Quer saber quanto ganhará em sua aplicação? Aprenda a analisar e a calcular o rendimento de um CDB a seguir!
Se tem um dado que chama a atenção de todo investidor na hora de pesquisar ativos é o rendimento. Afinal, quem não quer saber o quanto vai ganhar com um determinado investimento? Neste artigo vamos aprender a entender e calcular o rendimento de um CDB!
Lembre-se de que a rentabilidade não é o único fator que deve ser ponderado na hora de escolher qual ativo comprar. Prazo, liquidez, reputação da instituição financeira, seu perfil de investidor, entre outros fatores, também são muito importantes.
Mas claro que a rentabilidade é uma característica que merece toda atenção. Isso porque é olhando para os juros que incidem sobre o ativo escolhido que você vai entender se o rendimento está bom ou não em comparação com outras opções, se você está conseguindo ter uma rentabilidade maior do que a inflação ou ainda se vale a pena continuar com aquele investimento na carteira.
Quanto rende um CDB?
A resposta mais objetiva para esta pergunta é: depende. Obviamente todo ativo tem uma rentabilidade diferente, mas especialmente com os Certificados de Depósitos Bancários é preciso diferenciar os três tipos existentes para poder compreender bem as rentabilidades de cada um deles: prefixado, pós-fixado e híbrido.
Como funciona a rentabilidade do CDB prefixado
O CDB prefixado é aquele investimento de renda fixa que já tem sua remuneração conhecida na hora que o investidor compra o ativo.
Assim, não importa se ao longo do tempo a Taxa Selic ou a inflação subam ou caiam, o investidor terá o seu prêmio (remuneração) garantido na hora de resgatar o seu CDB.
A rentabilidade do CDB prefixado é diária. Ou seja, sempre que você for conferir seu ativo no banco, perceberá que ele está crescendo em rentabilidade dia após dia.
Vamos a um exemplo prático. Digamos que você encontre no mercado um CDB com rentabilidade de 10% ao ano e com vencimento de 5 anos. Se você aplicar R$ 10.000 neste ativo, quer dizer que a cada ano você terá um acréscimo de 10% sobre os R$ 10.000 investidos inicialmente.
Ao final, você terá um lucro bruto de cerca de R$ 16.113. Descontando o Imposto de Renda de cerca de R$ 913, seu lucro líquido será de R$ 15.196. Ou seja, um rendimento total líquido de R$ 5.196 ao fim dos 5 anos. Lembre-se de que a data do resgate também é importante para que a rentabilidade prometida seja de fato entregue a você.
Como funciona a rentabilidade do CDB pós-fixado
Diferente do CDB pré-fixado, o CDB pós-fixado só terá sua rentabilidade real conhecida quando o investidor resgatar o investimento. Isso por que, como o nome diz, o CDB pós-fixado tem sua valorização conhecida após a aplicação, mas seguindo uma taxa específica.
É possível estimar qual será a rentabilidade contratada. O CDB pós-fixado tem sua remuneração conhecida ao analisar o indexador econômico atrelado a ele. Assim, o rendimento de um CDB pós-fixado é sempre definido pela oscilação desta taxa.
O índice mais usado no Brasil para o cálculo da rentabilidade do CDB pós-fixado é o CDI, ou a Taxa DI. Vamos entender melhor.
O que é o CDI
É o indicador mais comumente usado para auferir a rentabilidade de um investimento de renda fixa. É o Certificado de Depósito Interbancário que gera a Taxa DI. Geralmente, os CDBs têm rendimento apresentado como um percentual do CDI. Exemplos: CDB 100%, CDB 95%, CDB 105%. Esse percentual é a relação da rentabilidade com o CDI.
Portanto, a rentabilidade do seu CDB pós-fixado irá flutuar ao longo do tempo de acordo com a variação do CDI, que acompanha a Taxa Selic.
O risco deste tipo de ativo é que existe a possibilidade de mudanças no cenário econômico que podem impactar diretamente o CDI. CDBs de prazos muito longos (como até 8 ou 10 anos, por exemplo), sem a possibilidade de resgate, podem sofrer com as oscilações do mercado. A Taxa Selic, que é acompanhada de perto pelo CDI, chegou a 14,25% em 2015 e 2016, mas foi a 2% em 2020 e subiu para 9,25% em 2021. Ou seja, houve uma grande variação em poucos anos.
Vamos a um exemplo prático. Se o CDI está em 9% e você tem um CDB que renda 100% do CDI, quer dizer que a totalidade da rentabilidade será igual ao CDI. Ou seja, os mesmos 9%.
Agora, se um CDB oferece, por exemplo, 120% do CDI, para fazer o cálculo, você deve consultar o valor da taxa CDI e acrescentar 20% a esse valor. O mesmo cálculo serve para títulos que tenham outras porcentagens, como 105%, 160%, 200% ou 90% do CDI.
Como funciona a rentabilidade do CDB híbrido
O CDB híbrido é um meio-termo entre o prefixado e pós-fixado. É o que tem menos opções no mercado. Funciona assim: uma parte da rentabilidade é fixa e outra é variável. Ou seja, geralmente ele é expresso da seguinte forma: CDB com rendimento de 3% + IPCA.
O índice mais usado no Brasil para o cálculo da rentabilidade do CDB híbrido é o IPCA. Vamos entendê-lo melhor.
O que é o IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo mede a inflação do país. Geralmente, os CDBs podem ser ajustados pelo IPCA e são acrescidos ainda de uma porcentagem prefixada, seguindo o modelo misto.
Assim, este tipo de investimento é muito utilizado para que o investidor “proteja” seu capital da inflação, já que o prêmio (rentabilidade) é a própria variação da inflação mais um percentual fixo.
Vamos recorrer ao exemplo novamente. No caso de um CDB 3% + IPCA, temos a parte fixa da rentabilidade (3%) e uma parte que irá variar ao longo do tempo de acordo com as oscilações do IPCA, que é um indicador variável. Se o IPCA sobe, a rentabilidade do seu CDB híbrido cresce, e vice-versa.
Qual é a melhor opção?
Você deve analisar as melhores oportunidades de investimentos de acordo com o seu perfil de risco e os seus objetivos e não apenas sob a ótica dos rendimentos. Não necessariamente você precisa comparar os três tipos existentes de CDBs entre eles, pois possuem muitas variáveis, como o prazo de resgate. Por exemplo, um CDB com vencimento de 8 anos que ofereça uma rentabilidade líquida total de 10% não necessariamente é melhor do que um CDB de 2 anos que oferece uma rentabilidade de 7%. O fator do tempo para resgatar seu dinheiro também tem que ser ponderado.
Uma dica é usar calculadoras de rentabilidade disponíveis na internet e simuladores que algumas corretoras oferecem para conseguir estimar as rentabilidades que você pode ter com os seus investimentos. Pesquisar, analisar e entender o investimento que você está fazendo é essencial para encontrar as melhores opções!
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