamos primeiro saber o que é e para que serve a política monetária.
Assim como nós, o governo também precisa manter o orçamento equilibrado, para que a nossa economia não sofra prejuízos. Uma das formas que o poder público tem de fazer isso é por meio da política monetária, que tem o objetivo de equilibrar a quantidade de dinheiro em circulação para conter a inflação.
Em períodos de prosperidade econômica, é normal que ocorra um aumento do consumo. Ou seja, com mais dinheiro, as pessoas tendem a gastar mais com produtos e serviços de forma geral. Para a economia, isso é positivo, pois as empresas passam a produzir mais, o que faz com que suas vendas e resultados cresçam. No entanto, se a produção adicional não for suficiente para dar conta do aumento da demanda, isso pode levar a um descontrole dos preços.
Para conter a inflação de demanda, a principal ferramenta de política monetária é justamente a taxa Selic. Nesse sentido, o aumento dos juros arrefece a disposição para o consumo, pois o dinheiro fica mais caro, o que se reflete no custo da produção e do crédito. Por outro lado, quando a atividade econômica está fraca e precisa de um estímulo, reduzir a Selic pode estimular novamente os gastos.
Resumindo: com a taxa Selic, o governo consegue calibrar a economia, regulando o custo do dinheiro. E que faz isso é o Banco Central, por meio das 8 reuniões anuais do Copom. Por isso, as decisões do colegiado surtem efeitos em tudo o que se relaciona às finanças, sejam investimentos, crédito ou simplesmente os gastos do dia a dia.
Onde investir com a Selic alta?
De forma geral, os juros em alta favorecem os títulos de renda fixa, seja no curto ou no longo prazo. Isso porque os investidores conseguem remunerações mais atrativas sem precisar correr o risco da renda variável.
Porém, na bolsa de valores você também pode encontrar quando a Selic está em alta. Por exemplo, existem muitos fundos imobiliários (FIIs) de papel que possuem títulos indexados ao CDI, que, por sua vez, acompanha a variação da Selic. Logo, isso leva a um aumento dos rendimentos e, consequentemente, da distribuição de dividendos desses FIIs.
Em relação às ações, normalmente lembramos dos bancos em momentos de Selic alta. No entanto, as seguradoras também se beneficiam dos juros altos, pois a maioria dos seus recursos estão investidos em renda fixa atrelada ao CDI. Dessa forma, as suas aplicações acabam tendo um rendimento maior, e essa receita financeira também acaba impactando positivamente os seus resultados.
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