O Magazine Luiza (MGLU3) reportou prejuízo líquido de R$ 35,9 milhões no 4° trimestre de 2022 (4T22), revertendo o lucro líquido de R$ 93 milhões alcançado no mesmo período do ano anterior. Mas excluídos os resultados não recorrentes, o prejuízo líquido ajustado do 4T22 reduziu na base trimestral, fechando em R$ 15,2 milhões contra R$ 79 milhões do 4T21.
No acumulado de 2022, o prejuízo foi de R$ 499,0 milhões, contra lucro de R$ 590,7 milhões auferidos de janeiro a dezembro de 2021. Consideradas as receitas e despesas não recorrentes dos dois exercícios, o Magalu fechou 2022 com prejuízo de R$ 372,1 milhões e 2021 com lucro de R$ 114,2 milhões.
No 4T22, a receita líquida do MGLU3 atingiu R$ 11,16 bilhões, alta de 18% em relação ao último trimestre de 2021. No acumulado do ano, o indicador bateu R$ 37,29 bilhões, valor 5,7% acima da receita de todo o ano de 2021. Segundo o Magalu, a melhora do indicador se deve ao crescimento do e-commerce e à boa performance das lojas físicas. Além disso, a receita de serviços cresceu 44,4% no período, fruto do aumento das comissões do marketplace.
O lucro bruto somou R$ 3,09 bilhões no 4T22, crescimento de 30,6% em comparação a igual período de 2021. Já a margem bruta foi de 27,8%, uma evolução de 2,5 pontos percentuais (p.p.)frente ao 4T21, basicamente devido ao incremento do marketplace. No acumulado de 2022, o lucro bruto somou R$ 10,43 bilhões, alta de 17,5% sobre o ano anterior.
O EBITDA ajustado do 4° trimestre de 2022 foi de R$ 673,7 milhões, um aumento de 176% frente ao último trimestre de 2021. Já a margem EBITDA ajustada ficou em 6%, ou 3,4 p.p. acima na base trimestral. Nos 12 meses de 2022, o EBITDA somou R$ 2,12 bilhões, alta de 44% frente ao acumulado de 2021.
No 4T22, a geração de caixa operacional do MGLU3 foi de mais de R$2 bilhões, reflexo da evolução do EBITDA e da melhoria no capital de giro. Ao final de 2022, a companhia tinha uma posição de caixa total ajustado de R$11 bilhões e de caixa líquido ajustado de R$3,5 bilhões.
O 4° trimestre de 2022 registrou aumento das despesas financeiras líquidas, que fecharam em R$ 568,8 milhões contra R$ 304,7 milhões no 4T21 (+86,7%). No acumulado dos dois exercícios, o aumento das despesas financeiras foi ainda maior, passando de R$ 880,4 milhões em 2021 para R$ 2,04 bilhões no ano passado. De acordo com o Magalu, a alta ocorreu devido ao aumento da Selic, que foi 6,25% ao ano no começo de outubro de 2021 para 13,75% ao ano no final de dezembro de 2022.
O Magalu destaca ainda a redução dos níveis de estoque, que encerraram 2022 em R$ 7,8 bilhões frente a R$ 9,1 bilhões em dezembro de 2021. “Com essa redução, somada ao maior volume de vendas, o giro dos estoques
melhorou mais de 30 dias em 2022″, declarou na divulgação dos resultados.
