Correlação de ativos: por que isso é importante nos investimentos?

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra setas contrárias em alusão à correlação de ativos
Imagem mostra setas contrárias em alusão à correlação de ativos

Para potencializar a rentabilidade e, ao mesmo tempo, fazer o controle de risco dos investimentos, a diversificação da carteira é algo fundamental. Porém, não adianta sair investindo de forma aleatória em modalidades diferentes sem prestar atenção na correlação de ativos, pois ela é que mostrará se você está diversificando da maneira correta o seu portfólio.

Um dos riscos de não observar a correlação de ativos é pulverizar os investimentos ao invés de diversificá-los, e isso pode comprometer o desempenho da carteira. Para não correr o risco de cometer esse erro, continue a leitura e saiba mais sobre esse importante tema.

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O que é correlação de ativos?

A correlação de ativos nada mais é do que a forma com que os movimentos dos preços de dois ou mais ativos se relacionam entre si.

Quando dois ativos se movem na mesma direção, dizemos que existe uma correlação positiva entre eles. Por outro lado, se os movimentos são contrários (ou seja, quando um sobe, o outro apresenta queda), temos uma correlação negativa. E quando um se movimenta de determinada forma e não identificamos nenhum reflexo no outro, podemos dizer que eles não estão correlacionados.

No mercado financeiro, um dos exemplos mais conhecidos de correlação é o comportamento do Ibovespa (principal índice acionário do Brasil) em relação ao dólar. Normalmente, quando o dólar sobe, a tendência é de queda no Ibovespa, pois a moeda norte-americana fortalecida arrefece o interesse dos investidores pela bolsa. E vice-versa.

A mesma correlação podemos verificar entre taxa de juros e renda variável. Ou seja, em tempos de Selic alta, a renda fixa rouba boa parte das atenções do mercado em detrimento da bolsa, pois a necessidade de exposição ao risco em busca de rentabilidade passa a ser menor.

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Como funciona a medida de correlação de ativos?

Como vimos, a correlação de ativos pode ser positiva, negativa ou neutra (também chamada de descorrelação), e ela é medida por um coeficiente de correlação, que varia entre -1 e 1. Na prática, esses valores funcionam como referência para entendermos a evolução dos ativos, pois dificilmente veremos uma correlação perfeitamente positiva (igual a +1) ou perfeitamente negativa (igual a -1).

Por exemplo, se o Ibovespa e uma determinada ação sobem ou caem de forma idêntica, diríamos que a correlação de ambos é perfeita, mas são poucas as chances de encontrar um movimento como esse no mercado. O mesmo acontece com os exemplos que vimos anteriormente. Isso porque, por mais opostos que sejam os movimentos do dólar em relação ao Ibovespa, ou dos juros em relação à renda variável, essas direções contrárias não serão simétricas.

Utilização do coeficiente de correlação

O coeficiente de correlação pode ser utilizado para avaliar a ligação entre dois ativos (duas ações ou dois fundos de investimento, por exemplo), entre índices ou mesmo entre classes inteiras de ativos (ETFs ou fundos imobiliários, por exemplo).

Quanto à interpretação do coeficiente, imagine que os ativos “X” e “Y” possuem uma correlação de 0,8. Isso significa que, se o valor de um deles aumentar 100%, o outro terá um aumento de 80%

Como a correlação de ativos pode afetar os investimentos?

Imagine que a carteira de ações de um investidor tenha uma forte concentração em algum setor específico, como empresas de commodities agrícolas, por exemplo. Quando o agro vai bem, isso se reflete nos resultados dessas empresas, favorecendo as suas receitas, resultados e distribuição de dividendos em muitos casos.

No entanto, quando temos excedentes de safra, embargos de exportações e outros acontecimentos que prejudicam o desempenho do setor, a performance das empresas também é penalizada. Consequentemente, as suas ações sofrem o impacto negativo, e isso acaba comprometendo a rentabilidade total do portfólio.

Por outro lado, quando uma carteira tem ativos que não estão correlacionados ou que possuem correlação negativa, a sua volatilidade tende a ser menor. Isso porque o efeito de eventuais problemas em algum setor da economia é mais facilmente neutralizado, o que contribui para o controle de risco, pois os ativos não ficam suscetíveis ao desempenho de uma ou outra variável específica.

Investir em diferentes ativos que possuam correlação positiva proporciona uma falsa sensação de diversificação. Por isso, o ideal é sempre buscar a correlação negativa ou neutra para a carteira, além, é claro, de rebalancear os investimentos sempre que for necessário.

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