Conheça 4 tipos de reservas financeiras para o seu planejamento

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra moedas formando reservas financeiras
Imagem mostra moedas formando reservas financeiras

Quem planeja as finanças e se preocupa em cuidar do patrimônio, entende que é fundamental ter organização e disciplina para formar reservas financeiras ao longo do tempo. O que algumas pessoas não sabem é que, para cada necessidade ou projeto, existe um tipo de reserva diferente.

Mesmo que o dinheiro saia do mesmo bolso, é importante separá-lo por objetivos e prioridades, pois isso torna mais eficiente a sua estratégia de investimento. Neste conteúdo, mostraremos quais são os tipos de reservas financeiras e em que momento cada uma delas pode ser mais apropriada. Confira a seguir!

Quais são os tipos de reservas financeiras?

Para fins de planejamento dos investimentos, podemos classificar as reservas financeiras em quatro tipos: reserva de emergência, reserva de oportunidade, reserva para objetivos específicos e reserva para a aposentadoria. Acompanhe a seguir como funcionam.

Reserva de emergência

Constituir a reserva de emergência é o primeiro passo para quem está começando a investir. Esses são os recursos que você economiza pensando em não usar, mas que farão toda a diferença na hora de um imprevisto financeiro, desde o simples conserto do carro até a perda inesperada de um emprego.

Para que possa fazer parte da reserva de emergência, um investimento precisa ter dois atributos básicos: liquidez e segurança. Ou seja, além de o dinheiro estar na conta no momento que precisarmos, é preciso que não exista o risco de perdas na hora do resgate. Por isso, as modalidades indicadas para compor essa reserva são as mais conservadoras da renda fixa – como CDBs pós-fixados ou Tesouro Selic – e o fundo DI, um tipo de fundo de renda fixa que aplica predominantemente em títulos do Tesouro Direto.

Outro aspecto a considerar é nem todos os fundos de renda fixa são indicados para a reserva de emergência, pois nem toda a renda fixa é segura. Prova disso é o fundo do Nubank (Nu Reserva Imediata), que trouxe perdas para mais de um milhão de cotistas por ter títulos da Americanas no seu patrimônio. Saiba mais sobre essa fato no link abaixo:

Reserva para objetivos específicos

Como o nome diz, esse tipo de reserva financeira é voltado especificamente a um objetivo, seja ele de curto, médio ou longo prazo.

Suponha que você esteja programando uma viagem de férias para daqui a algum tempo. Dependendo do prazo que você tiver em mente, poderá investir com foco no curto ou médio prazo. Lembrando que, de forma geral, conseguimos encontrar taxas mais atrativas para títulos de prazos mais longos.

E se a sua viagem for para o exterior, o ideal é investir em ativos atrelados à moeda local, como fundos cambiais, BDRs ou ETFs que replicam índices internacionais, por exemplo. Seja qual for o seu plano, é importante ter claro que a reserva específica (ou de qualquer outro tipo) deve vir sempre depois da reserva de emergência.

Reserva de oportunidade

Sabe aquela promoção que você estava esperando para trocar de celular ou televisão? Ou mesmo aquela ação que você acompanha há tempos na bolsa, e que caiu de preços mas manteve os bons fundamentos? É justamente para aproveitar momentos como esse que devemos nos preocupar com uma reserva de oportunidade, pois não há como prever quando acontecerão.

Para não perdermos o timing diante de um bom negócio, os recursos dessa reserva devem estar aplicados em modalidades que ofereçam liquidez diária. No entanto, é preciso ter cuidado para não confundir a reserva de oportunidade com a de emergência, pois além dos objetivos, os valores também são distintos. Para custear imprevistos, o ideal é projetar um valor com base no custo de vida mensal, prevendo a hipótese de perda da renda. Já no caso da reserva de oportunidade, não há um valor ideal, pois a sua utilização dependerá das chances de negócios que aparecerem e, é claro, da disposição que cada um tem para realizá-los.

Reserva para o futuro

Por fim, a reserva para o futuro contempla os todos os projetos que você deseja realizar no longo prazo. Aqui, entram os recursos para custear a faculdade dos filhos que ainda são pequenos, o negócio próprio que você planeja abrir e que ainda levará bastante tempo, e a renda para complementar a aposentadoria do INSS.

Esse tipo de reserva financeira é o que contempla a maior quantidade de opções, uma vez que o prazo de resgate é o fator de menor importância. Para a aposentadoria, por exemplo, há fundos de previdência privada que atendem desde o mais conservador ao mais arrojado dos investidores.

E dá para mesclar o risco com produtos mais conservadores, como os títulos públicos federais de longo prazo, como o Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+. Os dois últimos funcionam como uma previdência privada, pois possuem um período de acumulação (depósito periódicos) e outro de conversão (recebimento de uma renda mensal).

E o leque se torna ainda mais variado se houver uma boa tolerância ao risco. Isso porque, como há mais tempo para os investimentos maturarem, é possível agregar alternativas como ações de crescimento, fundos de ações, multimercados arrojados, e assim por diante.

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