Stop loss e stop gain: saiba como utilizá-los em seus investimentos

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra mulher utilizando stop loss e stop gain na bolsa
Imagem mostra mulher utilizando stop loss e stop gain na bolsa

Se você investe na bolsa, provavelmente já está acostumado às oscilações dos preços das ações e de outros ativos negociados nesse ambiente. Sim, o mercado de capitais exige um bom grau de tolerância ao risco, mas não é preciso se sentir em uma montanha-russa o tempo inteiro para ter boas chances de ganhos. É justamente aí que o stop loss e stop gain podem auxiliar o investidor a ter mais previsibilidade em relação aos resultados de sua carteira.

Muitas vezes, a volatilidade da bolsa assusta investidores iniciantes, e esse receio faz com que se percam boas oportunidades de investimentos. Pensando nisso, preparamos este conteúdo explicando o que são e como utilizar essas ferramentas, bastante populares entre traders e investidores mais experientes. Continue a leitura e entenda por que ambas são tão importante para quem opera na bolsa de valores.

Qual a diferença entre stop loss e stop gain?

Stop loss e stop gain são dois tipos de ordens que estabelecem, respectivamente, limites de perdas e de ganhos para algumas operações na bolsa. A seguir, mostraremos como cada uma dessas ferramentas funciona na prática.

Stop loss

O mecanismo de stop loss é utilizado para impedir que uma ação ou outro ativo se desvalorize além do que foi programado pelo trader ou investidor. Basicamente, trata-se de uma ordem de venda que é disparada quando o preço do ativo atinge o valor mínimo estipulado.

Como vimos, uma das características do mercado de capitais é a sua volatilidade, que pode ser mais ou menos acentuada em determinados momentos. Com o stop loss, quem opera na bolsa pode controlar as perdas, impedindo que a desvalorização de determinado ativo cause sérios prejuízos aos investimentos.

Suponha que você tenha adquirido um lote de 100 ações a R$ 20 cada, acreditando que os títulos iriam se valorizar em determinado período. No entanto, uma crise no mercado ou problemas específicos na empresa começaram a fazer as suas ações caírem de preço logo após a sua compra. Esperando por uma recuperação, você decide manter esses títulos em carteira, mas sabe que terá problemas se eles continuarem se desvalorizando.

Para controlar um prejuízo que prejudicaria suas finanças, você estabelece um percentual máximo de perda de 15%, por exemplo. Dessa forma, se o preço das ações caírem até esse limite, a ordem stop loss é acionada imediatamente.

Em situações como essas, é claro que as ações poderiam ter voltado a subir em algum momento. No entanto, na pior das hipóteses, a desvalorização poderia ter superado o limite de 15% estabelecido. Por isso o stop loss acaba sendo uma ferramenta muito importante, pois ele encerra a operação antes de um prejuízo potencialmente maior.

Stop gain

O mesmo mecanismo de trava pode ser utilizado de forma contrária, ou seja, em uma operação que está sendo lucrativa. Nesse caso, estamos falando do stop gain, que é uma ordem de venda programada para ser executada no momento em que uma ação ou outro ativo alcança o preço desejado.

A princípio, pode até soar estranho querer se desfazer de um investimento que está indo bem, certo? Porém, sabemos que nenhum ativo se valoriza sempre o tempo todo, e é justamente para vendê-lo no pico estimado é que serve o stop gain.

Aqui, podemos utilizar a mesma lógica do exemplo anterior. Ao avaliar as perspectivas do mercado, você acredita que as suas ações, que custaram R$ 20, possam chegar a R$ 23 antes de se desvalorizarem. Logo, você emite uma ordem de stop loss no valor de R$ 23, que será disparada automaticamente quando as ações chegarem nesse valor.

Com isso, você garante o ganho e impede que eventuais oscilações dos preços prejudiquem os seus rendimentos. Em outras palavras, o stop gain é mais uma ferramenta que ajuda a trazer previsibilidade para a sua carteira.

Stop loss, stop gain e stop móvel: entenda a diferença

Até aqui, endentemos como funcionam o stop loss e o stop gain. Resumidamente, ambos são ordens de venda, mas a primeira é acionada quando o ativo chega no preço mínimo estabelecido, e a outra, quando a valorização alcança o teto máximo desejado.

Porém, há um outro tipo de ordem de venda automática que se pode programar, que é o stop móvel. A diferença dessa ordem para o stop loss e stop gain é a sua flexibilidade, pois o limite não é um valor específico, mas sim um percentual do ativo.

Imagine agora que, ao adquirir as suas ações que custaram R$ 20 cada, você tenha definido um limite máximo de R$ 3 para perda por título. Isso significa que a sua ordem stop loss seria acionada quando a ação chegasse a R$ 17. Porém, o mercado está em alta e os fundamentos da empresa são sólidos, e isso faz com que o título entre em um movimento de valorização contínua.

Em poucas semanas, a ação chegou a R$ 25, e não há indícios de que o preço possa recuar no curto ou médio prazo. É aqui que entra o diferencial do stop móvel, pois o sistema passa a considerar o novo valor do título para calcular o limite de perda. Ou seja, mantendo os mesmos R$ 3 que você definiu inicialmente, o novo valor do stop loss passa a ser R$ 22. Dessa forma, você consegue garantir um valor acima do que pagou pelo título e protege os ganhos de uma eventual desvalorização no futuro.

Outro aspecto importante sobre o stop móvel é que se pode utilizar o mecanismo não só para venda, mas também para a compra de um ativo. Digamos que você esteja aguardando que uma ação caia de preço para comprá-la. Para isso, você pode definir uma ordem com stop móvel de, por exemplo, 10%, sobre o preço do título. Dessa forma, quando a ação cair 10%, o sistema executa automaticamente a sua ordem de compra.

Como utilizar essas ferramentas na prática?

Os indicadores da análise técnica podem auxiliar a definir os melhores gatilhos para acionar o stop loss e stop gain. Porém a utilização eficiente dessas ferramentas dependerá da estratégia de investimentos de cada um.

Por exemplo, quem tem como prioridade minimizar os riscos da carteira, pode utilizar um gatilho de stop loss superior às projeções da análise técnica no caso de uma venda. Em relação a essas ferramentas, o que o investidor precisa ter claro é que elas funcionam como uma faixa de segurança. Isso porque, quando acionadas e utilizadas da forma correta, elas permitem evitar prejuízos e proteger os ganhos já obtidos.

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