Tipos de derivativos: saiba quais são e quando utilizá-los

Tempo de leitura: 5 minutos

Imagem mostra investidor acompanhando no celular os tipos de derivativos na bolsa
Imagem mostra investidor acompanhando no celular os tipos de derivativos na bolsa

Para proteger o patrimônio, auxiliar na gestão financeira, ou mesmo proporcionar ganhos maiores em determinadas operações, existem diferentes tipos de derivativos. Como o próprio nome diz, esses instrumentos financeiros derivam de um ativo de referência, que pode ser uma ação, uma commodity, um índice, ou uma moeda estrangeira, por exemplo.

Neste conteúdo, mostraremos os quatro tipos de derivativos mais comuns de derivativos. Continue a leitura para entender como funcionam e em que momentos utilizar cada uma das modalidades.

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Quais são os tipos de derivativos?

Antes de mais nada, é preciso entender que os derivativos são utilizados para três objetivos básicos, que são proteção, especulação e arbitragem.

No caso de proteção (ou hedge), esse instrumento pode se aplicar a negociações de commodities ou a transações comerciais entre empresas exportadoras e importadoras. Quanto à especulação, um exemplo clássico são as operações de day trade e swing trade, quando o investidor está interessado não em se proteger, mas em lucrar com as oscilações do ativo-objeto no curto e curtíssimo prazo.

Por fim, na arbitragem, o objetivo também é o lucro. Porém o investidor negocia o ativo em dois mercados diferentes, buscando lucrar com a discrepância dos preços nesses dois mercados. Essas operações envolvem o mercado à vista e o mercado futuro, conforme veremos mais adiante.

Dito isso, vejamos agora os quatro tipos de derivativos mais utilizados no mercado.

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Contratos a termo

Em um contrato a termo, comprador e vendedor assumem o compromisso de liquidar uma operação em uma data futura com um preço previamente acordado.

Para entender esse tipo de negociação, normalmente se utiliza o exemplo de uma compra futura. Ou seja, você faz a compra na data de hoje, mas só vai receber a mercadoria e realizar o pagamento na data estipulada no contrato. Isso significa que não precisa ser feito nenhum pagamento no momento da compra, pois o desembolso ocorrerá somente na data combinada, e o investidor já sabe desde o início quanto irá pagar ao final do prazo negociado.

As operações a termo não possuem um bem físico no momento da negociação, mas sim um contrato que está associado a determinado ativo-objeto. É por isso que elas são um tipo de derivativo, pois o seu valor está condicionado (deriva) do ativo em questão.

Os contratos a termo exigem uma margem de garantia, uma vez que não ocorre nenhum pagamento antes da liquidação. Essa margem de garantia representa um percentual do valor do contrato que precisa estar disponível para cobrir eventual prejuízo decorrente da negociação.

Contratos futuros

Quanto ao funcionamento, os contratos futuros são bastante parecidos com os contratos a termo. Isso porque ambos contemplam ativos para liquidação futura por um preço previamente definido. Porém, existem diferenças que se referem principalmente à flexibilidade e forma de liquidação desses contratos.

Diferentemente dos contratos a termo, os futuros não permitem ajustes, pois suas especificações são iguais para todos os participantes do mercado. Em relação à liquidação, os contratos futuros possuem o mecanismo de ajuste diário, de acordo com as expectativas sobre o preço futuro do ativo-objeto.

Diariamente, sempre no final do pregão, a bolsa apura o ajuste do contrato. Se ele for negativo, o investidor precisa ter o dinheiro em conta para cobrir sua posição em aberto. Já se o ajuste for positivo, receberá um crédito do valor correspondente.

No vídeo abaixo, a Fabiana Amaro, head da Mesa Agro da Terra Investimentos, explica com detalhes como funcionam os contratos futuros:

Opções

As opções estão entre os derivativos mais utilizados, pois permitem lucrar tanto na alta quanto na baixa dos ativos de renda variável.

Uma opção dá ao seu titular o direito de negociar determinado ativo por um valor predeterminado em uma data futura. Elas não são um ativo em si, mas sim a representação do direito que o investidor tem de comprar ou vender o ativo-objeto em questão.

O titular da opção é quem a compra, e ele sempre tem o direito de exercê-la, podendo optar por não fazer isso se não lhe for conveniente. Já o lançador (quem vende a opção) é obrigado ao exercício na data do vencimento, se o comprador assim o desejar.

Esse tipo de derivativo serve tanto para fins de hedge quanto para lucrar com as oscilações dos preços de um ativo. Trata-se de um instrumento bastante sofisticado, que envolve termos técnicos bastante específicos e bastante conhecimento por parte de traders e investidores. Além disso, o mercado de opções é sujeito à alta volatilidade, pois o preço de uma opção costuma oscilar bem mais do que o do ativo que ela representa.

Por isso, recomenda-se cuidado e experiência para que se possa negociar nesse mercado com mais segurança. No link abaixo, explicamos detalhadamente o funcionamento das opções:

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Swap

Swap significa troca, e é exatamente essa a lógica desse derivativo. Na prática, os contratos de swap envolvem a troca de fluxos de caixa ou de riscos levando em consideração parâmetros como valor de referência, prazo, rentabilidade, entre outros.

Suponha que uma empresa que atua no mercado nacional adquira toda a sua mercadoria do exterior (pense em uma loja de vinhos importados, por exemplo). Embora toda a sua receita seja em reais, os custos do seu estoque são dolarizados.

Na data de hoje, essa empresa fez uma importação no valor de US$ 50.000 com o dólar valendo hipoteticamente R$ 5,00. Essa fatura deverá ser paga daqui a 60 dias, e não se sabe o que acontecerá com o dólar até lá, pois ele pode cair ou subir, dependendo do que acontecer na economia.

Perceba que isso dificulta a previsibilidade da gestão financeira, pois ao mesmo tempo que os recebimentos são em reais, os pagamentos são em dólares. Para se proteger contra uma eventual disparada da moeda estrangeira (o que encareceria a dívida), a empresa pode fazer um swap cambial. Com a troca do risco das moedas, os seus resultados não seriam prejudicados pela alta do dólar.

Utilizamos aqui o exemplo do swap cambial, mas podemos pensar também em swap de taxas de juros, de commodities ou de índices, dependendo do contexto.

E como escolher o tipo de derivativo mais adequado para cada situação?

Os derivativos são instrumentos financeiros sofisticados, e a melhor escolha dependerá de um bom conhecimento das operações e da estratégia de investimento.

Por isso, a melhor forma de utilizá-los é contando com uma assessoria de investimentos experiente e qualificada, como a da Terra Investimentos. Basta contatar nossa equipe para ter as orientações mais adequadas a cada tipo de negociação!

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