Renda passiva nos investimentos: como fazer o seu dinheiro trabalhar?

Tempo de leitura: 6 minutos

Imagem mostra economias de uma renda passiva
Imagem mostra economias de uma renda passiva

Investir, ver o patrimônio crescer e ter dinheiro entrando na conta de tempos em tempos. Para a maioria das pessoas, isso não é algo que acontece da noite para o dia, mas não significa que seja impossível, ou que a renda passiva seja coisa de milionários.

Ao contrário, existem opções acessíveis para quem quer ter um reforço de caixa periódico. Mas, para isso, é preciso ter uma estratégia de investimento, além de foco e disciplina para concretizá-la. Neste conteúdo, você saberá mais sobre como funciona a renda passiva, e de que forma podemos obtê-la dentro de nossas condições financeiras. Continue a leitura e veja como o seu dinheiro pode trabalhar para você!

O que é renda passiva?

Por definição, renda passiva é aquela que não está vinculada a qualquer tipo de trabalho ou esforço que você desempenhe. Ou seja, é uma forma de ganhar dinheiro que não está ligada a salários, honorários ou qualquer tipo de pagamento devido por uma prestação de serviço.

Por exemplo, se você tem um imóvel, um quarto disponível em sua casa, ou algum outro bem, pode alugá-los para obter algum rendimento. Nessa situação, o recebimento de dinheiro não está associado ao seu trabalho e, por isso, é considerado uma renda passiva.

Renda passiva, renda ativa e renda extra: qual a diferença?

Se a renda passiva é aquela que não vem de uma contraprestação de serviços, a renda ativa é justamente o oposto. Ou seja, é a remuneração que você recebe por desempenhar algum trabalho, seja ele permanente ou temporário.

Por sua vez, a renda extra é um tipo de renda ativa, pois ela está associada a alguma atividade que se desempenha para completar o orçamento doméstico. Digamos que você trabalhe de carteira assinada em uma empresa e tenha uma jornada de oito horas por dia durante a semana. À noite ou nos fins de semana, você dá aulas particulares de alguma disciplina, ou presta algum outro tipo de serviço que lhe rende uma remuneração extra, além do seu salário. Se você faz isso com frequência, pode-se dizer que a sua renda extra é permanente.

Mas esse tipo de renda também pode ser temporária. Um dos exemplos mais comuns de trabalhos temporários é quando o comércio contrata vendedores perto de datas comemorativas para trabalharem nos finais de semana. Nesse caso, para quem já tem um emprego, o valor recebido por trabalhar no comércio é uma renda extra.

Resumindo: renda ativa e renda extra são provenientes de um trabalho realizado. Já a renda passiva é um ganho sem vínculo com uma atividade produtiva.

Como obter uma renda passiva?

Já vimos que se pode obter renda passiva mediante aluguéis de imóveis ou de algum outro bem disponível. Outra forma de obter esse tipo de renda é quando se produz algo, como um livro ou uma marca, por exemplo. Nesse caso, é possível que alguém que não seja o dono da obra queira explorar comercialmente a criação. Dessa forma, quem a desenvolveu pode cobrar direitos autorais pela sua utilização, o que configura uma renda passiva.

No mundo dos investimentos, também dá para ter entradas regulares de caixa, dependendo dos ativos que fazem parte da carteira. A seguir, você verá alguns dos mais utilizados para isso.

Tesouro Direto

Começando pela renda fixa, temos o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ como opção para quem deseja ter entradas periódicas. Isso porque ambos oferecem ao investidor a possibilidade de receber juros semestrais pela aplicação.

Em relação ao Tesouro Direto, é importante lembrar que o Tesouro IPCA+ é uma boa alternativa para momentos de inflação alta. Já o Tesouro Prefixado é interessante quando se espera por uma queda da Selic, de forma a garantir uma remuneração mais alta antes que os juros reduzam.

Ações pagadoras de dividendos

Já na renda variável, as ações que pagam dividendos são uma das formas mais conhecidas de ter renda passiva com investimentos.

De acordo com a legislação brasileira, todas as empresas que apresentam lucro devem distribuir parte desse valor aos acionistas. De forma geral, as melhores pagadoras de dividendos da bolsa são as companhias mais consolidadas e que atuam em setores mais tradicionais da economia – as chamadas blue chips, as gigantes da bolsa. Como essas empresas são mais capitalizadas e atuam em segmentos mais estáveis, costumam ter resultados mais regulares. Dessa forma, conseguem pagar dividendos mais robustos aos investidores do que a maioria das small caps do mercado.

Por sua vez, as small caps são as empresas mais jovens no mercado e que atuam em setores que, normalmente, demandam frequentes investimentos. Dessa categoria fazem parte as empresas com foco em inovação, tecnologia, e demais atividades pertencentes à nova economia. Como ainda precisam consolidar a sua posição no mercado, é natural que essas empresas apresentem prejuízos nos primeiros anos de atividade. No entanto, quando possuem boa estratégia e gestão e as condições da economia favorecem, as ações dessas companhias podem ser bem mais rentáveis para o investidor do que as blue chips.

Se você tem dúvidas sobre se vale a pena ou não investir em ações que não pagam dividendos, clique aqui.

Fundos Imobiliários

Assim como as ações, os fundos imobiliários (FIIS) também são obrigados por lei a distribuir dividendos. No caso desses investimentos, o percentual obrigatório é de 95% dos lucros auferidos no exercício, sendo que a maioria dos FIIs faz essa distribuição mensal, como forma de atrair mais cotistas.

Além de serem uma alternativa para receber renda passiva, os FIIs podem ser uma boa estratégia de diversificação da carteira. Os fundos de tijolo, por exemplo, investem em ativos de diferentes setores da economia, como imóveis corporativos, galpões logísticos, shoppings, hotéis, hospitais, entre outros. Já os FIIs de papel possuem recebíveis do mercado imobiliário de diversos emissores e indexadores, o que, dependendo dos títulos, pode aumentar as chances de rentabilidade e diluir os riscos do investimento.

No entanto, para fazer uma boa escolha, é fundamental saber analisar um fundo imobiliário. Clique aqui e conheça alguns dos indicadores de FIIs mais importantes e utilizados pelo mercado.

Afinal, dá para viver de renda passiva?

Mesmo quem recebeu uma herança ou já tem um bom dinheiro acumulado não tem garantias de que possa viver de renda passiva. Isso porque o que vai determinar a manutenção do patrimônio é um bom planejamento financeiro e uma estratégia de investimento adequada ao perfil e aos objetivos de cada um. Além disso, disciplina e foco também são fundamentais para cuidar bem dos recursos acumulados durante a vida.

Outro pondo importante é começar cedo a pensar nas reservas financeiras. Para isso, é preciso estar alerta para não cair em armadilhas do tipo “não vale a pena investir ainda, pois não tenho muito dinheiro”. Na verdade, especialistas aconselham justamente que se faça o contrário, pois o importante é começar cedo com algum valor que caiba no orçamento. Ao fazer isso, você cria o hábito de investir e, com o tempo, vai ficando cada vez mais fácil fazer sobrar uma parte do salário.

Por exemplo, quem já pensa na previdência privada, mas está no início da vida profissional e ainda ganha pouco, pode perfeitamente começar com um VGBL. Com o passar do tempo, à medida que o salário aumenta, migrar para um PGBL é uma boa alternativa para pagar menos Imposto de Renda.

Independentemente de sua escolha, o fato é que existem opções para todos os bolsos na hora de investir. E, quanto mais cedo você começar, mais sentirá o poder dos juros compostos agindo sobre o seu patrimônio.

Como calcular a renda passiva com investimentos?

O primeiro passo é definir, de forma realista, qual o valor que você deseja receber no futuro.

Por exemplo, suponha que você decidiu que precisa de R$ 15.000 mensais quando se aposentar. Você calculou o que receberá do INSS e da sua previdência privada e chegou ao valor de R$ 7.000 por mês. Para alcançar o valor que você deseja, faltam R$ 8.000 mensais, e é esse valor que você precisa buscar com renda passiva.

O próximo passo é calcular os juros reais (juros nominais – inflação) dos seus investimentos. É claro que esse cálculo será aproximado, pois não há como prever o movimento das taxas de juros e nem da inflação por um período tão longo.

Digamos que você tenha chegado a uma taxa real média de 5% ao ano até você se aposentar. Agora, você já tem os dados que precisa para calcular quanto precisará acumular de patrimônio para gerar a renda passiva que deseja:

  • – renda passiva desejada: R$ 8.000 por mês (ou R$ 96.000 por ano)
  • – juro real médio: 5% ao ano

Considerando essas duas variáveis, o montante necessário para a renda passiva é: R$ 96.000 / 0,05 = R$ 1.920.000.

Lembrando que esse cálculo nunca é exato, pois há diversas variáveis macroeconômicas que podem mudar as coisas ao longo do caminho. E, quanto maior for o tempo que falta para você se aposentar, mais suscetível o seu dinheiro estará a essas variáveis. Porém, o cálculo acima já dá uma ideia do tempo e esforço necessários para projetar a renda passiva que você tem em vista.

Conheça quais ações comprar para receber dividendos

Você quer receber dividendos e ver dinheiro pingando na sua conta todos os meses? Então baixe nosso material e descubra quais ações comprar para criar sua carteira de renda passiva. Basta preencher o formulário abaixo:

Compartilhe:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email
Blog Terra Investimentos

Posts Relacionados