NTN-B: saiba como funciona esse título do Tesouro Direto

Tempo de leitura: 5 minutos

Imagem mostra reais investidos em NTN-B
Imagem mostra reais investidos em NTN-B

Muitas vezes, a quantidade de siglas na renda fixa pode confundir até mesmo os investidores mais experientes. Para quem deseja contar com a segurança do Tesouro Direto e busca formas de proteger o dinheiro da inflação, a NTN-B pode ser uma excelente alternativa.

Neste conteúdo, falaremos especificamente sobre esse título. Explicaremos como ele funciona, quais as suas características, custos envolvidos e de que forma você pode adquiri-lo. Para entender se esse investimento faz sentido para o seu planejamento financeiro, continue a leitura a seguir.

O que é uma NTN-B?

NTN-B é a sigla para Nota do Tesouro Nacional série B. Na prática, esses são os títulos do Tesouro Direto que têm parte de seus rendimentos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+ e, mais recentemente, o Tesouro RendA+, criado com o objetivo principal de formar reservas para a aposentadoria.

Ou seja, uma parte da remuneração da NTN-B acompanha o IPCA, índice da inflação oficial do Brasil. De acordo com a variação da inflação mensal, os rendimentos do título também irão oscilar. A outra parte corresponde a uma taxa prefixada, que você já sabe qual é no momento em que adquire o papel.

Com a NTN-B, o investidor tem uma certa previsibilidade de rendimentos, pois parte da remuneração é fixa. Além disso, consegue garantir ganhos superiores à inflação, uma vez que o título acompanha a variação do IPCA.

Tipos de NTN-B

Dependendo da forma de recebimento dos juros, esse título pode ser de dois tipos: NTN-B e NTN-B Principal.

Na NTN-B, o investidor recebe os juros da aplicação a cada semestre, e o principal é mantido até o vencimento. Dessa forma, esse título acaba sendo uma boa alternativa para quem busca renda passiva com investimentos para reforço periódico do orçamento.

Já com a NTN-B Principal, como o nome sugere, o recebimento total do valor investido ocorrerá somente no vencimento do título. Se o investidor não busca entradas regulares de caixa e pode resgatar tudo no longo prazo, esse é o título mais adequado. Isso porque ele possui uma duration maior do que a NTN-B que paga juros semestrais, e, por isso, consegue-se aproveitar melhor o poder multiplicador dos juros compostos. Em outras palavras, quando não há resgate de juros ao longo do investimento, o principal aumenta cada vez mais, o que torna o título mais rentável do que os que pagam cupons periódicos.

Como funciona esse título?

Quando você adquire um CDB, LCI ou LCA, por exemplo, está emprestando dinheiro para um banco em troca de remuneração por um período predeterminado. O mesmo acontece com uma NTN-B ou qualquer outro título do Tesouro Direto. No entanto, nesse caso, o devedor do título é o governo, que utilizará os recursos levantados com o título para o financiamento de atividades públicas, como infraestrutura, saneamento, saúde, entre outras.

Como o garantidor do Tesouro Direto é o próprio governo federal, esses títulos são considerados os mais seguros do mercado. Portanto, são uma das principais indicações para formar a carteira de um perfil mais conservador.

Qual a diferença entre LTN e NTN-B?

A Letra do Tesouro Nacional (LTN) também é um título emitido pelo governo federal. Porém, atualmente ela é mais conhecida como Tesouro Prefixado, pois sua denominação foi alterada em 2015.

Na prática, a diferença entre uma LTN e uma NTN-B é basicamente a rentabilidade. No caso da LTN, não há nenhum índice atrelado à remuneração, que depende somente da taxa prefixada. Ou seja, ao investir no Tesouro Prefixado, você saberá exatamente quanto irá receber se mantiver o título até o vencimento. Por outro lado, parte dos rendimentos de uma NTN-B está atrelada ao IPCA, que irá variar de acordo com a inflação do período da aplicação.

Quanto custa investir no Tesouro Direto?

Sobre os títulos do Tesouro Direto, incidem Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos, taxa de custódia da B3 e taxa de administração cobrada por algumas instituições financeiras.

No caso do Imposto de Renda, as alíquotas seguem a tabela regressiva dos títulos de renda fixa, que dependem do prazo da aplicação:

  • – Até 180 dias: 22,5%
  • – De 181 a 360 dias: 20%
  • – De 361 a 720 dias: 17,5%
  • – Acima de 720 dias: 15%

Já a taxa de custódia é de 0,20% sobre o saldo das aplicações, e é cobrada em duas etapas pela B3: em janeiro e em julho. Para a cobrança dessa taxa, existem duas exceções, que são o Tesouro Selic abaixo de R$ 10 mil e o Tesouro RendA+. Nesse último, se o investidor carregar o título até o vencimento, não pagará a taxa de custódia, desde que o valor mensal recebido ao longo do período de conversão não ultrapasse seis salários mínimos.

Há também a possibilidade de incidir o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre os rendimentos dos títulos do Tesouro. Porém isso só acontecerá se houver resgate antes de 30 dias do início da aplicação. Nesse caso, as alíquotas iniciam em 93% e reduzem gradualmente, até zerar no 30° dia.

Vantagens e riscos de investir em NTN-B

Uma das principais vantagens de investir em uma NTN-B é a acessibilidade desses títulos, pois há opções que vão de R$ 30 a menos de R$ 60 no site do Tesouro Direto. Lembrando que os títulos públicos federais são os mais seguros do mercado e, portanto, são uma excelente porta de entrada para quem está iniciando no mundo dos investimentos.

Outro ponto positivo das NTN-B é a garantia de que o dinheiro renderá mais do que a inflação, o que é muito importante, em especial, quando falamos de longo prazo. Por fim, elas também podem servir a quem busca renda passiva, para garantir entradas adicionais de caixa de tempos em tempos.

Por outro lado, a previsibilidade dos rendimentos pode ficar comprometida em períodos de volatilidade da inflação. Além disso, caso o investidor precise se desfazer de uma NTN-B antes do vencimento, poderá sacrificar o rendimento originalmente contratado, dependendo das condições de mercado. Portanto, se você não tiver certeza de que poderá deixar os recursos aplicados por um bom tempo, esse tipo de título não é o mais indicado para a sua carteira. Nesse caso, certifique-se de já ter formado a sua reserva de emergência, para só depois pensar no longo prazo.

Como investir no Tesouro Direto?

Para investir no Tesouro Direto, você precisa ter conta em alguma instituição financeira e fazer um cadastro no Portal do Investidor. Nesse ambiente, você encontra todos os títulos disponíveis para venda com as respectivas taxas e vencimentos, e pode simular investimentos em cada um deles.

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