Os ETFs são uma forma prática e acessível de diversificação da carteira, pois abrem portas para diferentes ativos e mercados, aos quais, muitas vezes, o investidor não teria acesso sozinho. Entre os tipos dessa modalidade, está o ETF de renda fixa, disponíveis para negociação na bolsa brasileira.
Atualmente, você pode encontrar quase 10 ETFs de renda fixa na B3. Se você está em busca de diversificação para o seu patrimônio, continue a leitura e entenda como funciona esse investimento.
O que é um ETF de renda fixa?
Antes de mais nada, vamos relembrar o que são os ETFs (Exchange Traded Funds), certo?
Um ETF é um fundo de gestão passiva que tem o objetivo de replicar o desempenho de determinado ativo ou índice do mercado financeiro. Por exemplo, existem ETFs que acompanham a performance de índices da bolsa brasileira, como o Ibovespa, o IFIX ou o SMLL (Índice Small Cap), por exemplo. Há também ETFs que replicam o desempenho de índices do mercado internacional, como o S&P 500 e os índices MSCI.
Teoricamente, o que se espera desses ETFs é que eles tenham rentabilidade próxima aos índices que representam. . Ou seja, é como se o investidor que comprasse suas cotas tivesse ganhos próximos aos das ações que formam o Ibovespa, aos fundos imobiliários (FIIs) listados no IFIX, às empresas que compõem o S&P 500, e assim por diante.
No caso de um ETF de renda fixa, a sua carteira teórica é formada, em sua maioria, por títulos públicos e privados. Em relação ao índice de referência, as regras do produto permitem que qualquer índice de renda fixa seja adotado, desde que reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Da mesma forma que outros ativos de renda variável – como ações, FIIs e outros – o investimento em ETFs é feito pelo home broker da corretora. O ticker (código de identificação) desses ativos leva o número 11 ao final das letras. Por exemplo, o é o ticker do ETF Índice Teva Tesouro Selic.
Quais são os custos de um ETF de renda fixa?
Sobre os rendimentos dos ETFs, o investidor deverá pagar 15% de Imposto de Renda, a menor alíquota da tabela regressiva do IR para renda fixa, não importando o prazo da aplicação. Vale lembrar também que esse tipo de fundo não tem a incidência do come-cotas, uma antecipação de IR que ocorre semestralmente e que reduz o montante investido. Essa é uma vantagem dos ETFs em relação a fundos que possuem essa sistemática de tributação, como os fundos de ações e os multimercados.
Além do IR, outro custo dos ETFs é a taxa de administração, que serve para remunerar o trabalho do gestor do fundo. Como vimos no início, esse fundo tem gestão passiva – ou seja, o seu compromisso é acompanhar o benchmark do investimento, e não superá-lo. Por isso, essa taxa acaba sendo menor do que a dos fundos de gestão ativa, pois o trabalho do gestor é mais simples.
- Come-cotas nos investimentos: como funciona? Dá para evitar?
- Quais os custos dos fundos de investimento?
Vale a pena investir em ETFs?
Além da diversificação do portfólio que os ETFs proporcionam, existem opções bastante acessíveis no mercado, com aportes mínimos a partir de R$ 100. Lembrando que, no final de 2020, o lote mínimo para negociação dos ETFs passou de dez para uma unidade, o que tornou o investimento ainda mais acessível para o grande público.
Como os ETFs acompanham índices do mercado, a sua composição é ajustada automaticamente cada vez que esses índices sofrem alguma alteração. Por exemplo, se um ETF segue o Ibovespa, ele sofrerá ajustes cada vez que uma empresa sair ou passar a compor o índice. Logo, não é preciso monitorar o investimento para garantir que ele continue aderente ao benchmark.
Outro ponto positivo dos ETFs é a redução de custos que o investidor tem em comparação a ações, por exemplo. Para montar uma carteira de ações diversificada, será preciso pagar mais taxas de corretagem, ao passo que, com cotas de ETFs, consegue-se uma diversificação ainda maior e com menos gastos.
Por outro lado, a liquidez desses fundos ainda não é tão expressiva se comparada a outras modalidades de investimentos. Dessa forma, eventualmente o investidor poderá encontrar certa dificuldade em vender suas cotas quando quiser.
Assim como qualquer tipo de investimento, os ETFs também apresentam vantagens e pontos menos favoráveis. Por isso, a decisão sobre valer a pena investir nesses fundos dependerá do perfil e dos objetivos financeiros de cada um. De maneira geral, a simplicidade e acessibilidade desse ativo tem atraído cada vez mais investidores, que buscam diversificação de forma mais prática.
No link abaixo, você pode conferir todos os ETFs listados na B3 e as suas características: