5 erros ao investir em ações que podem fazer você perder dinheiro

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra homem pensando nos erros ao investir em ações
Imagem mostra homem pensando nos erros ao investir em ações

A renda variável oferece excelentes oportunidades para diversificar a carteira com rentabilidade. No entanto, antes de dar os primeiros passos na bolsa, é preciso conhecer alguns erros ao investir em ações que muitos cometem e que podem levar a prejuízos.

Se você está pensando em investir em ações, mas tem dúvidas ou receios quanto a esse mercado, continue a leitura e conheça cinco pontos de atenção que selecionamos para facilitar as suas decisões financeiras!

5 erros ao investir em ações que você precisa evitar!

Logicamente, as orientações para investir em ações não se resumem somente aos aspectos que veremos a seguir. Porém, com esses pontos, você já consegue ter uma ideia do que priorizar para montar a sua carteira. Acompanhe.

1 – Buscar retorno rápido

Embora muito se fale sobre as ações serem um investimento de longo prazo, nunca é demais lembrar, justamente porque muitos investidores desconsideram essa premissa. E isso vale também para vários outros ativos de renda variável, como fundos multimercados, fundos imobiliários, ETFs, BDRs, e assim por diante.

Todos esses investimentos possuem volatilidade, que pode ser maior ou menor, dependendo de suas características e das condições do mercado. Por isso, é preciso sempre considerar um horizonte de longo prazo, para que não se corra o risco de vender o ativo em um eventual momento de queda.

Há quem invista em ações no curto e médio prazo. Porém isso não é uma regra, e sim uma das estratégias de investimento que o ativo permite, adequada para investidores experientes e com bom conhecimento técnico, conforme veremos no próximo tópico.

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2 – Não definir uma estratégia de investimento

Seja para ações ou para qualquer outro tipo de investimento, definir uma estratégia é fundamental na hora de investir. Isso porque é a partir de um planejamento que o investidor escolhe os ativos mais adequados ao seu perfil e objetivos financeiros.

Por exemplo, a estratégia buy and hold é a de quem investe em ações com o objetivo de se tornar sócio da empresa por muito tempo. Nesse caso, a principal preocupação é encontrar companhias com bons indicadores financeiros, resultados consistentes ao longo dos anos, gestão eficiente, entre outros critérios.

Mas também pode ser que, além de empresas sólidas, o investidor também queira receber dividendos periodicamente. Nesse caso, a sua estratégia de investimento deverá contemplar boas pagadoras de dividendos, e isso é possível avaliar por meio de alguns indicadores, como o dividend yield e o dividend payout, por exemplo.

E há também estratégias de curto prazo, como vimos anteriormente, como o day trade e swing trade. Em ambos os casos, o objetivo é aproveitar movimentos rápidos dos preços das ações, que podem acontecer em um único dia (no caso do day trade) ou em poucos dias ou semanas (no swing trade). Para realizar essas operações, o investidor se apoia em indicadores da análise técnica, que não consideram os fundamentos das empresas, mas sim o comportamento dos preços ao longo do tempo.

Dependendo dos objetivos, podem ser adotadas diferentes estratégias simultaneamente. O importante é estabelecer e seguir cada uma delas corretamente. No link abaixo, você pode conferir mais detalhes sobre o tema:

Conheça 6 estratégias para investir em ações

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3 – Olhar somente para o preço da ação

Esse é um dos erros ao investir em ações que até quem tem mais experiência comete eventualmente. Afinal, quem não gostaria de encontrar a próxima Apple, ou comprar em “promoção” aquela ação que estava na mira do mercado?

Em parte, esse raciocínio está correto, e é justamente esse o pressuposto do value investing, que busca encontrar ações abaixo do valor intrínseco para investir. Quem conhece o mercado de capitais, sabe que movimentos irracionais acontecem algumas vezes. Quando isso acontece, é comum que algumas ações caiam de preço sem que exista uma justificativa racional para a desvalorização. E é nesse momento que o investidor pode fazer uma boa compra, pois quando a onda de pessimismo passar, a tendência é de que a ação volte a se valorizar.

No entanto, é preciso também analisar a situação da empresa, para entender se a queda do preço é fruto somente de uma onda de pessimismo, ou se os seus indicadores financeiros se deterioraram. Ou seja, não basta só olhar para o preço da ação, pois se não entendermos o contexto, uma aparente boa oportunidade pode se tornar uma dor de cabeça no futuro.

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4 – Não acompanhar o mercado

O mercado acionário passa por diferentes ciclos, que se alternam ao longo do tempo. Por sua vez, os ciclos de mercado são influenciados pelos ciclos econômicos, que se movem de acordo com indicadores como PIB, inflação, taxas de juros, e assim por diante.

Tudo isso impacta diretamente a vida de quem investe em ações, pois as empresas estão inseridas no contexto macroeconômico. Por exemplo, em períodos de prosperidade, normalmente as pessoas gastam mais, pois ficam mais confiantes em relação às suas finanças. Para atender ao aumento da demanda, as empresas produzem mais, aumentam as vendas e os resultados e podem distribuir mais lucros. Esse movimento é positivo para a bolsa, pois anima o mercado e impulsiona a valorização dos ativos financeiros.

Por outro lado, um cenário de crise, inflação alta ou alguma outra situação que exija uma política monetária mais dura causa o efeito contrário no mercado acionário. Em condições menos favoráveis, a população e as empresas ficam mais cautelosas, seguram os gastos e o apetite para o investimento de risco se retrai.

Todos esses movimentos precisam ser acompanhados por quem investe em ações. Dependendo da intensidade e dos efeitos de cada ciclo de mercado, poderá ser preciso rebalancear a carteira, seja para tentar manter a rentabilidade ou para se proteger de possíveis perdas. E só quem acompanha o mercado conseguirá perceber o momento certo de fazer isso.

5 – Pulverizar a carteira em vez de diversificar

A diversificação é um dos princípios mais importantes dos investimentos, pois ela potencializa as chances de ganhos e atenua o risco de perdas. Porém, diversificar não é simplesmente investir em ativos diferentes sem observar determinados critérios e sem estabelecer percentuais para cada um deles. Quem sai comprando papéis aleatoriamente corre o risco de pulverizar os investimentos, em vez de diversificá-los, e isso pode ser bastante perigoso.

Em uma carteira de ações, a pulverização acontece quando o investidor não leva em consideração a correlação entre os títulos. É o caso, por exemplo, de alguém que só tem ações de bancos na carteira. Mesmo que sejam 10 instituições financeiras diferentes, todo o risco está concentrado no setor bancário. Se uma crise afetar o setor financeiro, toda a carteira irá despencar, pois todas as ações serão afetadas da mesma forma.

No link abaixo, você pode conferir algumas dicas sobre como diversificar corretamente os seus investimentos sem correr o risco de pulverizá-los. Isso vale não só para ações, mas para todas as categorias de ativos. Clique e confira:

Diversificação e pulverização de investimentos: qual a diferença?

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