Quem está começando a investir ou deseja diversificar a carteira, precisa conhecer as vantagens do Tesouro Direto. Além de seguro, esse é um dos investimentos mais versáteis do mercado, pois pode atender a diferentes estratégias e objetivos financeiros.
Mesmo para os investidores com maior tolerância ao risco pode ser interessante manter parte das reservas no Tesouro Direto. Isso porque a renda fixa é fundamental em todas as carteiras, mesmo naquelas de perfil mais arrojado, conforme veremos a seguir.
5 vantagens do Tesouro Direto que você precisa conhecer
Esse investimento foi criado em 2002 pelo governo federal em parceria com a B3, para democratizar o acesso a títulos públicos federais – até então, investir no Tesouro Direto não era acessível a pessoas físicas. Mais de 20 anos depois, o programa continua sendo uma ótima opção para diferentes perfis de investidores, pelos motivos que mostraremos agora.
1 – Segurança
O Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro do mercado, e o motivo é simples: o emissor desses títulos é o próprio governo federal.
Ou seja, ao investir no Tesouro Direto, você está emprestando dinheiro para o poder governo custear parte dos gastos públicos. Em troca, o poder público lhe pagará juros pelo período em que os recursos ficarem aplicados.
Diferentemente de outros títulos conservadores de renda fixa – com CDBs, RDBs, LCIs e LCAs, por exemplo – o Tesouro direto não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). No entanto, o governo federal é o garantidor, sendo que, em situações de crises ou calamidades, os cofres públicos de um país são os últimos a sofrerem prejuízos.
2 – Acessibilidade
Com pouco mais de R$ 30, já se pode começar a investir no Tesouro Direto. Dependendo do título, os aportes iniciais mais caros ficam entre R$ 50 e pouco mais de R$ 60, aproximadamente.
Outro aspecto que torna o investimento acessível é o fato de a maioria dos bancos e corretoras não cobrarem taxa de administração para o Tesouro Direto. O investidor só terá que pagar a taxa de custódia, que é cobrada pela B3 e corresponde a 0,20% ao ano sobre o total do investimento. Ainda assim, há como não pagar essa taxa, nas aplicações no Tesouro Selic até R$ 10 mil e situações de redução ou isenção no Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+, que veremos mais adiante.
Ou seja, aportes iniciais acessíveis e taxas baixas com que o Tesouro Direto seja um dos investimentos mais acessíveis ao público em geral.
Ou seja, valores iniciais acessíveis e taxas baixas fazem com que o investimento seja bastante acessível ao público em geral.
3 – Liquidez
Aqui, estamos falando especificamente sobre o Tesouro Selic, que possui liquidez diária e cujo rendimento acompanha a variação da taxa Selic.
Como vimos inicialmente, mesmo os investidores mais arrojados precisam ter investimentos conservadores e de liquidez diária, pois eles irão formar a reserva de emergência. Ao lado de alguns CDBs e dos fundos DI, o Tesouro Selic é uma das melhores alternativas para essa reserva, pois é possível sacá-lo a qualquer momento sem sacrificar o seu rendimento.
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4 – Proteção contra a inflação
Outro aspecto que independe do perfil de investidor é a necessidade de proteção contra a inflação. Mesmo quem prioriza a liquidez e segurança, ou quem arrisca mais na renda variável precisa pensar em formas de proteger o dinheiro da alta dos preços, especialmente no longo prazo.
Para esse propósito, existe o Tesouro IPCA+, que possui parte da remuneração atrelada a uma taxa fixa anual e parte referenciada no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador que mede a inflação oficial do Brasil. Isso significa que, se houver alta da inflação em um ano, o investimento garante que os rendimentos acompanhem a evolução do IPCA no período. Essa é uma forma de proteger, ao menos, parte do dinheiro da perda do poder de compra.
É preciso entender que, em momentos de inflação mais baixa, os rendimentos de títulos atrelados ao IPCA diminuem. Inclusive alguns deles podem chegar a render menos do que o CDI e a Selic. Porém, é sempre importante ter na carteira investimentos que proporcionem um ganho acima da inflação, principalmente na parte que se destina ao longo prazo. Dependendo de como o cenário econômico evolui, ajustamos a proporção desses títulos, para mais ou para menos.
5 – Renda passiva
Quando falamos em renda passiva no Tesouro Direto, estamos nos referindo à forma de recebimento dos rendimentos de dois títulos: o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+.
Ao investir nesses títulos, você pode optar por receber os juros no vencimento da aplicação (junto com o principal) ou a cada semestre. Para quem está em busca de um reforço de caixa periodicamente, faz sentido investir no Tesouro Direto com juros semestrais.
Na página do Tesouro Direto, é possível consultar as datas de pagamento dos juros semestrais. Normalmente, esses títulos pagam os rendimentos nos meses de janeiro e julho, mas isso não é uma regra, pois as datas podem variar de acordo com cada título.
6 – Renda futura
Na mesma lógica da previdência privada, o Tesouro Direto também oferece alternativas para quem deseja ter um complemento de renda no futuro.
O Tesouro RendA+ foi criado com o objetivo principal de ajudar a planejar a aposentadoria. Ou seja, ele prevê uma fase de acumulação, que é quando acontecem os aportes mensais, e outra fase de conversão, que corresponde ao efetivo pagamento da renda futura – a exemplo dos conhecidos PGBL e VGBL. Na fase de conversão, o investidor recebe os recursos em 240 parcelas mensais e consecutivas.
Já o Tesouro Educa+ visa formar reservas para custear os estudos no futuro, como mensalidades da faculdade, cursos técnicos ou de extensão, ou mesmo o sonhado intercâmbio. Nesse caso, o resgate ocorre em 60 parcelas mensais (5 anos) no período de conversão.
A exemplo do Tesouro IPCA+, ambos os títulos são híbridos, ou seja, parte de sua remuneração é fixa e parte é atrelada ao IPCA. Além disso, os dois também oferecem diversas datas de conversão, e no site do Tesouro dá para simular diferentes prazos e aportes mensais, de acordo com a renda que se deseja receber daqui a alguns anos.
Em relação aos custos, o Tesouro RendA+ possui isenção da taxa de custódia se o investimento for mantido até o vencimento e se a renda mensal não ultrapassar 6 salários mínimos. O Educa+ também conta com essa vantagem, mas para uma renda mensal de até 4 salários mínimos no período de conversão. Sobre o que ultrapassar esses valores, incidirá 0,1% de taxa de custódia.
Invista no Tesouro Direto via Pix na Terra Investimentos
A Terra Investimentos participa do Cad&Pag, uma plataforma que unifica os sistemas de algumas instituições financeiras com o Tesouro Direto e o portal Gov.br. Essa plataforma torna mais rápidas as aplicações em qualquer tipo de título do Tesouro Direto.
Para isso, basta ter o aplicativo do Tesouro Direto instalado no celular, seja ele iPhone ou Android. Após a instalação, é só fazer o login na conta Gov.br (que deve ser nível prata, no mínimo) e preencher o cadastro.
Assim que você fizer o cadastro, o passo a passo é o seguinte:
- – no menu lateral, clique em “Investir”;
- – entre os títulos públicos que aparecerão, selecione o de sua preferência e clique em “Adicionar”;
- – no canto superior direito da tela haverá um carrinho de compras, que você deve acessar;
- – informe o valor da aplicação e selecione “Investir”;
- – por fim, selecione a opção “Pagar com Pix”.