Atualmente, com a alta dos preços em todo o mundo, uma das grandes preocupações dos investidores é como proteger o dinheiro da inflação.
E não é para menos. Nos últimos tempos, alguns eventos internacionais jogaram para cima os preços de diversos bens e serviços. Com a pandemia, países no mundo todo baixaram juros e incentivaram o consumo por meio de auxílios financeiros. Tudo isso para minimizar os prejuízos que o distanciamento social causou à economia. No entanto, juros em baixa e aumento do dinheiro em circulação são alguns dos fatores que levam à inflação, conforme explicamos no artigo abaixo.
Além disso, conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia também colaboram para a alta dos preços. Explicamos com mais detalhes esses e outros eventos que causam a inflação.
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Para lhe ajudar a diversificar o seu patrimônio e protegê-lo dos efeitos da inflação, preparamos esse conteúdo com cinco sugestões de investimentos. Confira a seguir!
1 -Tesouro IPCA+
Quando o assunto é proteger o dinheiro da inflação, o Tesouro IPCA+, título emitido pelo Tesouro Nacional, é um dos investimentos mais lembrados.
Trata-se de um título de renda fixa com parte da rentabilidade atrelada a uma taxa prefixada e parte ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador da inflação brasileira. Pelo fato de acompanhar a evolução do IPCA, esse investimento é interessante em momentos de inflação alta.
É importante saber que, ao investir no Tesouro IPCA+, você só terá a garantia do rendimento contratado se mantiver o título até o vencimento. Por isso, esse título é indicado para o médio e longo prazo.
Em relação à remuneração, esse investimento tanto pode pagar juros semestrais quanto somente ao final do prazo da aplicação. A primeira situação é indicada somente quando o objetivo é ter uma renda periódica com investimentos. Porém, se esse não é o seu foco e se você não tem pressa para resgatar o título, o melhor é receber todo o rendimento no vencimento. Isso porque os juros incidirão sobre um valor cada vez maior capitalizado.
Além de proteger o dinheiro da inflação, outra vantagem de investir no Tesouro IPCA+ é a sua facilidade. Basta ter conta em um banco ou corretora para adquirir esse título, e a aplicação pode ser feita pela própria instituição financeira ou direto no Tesouro, pelo site ou aplicativo do órgão.
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2 – CDB atrelado à inflação
Normalmente, as modalidades prefixadas e pós-fixadas são as mais comuns quando falamos em CDB (Certificados de Depósitos Bancários). No entanto, esses títulos também podem ter parte de sua remuneração atrelada à inflação.
Um exemplo é o CDB IPCA+. Nesse caso, parte da remuneração corresponde a uma taxa prefixada (expressa em ano) e parte está ligada à evolução do IPCA.
A denominação desse título já traz a sua remuneração. Por exemplo, em um CDB IPCA+ 5, o investidor terá rendimento 5% acima da inflação, não importa qual seja ela.
Uma das vantagens dos CDBs é a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para investimentos até R$ 250 mil por CPF em cada instituição financeira.
3 – Fundos de inflação
Também conhecidos como fundos IMA-B, os fundos de inflação são compostos por uma carteira de títulos públicos indexados ao IPCA.
O IMA-B (Índice de Mercado ANBIMA – Série B) é um índice inflacionário, que considera em seu cálculo o desempenho do Tesouro IPCA+. Esse indicador ainda é desdobrado de acordo com o vencimento dos títulos, da seguinte forma:
- – IMA-B 5: títulos públicos com vencimento inferior a cinco anos;
- – IMA-B +5: títulos públicos com vencimento acima de cinco anos;
- – IMA-B: títulos públicos com vencimentos de qualquer prazo.
Diferentemente de investir diretamente no Tesouro IPCA+, nos fundos de inflação você não sabe exatamente o retorno que terá. No entanto, como esses fundos têm títulos de diversos vencimentos, a sua carteira fica mais pulverizada. Quanto mais longos forem os prazos desses títulos, maiores tendem a ser as taxas, pois maior também é a volatilidade do fundo. Importante notar que existem ETFs desse tipo de fundo, como o IMAB11.
4 – Debêntures atreladas à inflação
Embora sejam títulos de renda fixa, as debêntures normalmente proporcionam rentabilidade acima da média da categoria. Esses títulos fazem parte do grupo de crédito privado, e são emitidos por empresas que desejam captar recursos no mercado.
Para quem busca proteger o dinheiro da inflação, há opções de debêntures atreladas ao IPCA. No entanto, para investir nesses títulos, é preciso avaliar bem o risco de crédito, já que eles não contam com a proteção do FGC. Nesse sentido, especialistas recomendam que o investidor conheça o rating da empresa e as garantias da debênture. Dessa forma, poderá decidir se a remuneração do título condiz com o risco que ele oferece.
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5 – Fundos imobiliários
No caso de fundos de tijolo, existem muitos que possuem contratos de aluguel indexados ao IGP-M. Por isso, esses investimentos também são uma boa alternativa para proteger o dinheiro da inflação.
No entanto, o momento ainda exige bastante cautela para escolher um fundo imobiliário. Mesmo com a reabertura das empresas e a retomada do trabalho presencial, alguns desses investimentos ainda não se recuperaram totalmente dos prejuízos que sofreram com a vacância durante a pandemia.
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