Se você investe em ações, já sabe que ter informações sobre as empresas é fundamental para fazer boas escolhas para a carteira. Nesse sentido, as próprias companhias podem ajudar o mercado fornecendo dados e projeções sobre o seu desempenho. Uma das ferramentas que possibilitam isso é o guidance, que oferece acesso aos números mais relevantes das empresas.
Com esse documento, o investidor pode ter uma noção mais clara sobre as perspectivas para o negócio. Quando as informações se tornam mais transparentes para o público, isso aumenta a confiança do mercado nas ações da empresa.
Neste conteúdo, você entenderá o que é o guidance e por que essas informações beneficiam o mercado como um todo. Continue a leitura e saiba mais a respeito.
O que é guidance
Na tradução literal do inglês, guidance significa “orientação”. No mercado financeiro, o termo se refere ao conjunto de informações sobre as projeções e perspectivas para o negócio que as empresas disponibilizam ao público.
Normalmente, a divulgação dessas informações ocorre junto dos relatórios trimestrais ou do balanço anual da companhia. Dessa forma, o documento acaba sendo uma peça importante para a tomada de decisão dos investidores.
Diferentemente de outros mercados – como o americano, por exemplo – não há no Brasil uma legislação que obrigue a divulgação do guidance. No entanto, cada vez mais empresas adotam essa prática, justamente pelo maior conforto que proporciona ao mercado de forma geral.
Quais informações aparecem no guidance
Basicamente, o guidance traz as projeções da empresa considerando diversos aspectos do negócio. Nesse sentido, alguns dos principais pontos que esse documento aborda são os seguintes:
- projeções de receitas e volume de vendas
- expectativas de resultados;
- previsão de custos e despesas;
- previsão de investimentos e novos projetos;
- indicadores operacionais e financeiros, como projeção de fluxo de caixa, produtividade, entre outros.
Além disso, as empresa também costumam apresentar dados macroeconômicos no guidance, ligados ao setor de atuação e ao desempenho geral da economia. Como vimos, não há regras que estabeleçam o conteúdo que deve constar nesse relatório. Dessa forma, as empresas ficam livres para fazer as projeções e apresentar os dados mais relevantes para a explicação do seu negócio.
Como é feito esse relatório
Na maioria das vezes, o guidance é apresentado ao mercado junto das demonstrações financeiras trimestrais ou anuais. Porém, a empresa pode optar por divulgá-lo em momentos especiais. Por exemplo, quando a empresa faz alguma negociação específica ou quando há algum novo plano de investimento que impacte as projeções para o negócio.
Para elaborar esse documento, as empresas contam com equipes que analisam os seus números e o mercado. Dessa forma, esses profissionais fazem as projeções de acordo com o plano de negócios e as apresentam posteriormente aos investidores. Quanto mais detalhados e claros forem os dados do guidance, mais segurança e credibilidade a empresa passará ao mercado.
Cuidados na elaboração das projeções
Como vimos, o guidance é elaborado por profissionais que conhecem o negócio e com base em dados confiáveis da empresa e do mercado. No entanto, ele representa a expectativa que a empresa tem para o seu futuro a partir da análise dessas informações. Ou seja, dependendo do que acontecer com a economia ou com a própria empresa, isso pode ou não se cumprir.
Por isso, é sempre importante ressaltar que a elaboração do documento tem base nas atuais circunstâncias. Dessa forma, não há garantia de que as projeções se cumpram de fato.
Outro ponto importante é ter o cuidado para não ocultar nenhuma informação relevante do relatório. Ou seja, a empresa precisa dar publicidade a todos os fatos que possam impactar a sua operação de alguma forma. Caso contrário, isso poderá gerar desconfiança por parte do mercado e, consequentemente, trazer reflexos negativos para as ações.
A importância do guidance para o mercado financeiro
Por tudo o que vimos até aqui, dá para entender o quanto o guidance é importante para dar transparência ao mercado sobre as operações e as perspectivas das empresas, certo?
Quanto mais informações as empresas disponibilizarem sobre o seu negócio, mais condições terão de atrair investidores. Consequentemente, o volume de negociação de suas ações também tende a aumentar, e isso pode contribuir para reduzir a volatilidade dos títulos.
Além disso, informações claras ajudam a evitar possíveis surpresas com resultados indesejados. Digamos que determinada companhia divulgue uma expectativa de receita e de lucro bem abaixo do que o mercado espera. Dependendo do motivo, pessoas que estavam pensando em investir nessa ação podem desistir ou adiar os planos. Esse acesso democrático às informações traz segurança para os investidores e fortalece a credibilidade do mercado de capitais.
Além do guidance, o que mais considerar para escolher as ações?
Na hora de escolher as ações, o guidance pode ser importante complemento dos indicadores da análise fundamentalista. Além disso, é importante também ter claro qual o foco da sua estratégia de investimento. Por exemplo, você é um buy and hold, que busca somente a valorização do título no longo prazo? Ou a sua prioridade é receber dividendos de ações para ter periodicamente uma renda passiva com investimentos? Todos esses pontos são muito importantes para que você possa fazer uma boa seleção de ativos para a sua carteira.
Embora o mundo dos investimentos não seja restrito a experts em finanças, é preciso tempo e algum conhecimento para investir com segurança. Nesse sentido, contar com uma curadoria de investimentos pode ser um interessante auxílio para o seu planejamento financeiro.
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