Quais são os riscos da previdência privada? Entenda a seguir

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra homem preocupado com os riscos da previdência privada
Imagem mostra homem preocupado com os riscos da previdência privada

A cada ano, é cada vez maior o número de pessoas que procuram por planos de previdência, e não somente para garantir uma renda no futuro, mas também como forma de planejamento financeiro em ocasiões diversas. No entanto, para fazer uma boa escolha, e importante que o investidor conheça os riscos da previdência privada.

Assim como qualquer outro investimento, os planos de previdência têm seus prós e contras. Por isso, antes de optar por alguma modalidade, é preciso entender algumas peculiaridades, a fim de evitar prejuízos e dores de cabeça no futuro.

Riscos da previdência privada

É natural que, mesmo quem já possui algum plano de previdência privada, tenha dúvidas ou não conheça bem os riscos desse tipo de investimento. Se esse é o seu caso, confira a seguir alguns dos principais pontos nos quais é preciso prestar atenção.

Má escolha do plano de previdência

Um dos principais aspectos para avaliar na hora de contratar uma previdência privada é a modalidade mais adequada para o seu perfil. Isso porque uma má escolha pode resultar em prejuízos, comprometendo o resultado do investimento.

No mercado, existem dois tipos de previdência privada: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Na prática, a diferença para o investidor está na forma de tributação de cada um deles.

Para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, o PGBL é a modalidade mais indicada. Nesse sentido, ele permite deduzir até 12% das contribuições do rendimento bruto tributável do ano. Ou seja, se você tem despesas dedutíveis (como educação, saúde ou dependentes) e utiliza a declaração completa, o PGBL pode lhe dar esse benefício fiscal. Nesse caso, o IR incidirá somente no resgate do plano, sobre o principal acrescido dos juros.

Por outro lado, o VGBL é ideal para quem utiliza o modelo simplificado para declarar o IR. Nesse caso, não há dedução das contribuições, mas o tributo incidirá somente sobre os rendimentos da aplicação.

Não conhecer as formas de tributação da previdência privada

Desconhecer a forma de tributação do investimento é mais um dos riscos da previdência privada, pois isso também pode comprometer os seus ganhos.

Nos planos de previdência, existem duas tabelas de tributação: a progressiva e a regressiva. A tabela progressiva é a mesma aplicada aos salários. Ou seja, quanto maior for a renda declarada no IR (incluindo o valor resgatado da previdência), maior será o valor do tributo.

Atualmente, temos as seguintes faixas de renda e alíquotas na tabela progressiva:

Renda mensalAlíquota IR
Até R$ 1.903,98Isento
De R$ 1.909,98 a R$ 2.826,657,5%
De R$ 2.826,66 a R$ 3.751, 0515%
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,6822,5%
Acima de R$ 4.664,6827,5%

Já na tabela regressiva, as alíquotas iniciam em 35% para as contribuições feitas em até dois anos. Depois disso, reduzem cinco pontos percentuais a cada dois anos, até chegar à menor alíquota de 10%:

Prazo da aplicaçãoAlíquota IR
Até 2 anos35%
De 2 a 4 anos30%
De 4 a 6 anos25%
De 6 a 8 anos20%
De 8 a 10 anos15%
Acima de 10 anos10%

Para escolher a tabela regressiva, é importante ter certeza de que os recursos poderão ficar aplicados por um prazo mais longo. Caso contrário, você perderá dinheiro ao pagar alíquotas mais altas de IR. Em outras palavras: na dúvida, é melhor optar pela tabela progressiva.

Falência da instituição financeira

Ao contrário do que acontece com os ativos mais tradicionais de renda fixa, os fundos de previdência não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso significa que, no caso de falência da instituição financeira que gerencia o plano, o investidor perderá todo o valor da aplicação.

Porém, o fato de não possuir cobertura do FGC não quer dizer que a previdência privada não tenha regulamentação. Ao contrário, quem controla e fiscaliza esses planos é a Superintendência de Seguros Privados (Susep), e as seguradoras possuem montantes significativos lastreados com a entidade. Outro ponto que atenua os riscos da previdência privada é o fato de, atualmente, a grande maioria dos planos estarem na mão de grandes bancos e de corretoras e seguradoras confiáveis.

Riscos inerentes ao investimento

Aqui, estamos falando especificamente da performance dos ativos que formam o fundo de previdência privada.

Por exemplo, quando os juros estão em alta, isso favorece os títulos de renda fixa atrelados ao CDI ou à Selic. Por outro lado, em momentos de juros baixos, a renda fixa perde rentabilidade e os investimentos em renda variável ficam mais atrativos. Por isso, uma gestão ativa dos fundos de previdência acaba sendo mais interessante para o investidor, justamente pelo acompanhamento mais frequente do mercado.

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