Benchmark nos investimentos: o que é e quais os mais utilizados

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra benchmark nos investimentos
Imagem mostra benchmark nos investimentos

Se você escolhe um investimento, um dos principais objetivos é obter a máxima rentabilidade dentro dos parâmetros estabelecidos, certo? Suponha que a aplicação que você fez no ano passado em um fundo de investimento lhe rendeu 10% ao ano. Como saber se isso é bom ou ruim? Por si só, esse percentual não diz muita coisa, e é justamente para mostrar o que ele significa é que entra o papel do benchmark nos investimentos.

A seguir, entenda o que é e qual a importância do benchmark no mercado financeiro, e conheça os principais utilizados nos investimentos.

O que é benchmark nos investimentos?

No mercado financeiro, a avaliação da rentabilidade de um investimento sempre é feita de forma relativa. Em outras palavras, para saber se foi um bom negócio o rendimento de 10% do seu fundo, você precisa comparar esse ganho a algum indicador financeiro. Caso contrário, não saberá se está ganhando dinheiro ou se está perdendo outras oportunidades mais rentáveis.

Nesse sentido, a tarefa do benchmark nos investimentos é proporcionar esse parâmetro de comparação entre os ativos e determinado indicador. Por exemplo, você não pode comparar os ganhos de um CDB com uma ação negociada na bolsa. Se fizer isso, sua análise será totalmente distorcida, pois cada um desses investimentos possui um benchmark diferente.

Importância do benchmark nos investimentos

Quando você compara a performance dos seus investimentos com o benchmark correspondente, consegue avaliar se a sua estratégia financeira está surtindo os resultados planejados. Dessa forma, ou você mantém o mesmo direcionamento, ou faz um rebalanceamento da carteira para corrigir a rota se for necessário.

Além de permitir gerenciar a carteira, o benchmark permite a comparação entre diferentes investimentos para entender qual deles é mais vantajoso. Isso porque ele considera o histórico, desempenho atual, riscos e outras variáveis relativas aos ativos.

Mas, como vimos, esse parâmetro serve para comparar investimentos de mesma categoria. Isso significa que, para cada modalidade, é preciso escolher benchmarks específicos, conforme veremos a seguir.

Qual o melhor benchmark para investir?

Na verdade, isso vai depender do seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Isso porque existe uma infinidade de índices de referência no mercado financeiro, sendo os seguintes alguns dos mais conhecidos:

CDI

Também chamado de taxa DI, o CDI corresponde à taxa de juros praticada nas operações de crédito entre instituições financeiras. Nesse sentido, ela acompanha os movimentos da Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.

Pelo fato de ser aderente à Selic, considera-se o CDI como equivalente à taxa livre de risco do mercado brasileiro. Em outras palavras, esse benchmark representa o que o investidor teoricamente pode ganhar se assumir pouco ou quase nenhum risco na aplicação.

O CDI é o índice mais conhecido das tradicionais aplicações de renda fixa bancária, como CDBs, LCIs e LCAs. No entanto, algumas modalidades de renda variável também o utilizam como benchmark, como fundos imobiliários (FIIs), por exemplo. Nesse caso, normalmente o objetivo é superá-lo (detalharemos isso mais adiante, quando falarmos sobre taxa de performance).

Selic

A taxa básica de juros da economia é o benchmark dos títulos pós-fixados do Tesouro Direto – o Tesouro Selic. Como vimos, seu valor sempre é bem próximo ao do CDI e, por isso, títulos indexados à Selic estão entre os mais conservadores do mercado.

Índices de inflação

Na economia brasileira, existem diferentes índices de inflação, que mensuram aspectos específicos em relação à alta dos preços. No caso dos investimentos, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) são os mais utilizados como benchmark nos investimentos.

Nesse sentido, o IPCA é o índice utilizado em títulos híbridos de renda fixa. Por exemplo, você pode adquirir um título do Tesouro cuja remuneração é 5% ao ano + IPCA. O mesmo acontece com algumas debêntures, CDBs, LCIs, LCAs, e assim por diante.

Por sua vez, encontramos facilmente o IGP-M como benchmark de alguns fundos imobiliários, pois esse é o indicador que corrige os contratos de aluguéis. Além disso, o IGP-M também está presente em alguns títulos relacionados ao mercado imobiliários, como CRIs e CRAs, que formam os fundos de papel.

Ibovespa

Quem investe na bolsa, ou ao menos conhece o mercado de capitais, certamente já ouviu falar no Ibovespa. Esse é o principal índice do mercado acionário brasileiro, pois representa as ações das empresas de maior valor de mercado e volume de negociação no pregão.

Embora não represente todas as ações da bolsa brasileira, o Ibovespa é um importante termômetro do nosso mercado de capitais. Inclusive, para quem deseja tê-lo como benchmark nos investimentos, o ETF (Exchange Traded Fund) BOVA11 é uma das alternativas para acompanhar a sua performance.

SMLL (Small Caps)

O SMLL também está entre os principais índices da bolsa brasileira. Eles representa as empresas que possuem os menores volumes de negócios e capitalização de mercado em comparação às que formam o Ibovespa. Porém, apesar do nome, essas empresas não são pequenas. Ao contrário, muitas já são líderes em seus segmentos e possuem excelente potencial de crescimento.

IFIX

O IFIX é o principal índice do mercado de fundos imobiliários do Brasil. Nesse sentido, o indicador representa uma carteira teórica com os FIIs mais negociados. Em seu cálculo, considera a variação dos preços e a distribuição de dividendos dos fundos imobiliários que formam a carteira teórica.

Quanto maior o valor de mercado de um FII, maior também será a sua representatividade dentro do IFIX, sempre limitada a 20% na composição do índice. Por representar os FIIs mais negociados, o IFIX é um importante benchmark a ser considerado na hora de investir nesse mercado.

Ptax

A Ptax é uma taxa de câmbio, e representa a variação do dólar frente ao real. Dessa forma, ela é ela é utilizada como benchmark para investimentos lastreados em moeda estrangeira, como os fundos cambiais, por exemplo.

Quem calcula a Ptax é o Banco Central, que usa como base a cotação do dólar à vista negociado durante o dia. Para isso, são feitas quatro medições dos valores do dólar em diferentes horários, e os valores dessas verificações formarão a média da taxa de câmbio praticada no dia.

Esses são alguns dos benchmarks mais utilizados nos investimentos no mercado brasileiro. Que tal contar com uma assessoria de investimentos para formar uma carteira diversificada de maneira eficiente? Então, venha para a Terra Investimentos, e nossos especialistas se encarregarão de lhe oferecer as melhores alternativas de acordo com seu perfil e objetivos financeiros. Não perca tempo, abra já a sua conta aqui na Terra!

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