7 perguntas frequentes sobre o Tesouro Direto: tire suas dúvidas já!

Tempo de leitura: 6 minutos

Imagem mostra mulher respondendo perguntas frequentes sobre o Tesouro Direto
Imagem mostra mulher respondendo perguntas frequentes sobre o Tesouro Direto

Pela sua acessibilidade e praticidade, o Tesouro Direto é a porta de entrada para muitos brasileiros que começam a investir. Pensando nisso, preparamos este material com sete perguntas frequentes sobre o Tesouro Direto, para que você possa tirar suas dúvidas e escolher com mais segurança os melhores títulos para os seus objetivos financeiros.

Lembrando que esse investimento não é só para iniciantes ou conservadores, pois eles podem proporcionar uma interessante diversificação para qualquer carteira. Portanto, se você pensa em começara a investir no Tesouro Direto, ou se já investe e ainda tem dúvidas, continue a leitura a seguir!

Tire suas dúvidas sobre o Tesouro Direto!

A seguir, confira sete perguntas que estão entre as mais frequentes quando o assunto é investir nos títulos públicos federais:

1 – Quais são os tipos de Tesouro Direto?

De acordo com o tipo de rentabilidade, esses títulos são classificados em três categorias: prefixados, pós-fixados e híbridos.

No Tesouro Prefixado, você sabe quanto o título irá render desde o início da aplicação pois a taxa é fixa e expressa ao ano. Esse tipo de título é indicado para a carteira de longo prazo, pois seu vencimento normalmente é a partir de três anos.

Já o título pós-fixado – mais conhecido como Tesouro Selic – são aqueles que acompanham a variação da taxa básica de juros brasileira. Dessa forma, você só saberá qual será o rendimento pago pelo título no momento em que resgatar a aplicação. Esse título tem liquidez diária, ou seja, você pode resgatá-lo rapidamente sempre que precisara.

Por fim, os títulos híbridos são aqueles que mesclam as formas de remuneração prefixada e pós-fixada. Ou seja, parte dos seus rendimentos é estabelecida por uma taxa fixa anual e a outra parte segue o IPCA, o principal índice de inflação do Brasil. Nesse grupo, estão o Tesouro IPCA+, Tesouro RendA+ e o Tesouro Educa+, esses últimos os mais novos títulos do programa, lançados com o objetivo de formar reservas para a aposentadoria e para custear os estudos no futuro.

Por serem atrelados ao IPCA, os três últimos são uma alternativa interessante para proteger o dinheiro da inflação.

Em relação ao Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, o investidor pode escolher se deseja resgatar todo o dinheiro no vencimento ou receber juros semestrais no decorrer da aplicação. No primeiro caso, os ganhos são maiores, pois os juros compostos incidirão sobre um montante cada vez maior. Por outro lado, a opção com juros semestrais é interessante para quem busca uma renda passiva com investimentos. Ou seja, a melhor alternativa dependerá da estratégia de investimentos e dos objetivos financeiros de cada um.

2 – Quanto preciso ter para investir no Tesouro Direto?

Essa é uma das perguntas mais frequentes entre os que pensam em investir no programa. Se você ainda não sabe, o Tesouro Direto é uma das formas mais democráticas de investir, pois há opções acessíveis para todos os bolsos.

Atualmente, você encontra títulos cujo aporte mínimo vai de R$ 30 a R$ 130, aproximadamente. No site do Tesouro, você pode também simular sua aplicação, de acordo com o que deseja investir hoje ou o que pretende resgatar no futuro. Lembrando que não há garantias de resultados futuros, pois essas simulações são baseadas em projeções de mercado.

De acordo com o mercado, os títulos apresentam oscilações em suas taxas e valores mínimos de aplicação. Por isso, é importante consultar o site com regularidade para estar por dentro das condições de negociação.

3 – Qual o risco de investir no Tesouro Direto?

Na prática, quando você adquire um título do Tesouro Direto, está emprestando dinheiro para o governo federal. Por isso, esse é considerado o investimento mais seguro do mercado, pois quem garante é o próprio governo.

Em muitas ocasiões, pode haver desconfiança sobre os rumos da economia de um país. No entanto, os investimentos em títulos públicos federais sempre serão mais seguros do que títulos emitidos por bancos ou empresas. Por exemplo, se o rating de crédito de um país piora a ponto de um calote público, certamente os entes privados irão à falência antes disso.

Como qualquer tipo de investimento, o Tesouro Direto possui risco. Porém, ele é menor do que o de outros títulos de renda fixa, mesmo os que têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

4 – Quanto custa para investir no Tesouro Direto?

Os custos desses títulos também estão entre as dúvidas frequentes sobre o Tesouro Direto. Sobre os rendimentos, incidirá o Imposto de Renda (IR) de acordo com a tabela regressiva aplicada aos títulos de renda fixa e à maioria dos fundos de investimento. Nessa tabela, as alíquotas iniciam em 22,5% e reduzem de acordo com o prazo da aplicação, até chegar à mínima de 15%, da seguinte forma:

Prazo de resgateAlíquota IR
Até 180 dias22,5%
De 181 a 360 dias20%
De 361 a 720 dias17,5%
Acima de 720 dias15%

Também pode incidir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os rendimentos desses títulos. Porém, isso só acontecerá quando o investidor fizer resgates antes de 30 dias do início da aplicação. No caso do IOF, as alíquotas também são decrescentes, começando em 96% até zerar no 30° dia.

Há também a taxa de custódia cobrada pela B3 pelos títulos públicos federais. Essa taxa é de 0,20% ao ano sobre o total investido (principal mais juros) e a cobrança é dividida em duas vezes no ano, de 0,10% cada, sempre no primeiro dia útil dos meses de janeiro e julho.

No caso do RendA+ e do Educa+, se o investidor levar o título até o vencimento, não pagará a taxa de custódia. No entanto, isso só vale se o valor mensal que ele receber no período de conversão não ultrapassar seis salários mínimos.

Por fim, há uma taxa de administração opcional no Tesouro Direto, que varia de acordo com cada instituição financeira. Atualmente, a maioria não cobra essa taxa.

5 – Posso usar o Tesouro Direto para a reserva de emergência?

Entre todos os títulos do programa, o único que você pode usar para a sua reserva de emergência é o Tesouro Selic. Isso porque ele tem liquidez diária, ou seja, rapidamente você pode resgatá-lo no caso de um imprevisto financeiro.

Não que exista alguma proibição em resgatar os outros títulos antes do vencimento. Porém, para fazer isso, você precisará recorrer ao mercado secundário, para encontrar algum investidor interessado. Nesse caso, nem sempre se consegue uma boa negociação, pois as condições dependerão do momento do mercado. Ou seja, você tanto pode sair no lucro quanto perder parte do rendimento, conforme veremos no próximo item.

6 – Posso perder dinheiro com esse investimento?

Como vimos, todo investimento possui um certo grau de risco. No caso do Tesouro Direto, você pode vir a perder dinheiro de duas formas: se o governo quebrar e não pagar o título (probabilidade remota) ou pela marcação a mercado, caso o venda antes do vencimento.

Para entender: todos os dias, o preço dos títulos sofrem ajustes, de forma a representar o quanto valeriam se fossem vendidos no dia. Dependendo do momento do mercado, esse ajuste pode ser para tanto para cima quanto para baixo.

Por exemplo, imagine que você adquiriu hoje um título prefixado com vencimento para três anos e que paga 12% ao ano. Digamos que, daqui a três anos, a expectativa é de que os juros estejam mais altos do que hoje. Se isso acontecer, o Tesouro Direto irá lançar títulos com juros mais altos do que o seu. Dessa forma, o título que você comprou hoje acabará ficando menos atrativo em termos de rentabilidade do que os novos lançados. Isso isso faz com que o preço do papel que você tem em mãos seja ajustado para baixo.

É claro que o contrário também pode acontecer. Ou seja, se a previsão for de queda nos juros caiam e você tem um Tesouro Prefixado, a marcação a mercado irá valorizar o seu investimento. Essa atualização de preços vale também para o Tesouro IPCA+.

Por mais que se faça estimativas, a verdade é que não dá para prever exatamente para onde vão os juros. Por isso, se você não tem certeza de que pode deixar o dinheiro aplicado por bastante tempo, é não arriscar e escolher o Tesouro Selic, que não tem marcação a mercado.

7 – Como escolher o melhor título?

Com tudo o que vimos até aqui, fica bem mais fácil saber quais títulos escolher, de acordo com cada objetivo financeiro. Relembrando:

  • – Tesouro Selic: indicado para a reserva de emergência, ou quando não se tem certeza de que o dinheiro poderá ficar investido por um prazo mais longo.
  • – Tesouro Prefixado: indicado para o longo prazo, especialmente quando há perspectivas de que os juros caiam ou se mantenham inalterados (e altos) durante um bom tempo.
  • – Tesouro IPCA+: indicado para proteger o dinheiro da inflação no longo prazo.
  • – Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+: indicados principalmente para formar reservas para a aposentadoria e para custear os estudos.

Quanto ao recebimento dos juros:

  • – Para quem quer reforçar o caixa com uma renda passiva, os títulos que pagam juros semestrais podem ser uma boa opção.
  • – Para quem não precisa do dinheiro e pode deixá-lo aplicado por bastante tempo, receber principal e juros no final é mais rentável.

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

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