Com a Selic no patamar de dois dígitos e o Ibovespa voltando a operar abaixo do histórico patamar de 100.000 pontos, uma dúvida é comum entre investidores: será este o momento de aproveitar a alta dos juros ou a queda na bolsa?
Por um lado, juros mais altos são um grande atrativo para títulos de renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo. Por outro, a queda na bolsa também acena com possibilidades de encontrar boas ações descontadas.
Diante dessas oportunidades, o que fazer com os investimentos? Afinal, onde colocar o dinheiro para ter as melhores chances de ganhos?
Investir pensando na alta dos juros ou queda na bolsa?
Na verdade, o mais importante para os investimentos é manter uma carteira diversificada. Por isso, há boas oportunidades para você aproveitar tanto na alta dos juros quanto na queda da bolsa, e é isso o que veremos na sequência deste conteúdo. Acompanhe!
Títulos de renda fixa
Em tempos de alta dos juros, a renda fixa é o primeiro investimento no qual normalmente pensamos. Nesse cenário, títulos que acompanham a Selic ou CDI se beneficiam da elevação das taxas. É o caso de CDBs e do Tesouro Selic, opções muito importantes também para a reserva de emergência.
Mas não são é somente a renda fixa prefixada que merece atenção nesse momento. Quando o Banco Central começa a sinalizar que o aperto monetário pode estar chegando ao fim, é um bom momento para pensar em títulos prefixados de prazos mais longos. Nesse caso, opções como CDBs mais longos, LCIs, LCAs ou mesmo Tesouro prefixado são boas alternativas.
Lembrando também que, em épocas de inflação alta, não tem como deixar de fora da carteira títulos atrelados a índices inflacionários. Entre as boas opções para preservar o dinheiro da inflação, estão o Tesouro IPCA+, CDBs e debêntures atreladas à inflação.
Ações que se beneficiam com a alta dos juros
Ao contrário do que muitos pensam, a alta dos juros não beneficia somente os títulos de renda fixa. Dependendo do setor de atuação, algumas empresas também têm os seus títulos valorizados com a Selic em alta.
É o caso de bancos e seguradoras, por exemplo, que lucram mais quando os juros sobem. Em relação aos bancos, o dinheiro mais caro impacta diretamente a margem bruta dessas instituições, pois o spread também aumenta.
Por sua vez, as seguradoras rentabilizam mais o seu caixa com a Selic em alta. Isso porque que a maior parte de seus investimentos são atrelados ao CDI, que acompanha o movimento da taxa básica de juros. E o ganho das seguradoras é ainda maior em tempos de inflação, pois elas reajustam contratos com base em índices inflacionários.
Logo, se a sua opção for aproveitar a queda da bolsa para encontrar boas ações, um bom ponto de partida é procurar empresas desses setores. Logicamente, esse não pode ser o seu único critério de decisão. Existem vários outros aspectos a serem analisados na escolha, como fundamentos da empresa e questões macroeconômicas, por exemplo.
Ações que sofrem com a alta dos juros
Na ponta contrária, juros em alta desfavorecem alguns setores da economia. Nesse sentido, um dos que mais sofrem com o dinheiro mais caro é a construção civil. Além encarecer os insumos de obras, a alta dos juros retrai os financiamentos imobiliários, e o segmento é bastante dependente de crédito bancário.
Outros segmentos prejudicados pela Selic em alta são os relacionados aos setores de turismo, lazer e consumo cíclico. Pelo fato de não serem de primeira necessidade, as pessoas acabam reduzindo gastos nesses setores em tempos de juros mais altos.
Portanto, se você deseja encontrar ações descontadas nesse momento, avalie com cautela os segmentos afetados pela alta dos juros.
Ações defensivas em momentos de turbulência do mercado
Outra opção para quem deseja aproveitar a bolsa em queda é considerar as ações defensivas no portfólio.
As ações defensivas são aquelas que apresentam menor volatilidade em tempos de turbulências do mercado. Por pertencerem a setores essenciais e mais consolidados da economia, esses títulos acabam sofrendo menos em momentos de queda na bolsa.
Por exemplo, em épocas de crises financeiras, o setor de varejo de moda é bem mais afetado do que o de alimentação e energia elétrica. Ou seja, setores que fornecem bens ou prestam serviços essenciais acabam sendo mais blindados frente às turbulências da economia.
Assim como todo ativo de renda variável, as ações defensivas também sofrem com a volatilidade do mercado. No entanto, os seus movimentos são mais sutis comparados às small caps e empresas da nova economia. Portanto, podem ser uma boa alternativa para mitigar os riscos de momentos de queda na bolsa
Carteiras recomendadas
Uma excelente alternativa para aproveitar os melhores momentos da bolsa é investir em carteiras recomendadas. Essas carteiras reúnem uma seleção de diversos ativos que, segundo especialistas, tendem a ter os melhores desempenhos em determinado período.
Além de orientar a escolha do investidor, as carteiras recomendadas também indicam os melhores momentos para adquirir ou vender os ativos. Nesse sentido, os analistas monitoram o mercado e os investimentos constantemente. O objetivo é avaliar os investimentos para ver se ainda continuam interessantes, ou se precisam ser substituídos no portfólio sugerido.
A Terra Investimentos possui seis tipos de carteiras recomendadas, uma semanal e outras cinco revistas a cada mês. Para investir nesses ativos criteriosamente selecionados, basta abrir uma conta na Terra. Dessa forma você poderá receber por e-mail as sugestões de carteiras recomendadas de nossos especialistas!
