Como investir na inflação: confira 5 alternativas

Tempo de leitura: 4 minutos

Investir na inflação
Investir na inflação

Um dos grandes desafios dos investidores sempre foi proteger o dinheiro da desvalorização ao longo do tempo. Para isso, é preciso saber como investir na inflação, pois alguns ativos podem gerar retornos interessantes nos momentos de preços em alta.

Para controlar a inflação, uma das principais ferramentas que o governo utiliza é a taxa Selic. Basicamente, ela sobe quando é preciso conter a alta dos preços e recua quando a inflação está sob controle e quando é preciso impulsionar a economia, seja por meio de consumo ou de investimentos nas empresas.

E como investir na inflação?

Como não poderia deixar de ser, o movimento da Selic se reflete também nos investimentos. Ou seja, a inflação impacta a taxa de juros que, por sua vez, influencia os ativos financeiros de maneiras distintas, de acordo com a natureza de cada um.

A seguir, você verá cinco investimentos atrelados à inflação, que podem trazer bons retornos em tempos de Selic mais alta.

1 -Tesouro IPCA+

Quando o assunto é proteger o dinheiro da inflação, o Tesouro IPCA+, título emitido pelo Tesouro Nacional, costuma ser um dos investimentos mais lembrados.

Trata-se de um título de renda fixa com parte da rentabilidade atrelada a uma taxa prefixada e parte ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador da inflação brasileira. Pelo fato de acompanhar a evolução do IPCA, esse investimento é interessante em momentos de inflação alta.

É importante saber que, ao investir no Tesouro IPCA+, você só terá a garantia do rendimento contratado se mantiver o título até o vencimento. Por isso, esse título é indicado para o médio e longo prazo.

Em relação à remuneração, esse investimento tanto pode pagar juros semestrais quanto somente ao final do prazo da aplicação. A primeira situação é indicada somente quando o objetivo é ter uma renda periódica com investimentos. Porém, se esse não é o seu foco e se você não tem pressa para resgatar o título, o melhor é receber todo o rendimento no vencimento. Isso porque os juros incidirão sobre um valor cada vez maior capitalizado.

Além de proteger o dinheiro da inflação, outra vantagem de investir no Tesouro IPCA+ é a sua facilidade. Basta ter conta em um banco ou corretora para adquirir esse título, e a aplicação pode ser feita pela própria instituição financeira ou direto no Tesouro, pelo site ou aplicativo do órgão.

2 – Renda fixa bancária atrelada à inflação

Nessa categoria, estão os títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras, como CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), RDBs (Recibos de Depósitos Bancários), LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio).

Normalmente, as modalidades prefixadas e pós-fixadas são as mais comuns quando falamos nesses títulos. No entanto, eles também podem ter parte de sua remuneração atrelada à inflação.

O exemplo mais comum são os atrelados ao IPCA. Nesse caso, parte da remuneração corresponde a uma taxa prefixada (expressa em ano) e parte está ligada à evolução do IPCA.

A denominação desse título já traz a sua remuneração. Por exemplo, em um CDB IPCA+ 5, o investidor terá rendimento 5% acima da inflação, não importa qual seja ela.

Uma das vantagens da renda fixa bancária é a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para investimentos até R$ 250 mil por CPF em cada instituição financeira, até o limite de R$ 1 milhão.

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3 – ETFs atrelados à inflação

Além de diversificar a carteira, os ETFs (Exchange Traded Funds) também podem ser uma boa forma de investir na inflação.

Esses fundos são negociados em bolsa e têm como objetivo seguir o desempenho de determinado índice ou ativo financeiro do mercado. Na bolsa brasileira, podemos encontrar ETFs atrelados à inflação, que investem em títulos indexados a índices inflacionários, como o IMAB11, IB5M11, B5MB11, entre outros.

Outra vantagem desses ETFs é a taxa de administração baixa, que costuma ficar entre 0,20% e 0,25%.

4 – Debêntures atreladas à inflação

As debêntures são títulos de renda fixa que fazem parte do grupo de crédito privado, e são emitidas por empresas que desejam captar recursos no mercado.

Para quem busca proteger o dinheiro da inflação, há opções de debêntures atreladas ao IPCA. No entanto, para investir nesses títulos, é preciso avaliar bem o risco de crédito, já que eles não contam com a proteção do FGC. Nesse sentido, especialistas recomendam que o investidor conheça o rating da empresa e as garantias da debênture. Dessa forma, poderá decidir se a remuneração do título condiz com o risco que ele oferece.

5 – Fundos imobiliários (FIIs)

No caso de fundos de tijolo, existem muitos que possuem contratos de aluguel atrelados ao IPCA, como os FIIs de shoppings e lajes corporativas, por exemplo. Por isso, esses investimentos também podem ser uma boa alternativa para investir na inflação.

Outro ponto positivo desses fundos é o pagamento de dividendos, normalmente mensais. No entanto, para escolher um fundo imobiliário, é preciso analisar aspectos importantes, como portfólio do fundo, taxas de vacância, custos, liquidez, entre outros.

Com a Selic alta, vale a pena investir em ações?

Quando o Banco Central sobe a Selic para conter a inflação, os ativos de renda fixa acabam se tornando mais atraentes do que a bolsa. Dependendo do patamar dos juros, os investidores preferem manter o dinheiro em títulos mais seguros do que correr o risco da renda variável.

Mas isso não significa que não valha a pena investir em ações com a Selic alta. Isso porque, como apontam especialistas, alguns segmentos se beneficiam de juros mais altos, como bancos e seguradoras, por exemplo.

No caso dos bancos, normalmente o spread das operações de crédito costuma aumentar em tempos de jutos altos, o que favorece a rentabilidade dessas instituições. Já as seguradoras costumam manter grande parte de seu caixa em aplicações de liquidez diária, como Tesouro Selic e títulos indexados ao CDI, o que também traz bons retornos no curto prazo.

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

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