No mercado financeiro, existem diversos índices que auxiliam na avaliação da performance dos investimentos. Na renda variável, por exemplo, temos o Ibovespa (principal índice acionário da bolsa brasileira), o ISE, o Índice Small Cap (SMLL), o IFIX, entre outros. Já na renda fixa, o principal benchmark do mercado brasileiro é o Índice de Mercado ANBIMA – ou IMA – referência da categoria.
Na verdade, trata-se de uma família de índices, pois o IMA possui subdivisões (ou subíndices) de acordo com o tipo de título que cada um representa. Entender como funcionam esses indicadores é fundamental para conhecer e comparar a rentabilidade de diferentes produtos de renda fixa, conforme veremos a seguir. Acompanhe a leitura!
O que é o Índice de Mercado ANBIMA?
O IMA é um conjunto de índices que representam a carteira de títulos públicos federais negociados no mercado brasileiro. Ou seja, cada índice reflete um tipo de Tesouro Direto (prefixado, atrelado à Selic ou híbrido), levando em conta também os vencimentos e a forma de recebimento dos rendimentos.
De forma geral, o IMA é utilizado como referência dos fundos que possuem títulos de renda fixa no patrimônio. Além disso, também serve para comparar a rentabilidade dos títulos públicos com outros tipos de investimentos.
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Subíndices IMA
Quem investe no Tesouro Direto, ou ao menos conhece a modalidade, sabe que há diferentes taxas, prazos e formas de resgate da aplicação. E é justamente isso que o Índice de Mercado ANBIMA busca refletir com as suas subdivisões, conforme veremos a seguir.
IMA-Geral
O IMA-Geral é o principal membro do grupo de índices AMBINA, pois representa todos os títulos que formam a dívida pública. Isso significa que ele reflete a evolução de todos os papéis que formam o Tesouro Direto.
IMA-Geral ex-C
Este subíndice é o mesmo IMA-Geral, excluindo de sua composição as antigas NTN-Cs (Notas do Tesouro Nacional série C), que eram indexadas ao IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado). Isso porque as NTN-C deixaram de ser comercializadas em 2006, quatro anos depois que a plataforma do Tesouro Direto foi lançada para o público em geral.
IRF-M
O IRF-M é o subíndice ANBIMA que representa os títulos prefixados, que são as NTN (Notas do Tesouro Nacional com juros no vencimento) e as NTN-F (Notas do Tesouro Nacional com juros semestrais). De acordo com os prazos dos títulos, o IRF-M possui ainda as seguintes subdivisões:
- – IFR-M 1: formado por títulos prefixados (com juros no vencimento e semestrais) com vencimentos abaixo de um ano.
- – IFR-M 1+: nesse subíncide ANBIMA, entram os títulos prefixados que vencem depois de um ano.
- – IFR-M P2: abrange os mesmos títulos do IRF-M, porém conta com um mecanismo de controle de prazo. Esse índice foi elaborado com foco nos ETFs (Exchange Traded Funds), fundos de gestão passiva negociados na bolsa que são atrelados a um determinado índice de referência do mercado.
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IMA-B
O IMA-B representa os títulos públicos indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal índice de inflação do Brasil. Ou seja, ele replica o desempenho das NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional atreladas ao IPCA) que pagam juros semestrais e no vencimento do título.
Esse índice também possui subdivisões, a saber:
- – IMA-B 5: reúne o títulos indexados ao IPCA com vencimento em até cinco anos.
- – IMA-B 5+: contempla os títulos que vencem a partir de cinco anos.
- – IMA-B 5 P2: a exemplo do IMA-B 5, representa papéis com vencimento em até cinco anos, e sua lógica segue a do IFR-M P2. Ou seja, esse subíndice também foi criado para atender aos ETFs, pois possui o mesmo mecanismo de controle de prazo.
IMA-S
Por fim, o IMA-S é o subíndice ANBIMA que representa os títulos atrelados à Selic, também chamados de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), ou simplesmente Tesouro Selic.
Entre todos os títulos públicos federais, o Tesouro Selic é o único que possui liquidez diária e, por isso, é uma boa alternativa para a reserva de emergência. Clique abaixo e saiba mais a respeito:
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Por que é importante acompanhar o IMA?
Nos investimentos, a rentabilidade é sempre avaliada de forma relativa. Ou seja, não basta ter a informação de que o título “X” pagou 10% ao ano. Para entender se esse rendimento é adequado, é preciso compará-lo a um benchmark, pois somente dessa forma conseguiremos saber se estamos realmente ganhando dinheiro ou se deixamos de investir em alternativas mais rentáveis.
É por isso que, quem investe em fundos de renda fixa com boa parte do patrimônio alocado em títulos públicos federais, precisa acompanhar o IMA. Além de mostrar se a performance do fundo está refletindo esses títulos, esse grupo de índices possibilita uma boa visão geral sobre variáveis macroeconômicas como juros, inflação e perspectivas para a economia de forma geral. Isso faz com que se possa ter uma ideia mais clara do que esperar dos investimentos.
Como acompanhar o Índice de Mercado ANBIMA?
Todos os dias, por volta de 19 horas, os subíndices IMA são atualizados no site da ANBIMA. Além disso, é divulgada uma prévia diária perto do meio dia – o IMA Intradiário.