Fundos de Renda Fixa: conheça essa alternativa para fugir da poupança

Tempo de leitura: 5 minutos

Imagem mostra investimento em fundos de renda fixa
Imagem mostra investimento em fundos de renda fixa

A expectativa de que a Selic permaneça elevada por algum tempo ainda tem impulsionado a procura por investimentos mais estáveis e previsíveis no mercado nacional. Nesse sentido, os fundos de renda fixa surgem como uma alternativa interessante para quem deseja segurança com rentabilidade acima da poupança.

Embora sejam relativamente simples, esses fundos possuem particularidades e diferenças entre si que o investidor precisa conhecer para optar pela modalidade que melhor lhe atenda. Por isso, preparamos este conteúdo com os pontos mais importantes desse investimento. Continue a leitura e entenda como funcionam os fundos de renda fixa.

O que são fundos de renda fixa?

Como o próprio nome sugere, um fundo de renda fixa é aquele que investe a maior parte ou a totalidade do seu patrimônio em títulos de renda fixa. Por definição legal, esses fundos devem ter, pelo menos, 80% da carteira investida em ativos atrelados à Selic ou CDI, a índices de inflação (como IPCA ou IGP-M) ou a todos esses indicadores simultaneamente. Dependendo da estratégia do gestor, os 20% restantes podem ser alocados em ativos de maior risco, para aumentar as chances de ganhos.

Índice de Mercado ANBIMA (IMA): uma referência para a renda fixa

Em outras palavras, investir em um fundo de renda fixa é como colocar dinheiro em uma cesta de ativos formada por títulos do Tesouro Direto, CBDs, LCIs e LCAs, debêntures, e assim por diante. Além disso, o gestor também pode colocar ativos de maior risco na cesta, e contrabalançar com derivativos para proteger as suas posições.

Funcionamento dos fundos de renda fixa

Um fundo de renda fixa possui a mesma estrutura dos fundos de investimento de forma geral. Ou seja, existe um administrador, que constitui o fundo, e um gestor, responsável pela alocação dos ativos que formarão o patrimônio. Com o patrimônio constituído, tem início a venda das cotas aos investidores, que representam pequenas frações da cesta de ativos do fundo.

A exemplo de outros fundos de investimentos, os fundos de renda fixa também possuem um regulamento, no qual consta toda a política de investimentos. Esse documento dá transparência ao investidor sobre a estratégia do fundo, pois descreve quais ativos formam o fundo. Dependendo da política de investimento do fundo e dos ativos que formam o seu patrimônio, um fundo de renda fixa recebe diferentes classificações, conforme veremos a seguir.

Tipos de fundos de renda fixa

No mercado brasileiro, esses fundos recebem quatro diferentes denominações:

Curto prazo

Essa denominação faz referência aos vencimentos dos títulos que compõe a carteira do fundo. Nesse sentido, o prazo máximo desses títulos deve ser de 375 dias, e a carteira não pode ter prazo médio superior a 60 dias.

Além disso, esses fundos só podem investir em títulos públicos ou privados prefixados ou pós-fixados (no caso dos privados, devem obrigatoriamente ser de baixo risco). A regra também permite aplicação em cotas de fundos de índices que invistam nesses títulos.

Referenciados

Já os fundos referenciados têm o objetivo de acompanhar a performance de determinado benchmark, que pode ser um índice ou uma taxa de juros. Dessa forma, ao menos 95% de seu patrimônio deve estar alocado em ativos que acompanhem o indicador. Além disso, no mínimo 80% do patrimônio precisa ser composto por ativos de baixo risco ou cotas de fundos de índices que invistam nesses ativos.

O tipo mais conhecido de fundo referenciado é o fundo DI, que busca seguir a variação diária das taxas de juros que os bancos praticam entre si. A exemplo dos fundos de curto prazo, os referenciados também são considerados de baixo risco. No entanto, são um pouco mais sensíveis às variações das taxas de juros.

Simples

Como o nome sugere, o objetivo desse fundo é oferecer às pessoas uma alternativa de investimento acessível e de baixo risco. Nesse sentido, a principal característica dos fundos de renda fixa simples é terem, no mínimo, 95% do patrimônio alocado em títulos públicos federais. Além disso, são aceitos também títulos de instituições financeiras de risco de crédito equivalente ao risco-país. Por fim, esse tipo de fundo não admite concentração em crédito privado ou investimentos no exterior.

Para tornar esses fundos mais acessíveis, todos os documentos relativos ao seu funcionamento devem estar disponíveis em meios eletrônicos. E o investidor também não precisa passar pelo suitability ou assinar termo de adesão e ciência de risco.

Dívida externa

A principal peculiaridade desses fundos em relação aos anteriores é que eles precisam manter, ao menos, 80% do patrimônio investido em títulos da dívida externa brasileira. Além disso, não podem manter recursos no país, salvo algumas exceções autorizadas pela legislação. Por exemplo, aplicar recursos remanescentes em derivativos para proteção da carteira é uma dessas exceções.

Quanto rende um fundo de renda fixa?

Como vimos, a maioria dos ativos que compõem o patrimônio desses fundos tem os rendimentos atrelados a taxas de juros e índices inflacionários. Portanto, o rendimento dos fundos de renda fixa acompanha esses indicadores.

Lembrando que ativos de renda variável de maior risco também podem estar na carteira desses fundos, limitados a 20% dependendo da estratégia do gestor.

Vantagens e desvantagens desses fundos

Uma vantagem dos fundos de investimento é a possibilidade de diversificação da carteira que essa alternativa proporciona. No caso de um fundo de renda fixa, mesmo que ele só invista em títulos públicos, por exemplo, ele terá papéis com vencimentos e indexadores no patrimônio.

Além disso, os fundos de investimento têm uma gestão responsável pela escolha e acompanhamento dos títulos. Isso facilita a vida de quem não tem tempo ou conhecimento suficiente para escolher os ativos da carteira.

Para o investidor conservador que já entendeu que precisa fugir da poupança, os fundos de renda fixa também são uma boa opção. Inclusive, existem diversos que possuem liquidez diária, o que os torna uma opção interessante também para a reserva de emergência.

Em relação às desvantagens, as principais estão relacionadas aos custos desse investimento. Por exemplo, ao investir em um fundo de renda fixa, você pagará uma taxa de administração, algo que não haveria se você adquirisse diretamente um CDB ou algum outro título de renda fixa. Esses fundos também possuem o come-cotas, uma antecipação do IR sobre os rendimentos que ocorre duas vezes por ano, em maio e novembro.

Como escolher um fundo de renda fixa?

Agora que já entendemos como funcionam esses fundos e para quem são indicados, é hora de sabermos o que observar na hora de escolhê-los.

Como vimos, uma das desvantagens desse investimento são a taxa de administração e a incidência do come-cotas. Portanto, é muito importante fazer análises e simulações para entender se esses custos não poderão comprometer o rendimento da aplicação.

Outro ponto a observar é o benchmark do fundo. Nesse sentido, fundos predominantemente atrelados ao CDI acabam sendo mais interessantes em momentos de juros altos. Já os que possuem boa parte dos títulos indexados ao IPCA podem ser uma boa alternativa para proteger o dinheiro da inflação.

É preciso também considerar a estratégia de investimento na hora de escolher o fundo. Por exemplo, você já pensou na alocação dos seus ativos? Qual o seu planejamento financeiro? De que forma deseja distribuir os seus investimentos ao longo do tempo? Essas são algumas das perguntas a responder para escolher os investimentos adequados.

Por fim, observe qual o aporte inicial mínimo que o fundo exige. Isso é importante para saber qual a representatividade que o investimento terá sobre o volume da sua carteira como um todo.

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