Taxa de juros real: por que é importante e como calcular?

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra investidor calculando a taxa de juros real dos investimentos
Imagem mostra investidor calculando a taxa de juros real dos investimentos

Para que uma estratégia de investimento alcance os seus objetivos, é fundamental entender o quanto rende de fato um ativo financeiro. Muitas vezes, o investidor olha somente a taxa nominal, ou seja, aquela que consta no título – como 10% ao ano ou 100% do CDI, por exemplo. No entanto, o que mostrará o ganho da aplicação é a taxa de juros real, e é isso o que precisamos entender para não perder dinheiro!

Em tempos de inflação alta, é ainda mais importante prestar atenção no rendimento real, principalmente nos investimentos de longo prazo. Pensando nisso, preparamos este conteúdo explicando o que é e como calcular a taxa de juros real. Portanto, se você está em busca de mais conhecimento para fazer escolhas assertivas para a sua carteira, continue a leitura a seguir!

O que é taxa de juros real?

A taxa de juros real representa o ganho efetivo de um investimento, pois ela desconta do rendimento o impacto da inflação durante todo o período em que o dinheiro esteve aplicado.

Em outras palavras, os juros reais mostram quanto o investimento rendeu acima da inflação. Como vimos, isso acaba sendo ainda mais importante nos ativos de longo prazo pois, se a inflação não deteriorar os ganhos do investimento, podemos nos beneficiar ainda mais do poder dos juros compostos sobre o patrimônio ao longo do tempo.

Juros reais e juros nominais: qual a diferença?

Os juros nominais são aqueles que constam na descrição do investimento que você adquire junto a uma instituição financeira.

Suponha que você tenha adquirido um CDB, e que, no contrato de investimento, conste que a remuneração do título é de 10% ao ano. Esse percentual corresponde ao juro nominal do título, pois ele não considera os efeitos da inflação nos rendimentos.

Agora imagine que, passados 12 meses da sua aplicação, a inflação medida pelo IPCA tenha sido de 5% ao ano. Nesse caso, os juros reais do CDB foram positivos, pois superaram a inflação do período. Ou seja, a aplicação proporcionou ganho real .

No entanto, se a variação do IPCA tivesse sido maior do que a taxa nominal, o juro da aplicação teria perdido para a inflação. É justamente essa situação que precisamos evitar nos investimentos e, por isso, é tão importante conhecer a taxa de juros real.

Selic e juros reais são a mesma coisa?

Embora algumas pessoas confundam os dois conceitos, é importante entender que taxa Selic e juros reais não significam a mesma coisa.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, servindo de referência para todas as demais taxas do sistema financeiro do Brasil, tanto no crédito quanto nos investimentos. Além disso, ela é a principal ferramenta das autoridades monetárias no controle da inflação, mas, ao contrário da taxa de juros real, o seu valor não traz os impactos da alta dos preços.

Como calcular o juro real?

Como vimos anteriormente, para calcular a taxa de juros real, precisamos descontar a inflação do período analisado da taxa de juros nominal. Porém, não basta somente subtrair a inflação da taxa de juros nominal, pois é preciso aplicar a seguinte fórmula para chegarmos ao resultado:

(1 + in) = (1 + r) x (1 + j)

onde:

in = taxa de juros nominal

r = taxa de juros real

j = inflação do período

Voltemos ao exemplo do CDB acima (juros nominais de 10% ao ano, e a inflação do período de 5% ao ano). Para fazer o cálculo, basta substituirmos os valores na fórmula, e teremos o seguinte:

(1 + 0,10) = (1 + r) x (1 + 0,05)

1 + r = 1,10 / 1,05

1 + r = 1,0476

r = 1,0476 – 1

r = 0,047 ou 4,76 % ao ano.

Ou seja, descontada a inflação da taxa nominal do CDB, o seu rendimento real foi de 4,76% ao ano.

Outros aspectos que impactam a rentabilidade dos investimentos

Até aqui, já entendemos a importância de considerar os efeitos da inflação na taxa dos investimentos. Mas além disso, há também outros aspectos que influenciam na rentabilidade dos ativos.

Além da tributação sobre os rendimentos, existem taxas que incidem sobre alguns investimentos. Por exemplo, os fundos de investimento cobram uma taxa de administração para remunerar o trabalho do gestor, responsável por selecionar os ativos nos quais os cotistas irão aplicar os recursos. Normalmente, essa taxa é maior nos fundos de gestão ativa, ou seja, naqueles que têm o objetivo de superar um benchmark (referencial) do mercado financeiro.

Alguns fundos também podem cobrar taxa de performance, uma espécie de recompensa sobre o rendimento que excedeu o benchmark do fundo. Essa taxa costuma ficar entre 10 a 20% sobre o valor acima do benchmark.

Já os investimentos no Tesouro Direto possuem uma taxa de custódia, que é cobrada pela B3 pela guarda e movimentação dos títulos que ficam sob sua custódia. No Tesouro Selic, essa taxa não é cobrada nas aplicações até R$ 10 mil. Nos outros títulos, o percentual é de 0,20% ao ano sobre o valor total do investimento, e é dividido em duas cobranças semestrais de 0,10% cada.

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