Small caps: o que são e como investir nessas ações

Tempo de leitura: 4 minutos

Investidor fazendo long & short
Investidor fazendo long & short

Quando falamos em investir em ações, muitas pessoas pensam somente nas gigantes mais conhecidas do mercado. Porém, há um universo de empresas menos conhecidas e mais jovens em seus setores, mas que possuem um enorme potencial de valorização. Estamos falando das small caps, que podem proporcionar rentabilidades muito interessantes ao investidor.

Se você deseja aprender mais sobre o mercado acionário, ou se está em busca de novas alternativas para alavancar os ganhos dos seus investimentos, continue a leitura e saiba mais sobre as small caps!

O que são small caps

Small caps é o termo utilizado para designar as empresas listadas na bolsa com menor capitalização. Mas não se engane: apesar do nome, essas companhias só podem ser consideradas pequenas se comparadas às gigantes da bolsa (ou blue chips), como Petrobras, Vale, Itaú e Bradesco, por exemplo.

O que determina se uma empresa é small cap é a sua capitalização de mercado (ou valor de mercado). Nesse sentido, não há um consenso em termos de valores para classificar uma empresa como small cap. Por exemplo, há especialistas que consideram pertencentes a essa categoria as companhias com capitalização de mercado de até R$ 10 bilhões. A capitalização de mercado é obtida multiplicando o total de ações em circulação da empresa pelo seu preço unitário.

Já a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) classifica como small caps as empresas que não estejam incluídas entre as 25 maiores participações do IBrX – Índice Brasil.

Características das small caps

Além da capitalização de mercado, confira agora outras características das ações classificadas nessa categoria:

Empresas jovens e/ou que atuam em setores da nova economia

Outra característica comum às small caps é o fato de que muitas delas são iniciantes em seus setores, ou o segmento de mercado ainda não é maduro na economia. Inclusive, é bastante comum que muitas small caps reúnam essas duas condições. Logo, por serem relativamente jovens e/ou atuarem em setores também novos, essas ações acabam apresentando maior volatilidade quando comparadas às blue chips. Isso significa que o risco dessas ações também é maior.

Menor liquidez

Em relação às blue ships, as small caps possuem menor liquidez na bolsa. Em outras palavras, o investidor ou pode ter mais dificuldade para vender esses papeis, ou pode não conseguir o preço desejado em determinados momentos.

E o motivo é simples: as blue ships são as gigantes da bolsa. Ou seja, são as companhias de maior capitalização de mercado e que atuam nos setores mais consolidados da economia. Isso faz com que os seus papéis sejam mais procurados pelos investidores, principalmente em momentos econômicos mais instáveis.

Distribuição de dividendos

Como atuam em setores da nova economia e/ou são novatas na operação, as small caps precisam de reinvestimento constante no negócio. Por isso, muitas vezes apresentam prejuízos nos primeiros anos de atividade ou, se lucram, não distribuem os seus resultados mais do que são requeridas por lei. Logo, se o objetivo do investidor é receber dividendos, as blue chips são a opção mais interessante.

Mas atenção: o fato de não distribuir resultados não torna necessariamente a ação um investimento ruim. Aqui no blog, já falamos sobre ações que não pagam dividendos, e como elas podem sim ser uma boa opção para a carteira. Para tomar a melhor decisão, é preciso avaliar outros aspectos, como indicadores financeiros, gestão, perspectivas de mercado, e assim por diante.

Potencial de valorização

Se por um lado as small caps não são boas pagadoras de dividendos, por outro oferecem um potencial de valorização maior do que as companhias já consolidadas na bolsa.

Apesar de existir muita concorrência em setores da nova economia (como e-commerce ou fintechs, por exemplo), as possibilidades de crescimento nesses segmentos são igualmente grandes. É claro que não existe nenhuma garantia de que as small caps alcancem os resultados planejados. Isso porque muita coisa pode acontecer na economia. No entanto, quando têm sucesso, essas ações proporcionam alta rentabilidade aos seus investidores, pois foram adquiridas a preços bem mais baixos.

Índice Small Cap (SMLL)

Na bolsa brasileira, existe um índice que representa as ações de menor capitalização: ou Índice Small Cap – ou SMLL.

Esse índice corresponde a uma carteira teórica formada por ações de empresas small caps listadas na bolsa. Para entender o que é uma carteira teórica, imagine uma “cesta” onde são colocadas diversas ações. No caso das small caps, essa cesta é formada somente por ações dessa categoria.

A cada quatro meses, a bolsa faz uma revisão do índice SMLL. Isso significa que a sua composição pode variar, acrescentando ou excluindo empresas. Vale lembrar que nem todas as small caps possuem a mesma participação no índice. Além disso, não podem fazer parte do SMLL os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, intervenção ou qualquer outro tipo de administração temporária.

Como investir em small caps

Agora que já entendemos o que são small caps, é hora de saber que que forma se pode investir nessas empresas. Basicamente, existem três formas de se fazer isso: adquirindo diretamente as ações, investindo em ETFs ou em fundos de investimentos tradicionais.

Ações small caps

Essa é a forma mais direta de investir nas empresas de menor capitalização de mercado da bolsa. Para isso, é preciso somente ter conta em uma corretora de valores.

No entanto, adquirir ações diretamente exige algum conhecimento técnico e noções de macroeconomia. Nesse sentido, a análise fundamentalista é uma excelente ferramenta para conhecer os indicadores financeiros da empresa e aspectos do cenário macroeconômico.

Outra excelente forma de investir diretamente nessas ações é por meio de recomendações de especialistas. A Terra Investimentos trabalha com seis tipos de carteiras recomendadas, e uma delas é a Carteira Small Caps. Nesse caso, os especialistas fazem toda a seleção e acompanhamento dos ativos. Além disso, revisam o portfólio sempre que necessário.

ETFs

Você também pode investir em small caps por meio de ETFs (Exchange Traded Funds). Na bolsa brasileira, existem algumas opções como o SMALL11, XMALL11, TRIG11 e SMAB11.

Uma das vantagens dos ETFs é a diversificação que esses investimentos proporcionam à carteira de forma simples. Esses fundos são negociados via homebroker, e há cotas de valores bem acessíveis. Por isso, são considerados hoje uma das portas de entrada para quem começa a investir na bolsa.

Fundos de small caps

Outra opção para investir nessas empresas são os fundos de investimento tradicionais que focam em small caps. Nesse caso, você conta com o trabalho de um gestor profissional, que seleciona e acompanha as ações que formarão o patrimônio do fundo. Dessa forma, você não precisa se preocupar em analisar as empresas para escolhê-las.

Lembrando que, para investir diretamente na bolsa ou em fundos de ações, é preciso ter um perfil de investidor arrojado. Além disso, o foco desses investimentos deve ser sempre o longo prazo, considerando a volatilidade do mercado acionário.

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