A diversificação de investimentos é uma das melhores formas de potencializar os rendimentos e, ao mesmo tempo, gerenciar os riscos dos ativos que compõem a carteira. Basicamente, essa estratégia consiste em investir em diferentes tipos de ativos, de forma que a possível desvalorização de um seja compensada pela rentabilidade de outro.
No entanto, isso não significa somente adquirir ativos diferentes, pois existem diversos fatores que precisamos avaliar para que as escolhas sejam corretas. Neste conteúdo, mostraremos sete aspectos nos quais você deve prestar atenção na hora de diversificar os investimentos. Acompanhe a leitura a seguir!
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Diversificação de investimentos: 7 pontos importantes a observar
É sempre importante lembrar que, antes de pensar na diversificação da carteira, o primeiro passo é formar a reserva de emergência. Esses são os recursos que darão suporte no caso de algum gasto inesperado, ou mesmo se houver perda da renda por algum tempo.
Não há um valor exato para essa reserva, pois isso dependerá do custo de vida e da previsibilidade de rendimentos de cada um. De forma geral, especialistas aconselham que esses recursos representem de seis a doze meses da renda mensal. Mas o importante mesmo é que a reserva de emergência esteja aplicada em ativos de liquidez imediata, para que estejam disponíveis no momento de for preciso utilizá-los.
Dito isso, vamos agora conhecer alguns dos aspectos mais importantes na hora de diversificar os investimentos.
1 – Acompanhe o cenário econômico
O momento da economia influencia diretamente os investimentos, e para cada fase haverá um ou outro ativo mais interessante.
Por exemplo, quando a Selic está em alta, a renda fixa pós-fixada acaba ficando mais atrativa, pois os rendimentos desses títulos acompanham a trajetória da taxa de juros. Logo, esse é um bom momento para investir no Tesouro Selic, em títulos pós-fixados de emissão bancária (CDBs, LCIs e LCAs) e de crédito privado (CRIs, CRAs, debêntures, entre outros).
Já quando o cenário aponta para a queda da Selic, investir em títulos prefixados é uma forma de garantir juros mais altos antes que a taxa básica comece a cair. Nesse momento, quem adquire Tesouro Prefixado consegue travar a Selic em patamares superiores aos que o mercado espera para os próximos tempos. O mesmo vale para os títulos bancários e privados que vimos anteriormente.
Quanto à renda variável, a Selic alta é favorável ao setor financeiro, pois bancos e seguradoras costumam manter grandes volumes de recursos investidos em renda fixa atrelada ao CDI. Logo, isso aumenta o rendimento de suas aplicações, o que impulsiona o resultado. Já a Selic em queda acaba beneficiando a bolsa de forma geral, pois o investidor percebe que será necessário se expor a mais risco para aumentar suas chances de ganhos. No link abaixo, você confere uma análise dos especialistas da Terra Investimentos sobre as melhores oportunidades da bolsa com a Selic em queda:
Já em tempos de inflação alta, é importante buscar ativos atrelados a índices inflacionários para proteger o dinheiro da desvalorização. Na renda fixa, o exemplo clássico é esse sentido, o Tesouro IPCA+ é um dos investimentos mais conhecidos, pois parte de sua taxa é fixa e parte segue a evolução do IPCA, o principal índice de inflação do Brasil. Mas você também encontra outros títulos de renda fixa indexados ao IPCA, que também são uma boa alternativa para preservar o valor do patrimônio.
Na renda variável, um exemplo são os fundos imobiliários (FIIs) de tijolo que possuem contratos de aluguel indexados ao IGP-M. No entanto, para escolher um bom FII, sugerimos que você conheça e avalie alguns indicadores do investimento, que detalhamos no link abaixo:
2 – Diversifique na renda fixa
Ao contrário do que muitos pensam, a renda fixa não é toda igual. Isso porque há opções para todos os perfis de investidores, dos mais conservadores aos mais arrojados.
Se você prioriza a segurança, além do Tesouro Direto, pode encontrar diversos títulos de renda fixa bancária interessantes. Por exemplo, LCIs e LCAs são isentas de Imposto de Renda, o que torna o seu rendimento interessante em comparação a outros títulos que sofrem tributação.
Além dos tipos de títulos, é interessante olhar também para os emissores, pois algumas instituições financeiras menores costumam oferecer taxas bem atrativas. Nesse caso, é preciso avaliar a solidez da instituição, e aconselha-se que se direcione só uma parte dos recursos a CDBs desses emissores, por segurança. De qualquer forma, é uma oportunidade de turbinar os ganhos da carteira.
Por outro lado, se você aceita correr algum risco em troca de aumentar suas chances de ganhos, considere ter crédito privado na carteira. Pelo fato de não contarem com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), esses títulos costumam oferecer taxas superiores à renda fixa bancária. Inclusive, alguns deles também são isentos de IR, como debêntures incentivadas, CRIs e CRAs, por exemplo. Só não esqueça de checar o rating de crédito do emissor do título, para avaliar se a taxa oferecida compensa o risco do investimento.
3 – Tenha diferentes vencimentos na carteira
Para cada objetivo financeiro, existe um tipo de investimento com prazo mais adequado. Como vimos, os de liquidez imediata são próprios para a reserva de emergência, e precisam estar presentes na carteira de todo investidor. Fora essa reserva, podemos distribuir os objetivos ao longo do tempo, em planos de curto, médio e longo prazo.
Para o curto e médio prazo, já não precisamos da liquidez imediata. Dessa forma, podemos aproveitar taxas melhores em investimentos com alguma carência ou resgate só no vencimento. Esse é o caso das LCIs, LCAs e alguns CDBs de prazos mais longos, por exemplo.
Já para o longo prazo, além das opções anteriores, temos também o crédito privado e a renda variável – desde que haja tolerância ao risco, é claro. Com um horizonte maior de tempo, já podemos pensar em ações, ETFs, fundos imobiliários e ativos internacionais (veremos no próximo tópico).
Não que a renda variável seja inadequada para o médio prazo. Se você adquirir ações no início de um bull market, por exemplo, poderá ter excelentes ganhos em pouco tempo. No entanto, o ideal é ter um horizonte de longo prazo para os investimentos na bolsa, justamente por causa dos ciclos econômicos. O fato de uma ação se desvalorizar durante uma crise não significa, necessariamente, que o título perdeu valor para sempre. Ao contrário, se a empresa tem bons fundamentos, são grandes as chances de que consiga enfrentar as turbulências do mercado, e isso pode levar algum tempo.
4 – Pense na diversificação internacional
Em uma economia global e cada vez mais conectada, é muito importante pensar em diversificar os investimentos também em outras moedas. Quando investimos em ativos ligados ao dólar, euro ou outra moeda forte, conseguimos atenuar o risco-país da carteira. Dessa forma, os percalços da economia nacional causam menos impacto no patrimônio, e isso dá mais segurança ao investidor, principalmente no longo prazo.
A boa notícia é que podemos fazer isso sem precisar abrir conta no exterior. Algumas alternativas para investir em ativos internacionais no Brasil incluem os fundos cambiais, ETFs internacionais e BDRs. Embora acompanhem o desempenho de moedas estrangeiras (principalmente dólar e euro), esses ativos são negociados em reais, e se sujeitam à legislação brasileira. Além disso, há opções bastante acessíveis, que exigem baixos aportes mínimos iniciais.
5 – Considere investimentos alternativos
Também conhecidos como “ativos de risco”, esses investimentos se destinam ao público de alta renda e mais restrito. Um exemplo são os fundos de private equity e venture capital, disponíveis para investidores qualificados (que possuem investimentos acima de R$ 1 milhão) e profissionais (pessoas jurídicas e famílias de alta renda com mais de R$ 10 milhões investidos).
Esses fundos investem em empresas com bom potencial de crescimento e que ainda não estão listadas na bolsa. Inclusive, muitas delas estão no estágio inicial de maturação do negócio, o que torna o investimento de alto risco. Porém, o grande atrativo para o investidor é o acesso a setores em expansão e ainda pouco explorados, o que pode trazer retornos expressivos.
6 – Dependendo do portfólio, fazer hedge pode ser importante
Outra dica importante na diversificação de investimentos é utilizar estratégias de hedge para proteger a carteira de possíveis desvalorizações dos ativos. Isso pode ser feito por meio de contratos futuros, opções e outros derivativos, a depender do tipo de investimento.
Além de proteger a carteira, alguns derivativos podem proporcionais maiores ganhos nas operações. Clique abaixo para saber mais sobre esses importantes instrumentos financeiros.
7 – Faça o rebalanceamento da carteira
Por fim, para garantir que a diversificação permaneça alinhada à estratégia de investimento, é preciso fazer o rebalanceamento da carteira de tempos em tempos. Dessa forma, podemos avaliar se os ativos estão trazendo o resultado desejado, ou mudar a estratégia se isso for mais conveniente.
Outro ponto positivo do rebalanceamento é conseguir identificar boas oportunidades no mercado. Além disso, quando olhamos com certa frequência para a carteira, entendemos melhor os movimentos da economia. Dessa forma, as chances de comprarmos ou vendermos ativos em momentos ruins acabam sendo menores.
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