Investimentos para aposentadoria: como planejar as reservas para o futuro?

Tempo de leitura: 5 minutos

investimentos-para-aposentadoria
investimentos-para-aposentadoria

Ter segurança financeira e manter um bom padrão de vida no futuro estão entre as principais preocupações dos brasileiros, principalmente quando há dependentes envolvidos. Para que se possa acumular um bom capital ao longo dos anos, é importante pensar em investimentos para aposentadoria o mais cedo possível.

Se você está pensando em começar a investir para aposentadoria, ou se já faz isso e quer buscar mais diversificação para a sua carteira, continue a leitura e acompanhe o passo a passo que montamos para lhe auxiliar nessa jornada!

Investir para aposentadoria: por onde começar?

Quando se fala em formar reservas para garantir a renda futura, a segurança é o principal atributo que os investimentos precisam ter. Mas, dependendo da tolerância ao risco, dá para diversificar parte da carteira em ativos mais arriscados e que oferecem potencial de rentabilidade maior.

Logo, antes de escolher os investimentos para aposentadoria, o primeiro passo é determinar o perfil de investidor. Para isso, as instituições financeiras utilizam o suitability, um questionário sobre aspectos que influenciam as decisões sobre investimentos, como situação financeira, conhecimento e objetivos para o patrimônio.

De acordo com as respostas desse questionário, os perfis são classificados em três grupos: conservador, moderado e arrojado. E, para detalhar mais ainda o perfil de investidor, a Terra Investimentos e a B3 lançaram uma poderosa ferramenta de autoconhecimento financeiro: o TPI (Teste de Personalidade do Investidor). Trata-se de um teste gratuito que lhe ajudará a fazer suas escolhas com mais assertividade ainda, conforme mostramos no vídeo abaixo:

Conhecido o perfil de investidor, já podemos partir para os tipos de investimentos para aposentadoria. Acompanhe.

Quais os melhores investimentos para aposentadoria?

Na verdade, não há como determinar que um investimento para aposentadoria seja melhor do que outro. Isso porque, além de considerar o perfil de investidor, é preciso levar em conta outros aspectos, como objetivos financeiros, quanto cada um tem para investir, e assim por diante.

Lembrando que, a todo tempo, surgem variáveis que influenciam o cenário econômico e que podem impactar também os investimentos. Por isso, é importante fazer o relabanceamento da carteira de tempos em tempos, e isso inclui também os investimentos para aposentadoria.

Dito isso, veremos agora alguns dos investimentos mais utilizados para a formação das reservas de longo prazo.

Tesouro Direto

Começamos a nossa lista pelo investimento considerado o mais seguro do mercado – o Tesouro Direto.

Na prática, investir no Tesouro Direto significa emprestar dinheiro para o governo federal, que é o emissor desses títulos. Em contrapartida, o investidor recebe juros pelo prazo em que o dinheiro permanecer aplicado.

Para cada objetivo financeiro, existe um título público federal mais adequado. Por exemplo, o Tesouro Selic é ideal para a reserva de emergência, pois ele possui liquidez diária. Já o Tesouro Prefixado é uma das alternativas para o longo prazo, pois os títulos têm vencimentos entre 3 e 10 anos aproximadamente.

Para fins de aposentadoria, dois tipos podem ser os mais indicados, pois ajudam a proteger o dinheiro dos efeitos da inflação: o Tesouro IPCA+ e o Tesouro RendA+. Ambos possuem parte da remuneração atrelada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice que mede a inflação oficial do Brasil. Isso significa que, mesmo que os preços disparem, você garante a alta da inflação e mais uma taxa fixa durante todo o prazo do investimento.

No caso do Tesouro IPCA+, pode-se optar por resgatar todo o valor no vencimento ou receber juros semestrais. Já o Tesouro RendA+ tem a mesma lógica da previdência privada (veremos mais adiante), com aportes durante o período de acumulação e resgate em parcelas mensais no vencimento do título.

LEIA TAMBÉM: Confira o passo a passo para investir no Tesouro Direto

CDB e RDB

O certificado de depósito bancário (CDB) e o recibo de depósito bancário (RDB) também estão entre os investimentos mais seguros do mercado. Ambos são emitidos por instituições financeiras, e contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Esse fundo garante ao investidor o ressarcimento de até R$ 250 mil por instituição financeira (até o limite de R$ 1 milhão) no caso de falência do emissor do título.

Para o investidor, as principais diferenças entre CDB e RDB é a liquidez e a possibilidade de negociação. Dependendo do CDB, é possível resgatá-lo a qualquer tempo antes do vencimento, e ele pode ser negociado no mercado secundário. Já o RDB não costuma ter liquidez antes do vencimento, e quem o adquire não pode negociá-lo.

Se o objetivo é investir para aposentadoria, as limitações do RDB acabam não fazendo diferença, pois o horizonte é de longo prazo. Você pode encontrar ambos os títulos com remuneração prefixada, pós-fixada ou mista (parte prefixada e parte atrelada a um indicador). Inclusive, há títulos atrelados ao IPCA e, portanto, também são uma boa alternativa para proteger o dinheiro da inflação no longo prazo, assim como o Tesouro IPCA+.

LCI e LCA

Assim como os CDBs e RDBs, as letras de crédito imobiliário e do agronegócio (LCI e LCA) também são emitidas por instituições financeiras e contam com a garantia do FGC. A diferença é que os recursos captados por esses títulos têm uma destinação específica, que é o financiamento das carteiras imobiliária e do agronegócio dos emissores.

Como esses setores são considerados estratégicos para a economia, as LCIs e LCAs são isentas de Imposto de Renda sobre os rendimentos, o que é um atrativo interessante para o investidor.

Ambos os títulos devem fazer parte da carteira de longo prazo, pois possuem carência mínima de 9 a 12 meses. E, se forem atreladas ao IPCA, a carência pode ser ainda maior, chegando a 36 meses.

Previdência privada

A previdência privada também está entre os investimentos para aposentadoria mais procurados do mercado.

As instituições financeiras oferecem dois tipos de previdência privada: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

O PGBL é a modalidade mais indicada para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda. Isso porque ele entra como despesa dedutível, pois permite abater as contribuições da base de cálculo do imposto em até 12% da renda tributável do ano.

Por exemplo, suponha que a sua renda tributável tenha sido de R$ 200 mil no ano, e que você tenha investido R$ 25 mil nesse mesmo ano em PGBL. Veja como fica a sua declaração de IR com e sem o PGBL:

Com PGBLSem PGBL
Rendimentos tributáveis no anoR$ 200.000R$ 200.000
Aportes PGBL no ano(R$ 24.000)
Base de cálculo do IRR$ 176.000R$ 200.000

Com o PGBL, você conseguiu abater R$ 24 mil do total que investiu no ano (12% de R$ 200 mil) da base de cálculo do IR. Para aproveitar melhor a vantagem fiscal, o que excedeu aos 12% (nesse caso, R$ 1 mil) poderiam ter sido investidos em um VGBL. Normalmente, o VGBL é utilizado por quem não tem despesas dedutíveis e faz a declaração simplificada do IR, mas somente os rendimentos são tributados, e não o total investido, como ocorre no PGBL.

Outra vantagem da previdência privada para aposentadoria é a versatilidade dos planos, pois você também pode escolher o tipo de renda que deseja ter no futuro. E ela também permite a portabilidade, caso você encontre condições mais vantajosas em outra instituição financeira.

LEIA TAMBÉM:

Tipos de renda na previdência privada: como escolher o melhor?

Portabilidade na previdência privada: entenda como isso funciona

Previdência privada para os filhos: você já pensou nisso?

Ações

Como vimos inicialmente, quem tem perfil mais arrojado pode diversificar os investimentos para aposentadoria em ativos de maior risco – e as ações são um exemplo. Ao adquirir uma ação, você se torna sócio da empresa, e pode ganhar tanto com a valorização dos títulos quanto com o recebimento de dividendos.

E existem diferentes tipos de ações nas quais se pode investir. Por exemplo, as blue chips, que são as gigantes da bolsa, costumam ter resultados mais estáveis ao longo dos anos e pagam dividendos com mais regularidade. Já as small caps são as empresas que estão em crescimento, e que ainda podem alcançar grande valorização ao longo dos anos.

Lembrando que, para investir em ações no longo prazo, é importante conhecer alguns indicadores financeiros, que permitem avaliar a saúde e os fundamentos da empresa.

Outras alternativas de investimentos para aposentadoria

Além dos investimentos que vimos até aqui, existem diversos outros que podem compor a sua carteira de longo prazo. Para saber mais sobre como diversificar o seu patrimônio, confira este Guia do Investimento elaborado pela Terra Investimentos:

Guia do Investimento (parte 2): como diversificar a carteira?

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

Compartilhe:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email
Blog Terra Investimentos

Posts Relacionados