Se você deseja operar na bolsa de valores, precisa saber que, assim como nos fundos de investimentos, essas transações também possuem custos. Um deles é a taxa de corretagem, e é muito importante conhecê-la, pois ela impacta diretamente a rentabilidade dos seus investimentos.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo com tudo o que você precisa saber sobre taxa de corretagem para fazer a gestão de seus investimentos com mais eficiência. Para entender o que é essa taxa e como ela influencia os ganhos da sua carteira, continue a leitura a seguir!
O que é taxa de corretagem?
Aqui no blog, já falamos sobre o que são e qual o papel das corretoras de investimentos. Essas instituições funcionam como uma vitrine de investimentos, na qual o cliente tem acesso a produtos de diversas outras instituições financeiras.
Para disponibilizar ao público produtos de renda variável (como ações, fundos imobiliários, ETFs, entre outros), essas instituições cobram a taxa de corretagem. Esse custo é pago pelo cliente a cada compra e venda de ativos que ele fizer no home broker da corretora. Ou seja, a cada compra ou venda de ações ou outro ativo de renda variável que ele realizar, teoricamente haverá uma taxa de corretagem incidente.
Para a rentabilidade da carteira, tão importante quando escolher adequadamente os investimentos é definir com qual corretora operar. Isso porque cada uma delas tem a sua própria política de taxas, e conhecer esses aspectos pode fazer toda a diferença no resultado da sua estratégia de investimentos. Nesse sentido, saber os percentuais envolvidos em cada operação e a forma de cobrança pode evitar surpresas desagradáveis quando você for checar a rentabilidade de suas aplicações.
Veja a seguir como ocorre a cobrança da taxa de corretagem.
Como é cobrada a taxa de corretagem?
Agora que já entendemos o que é essa taxa, é hora se saber em que momentos ela pode ser cobrada. Como vimos, cada corretora é livre para cobrar as taxas que achar adequadas para remunerar os seus serviços. Basicamente, existem três formas de se fazer isso: a taxa de corretagem pode ser fixa, variável ou um misto entre ambas.
Na taxa de corretagem fixa, o cliente paga um valor fixo que não depende do valor do investimento a ser realizado. Por exemplo, se você adquirir um lote de ações a R$ 1.000 ou a R$ 5.000, a taxa de corretagem será a mesma para ambas as operações.
Já a taxa de corretagem variável corresponde a um percentual sobre o valor total da operação. Para ajudar na orientação ao investidor, a B3 disponibiliza uma tabela na qual sugere preços para essa taxa conforme o volume da operação. Nessa tabela, os custos giram em torno de 0,5% sobre os valores negociados. Na prática, quanto maior esse volume, menor tende a ser o percentual cobrado.
Por fim, essa taxa pode ser fixa e acrescida de um percentual sobre a operação. Nesse caso, o percentual pode variar de acordo com o tipo de operação e o valor investido. Essa é uma das formas mais utilizadas no mercado quando o investidor negocia por meio de corretoras de investimentos.
Outros custos das operações na bolsa
Além da taxa de corretagem, incidem também outros custos sobre os investimentos feitos na bolsa de valores, que são os seguintes:
Taxa de custódia
A taxa de custódia em ações varia de 0,005% a 0,013%, e o percentual varia de acordo com o volume da aplicação. Nesse sentido, quanto maior for o valor do investimento, menor será essa taxa. Além disso, quem possui até R$ 20 mil reais investidos em ações tem isenção da taxa de custódia.
Lembrando que a B3 cobra taxa de custódia também sobre operações do Tesouro Direto para operações acima de R$ 10 mil.
Taxa de registro
Já a taxa de registro incide sobre abertura ou encerramento de posições em contratos futuros e também é cobrada pela B3. Essa taxa tem valores variados, e é baseada em um componente fixo e em outro variável proporcional à quantidade de contratos negociados. Os valores da taxa de registro podem ser consultados no site da B3.
Emolumentos
Os emolumentos costumam ser cobrados em operações que envolvem ações e contratos futuros, e entram no final da nota de corretagem. Os responsáveis pela cobrança dessa taxa são a B3 e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
ISS (Imposto Sobre Serviços)
O Imposto Sobre Serviços incide sobre o valor da corretagem, e deve ser de, no máximo, 5% dessa taxa. Em outras palavras, se a sua corretora cobrar R$ 10 reais por operação, você terá um ISS a pagar de R$ 0,50.
IR (Imposto de Renda)
Sobre o lucro na venda de ações, incidirá 15% de IR nas operações que durarem mais de um dia. No caso do day trade, a tributação do resultado da operação será de 20%. No entanto, no caso de pessoas físicas, se a venda dentro do mês não ultrapassar R$ 20 mil, não haverá incidência do tributo.