Montei a reserva de emergência: qual o próximo passo?

Tempo de leitura: 5 minutos

Montei a reserva de emergência: e agora?
Montei a reserva de emergência: e agora?

Por aqui, nós já falamos algumas vezes sobre o tema, mas nunca é demais reforçar que o primeiro passo de todo investidor deve ser construir a reserva de emergência. Afinal, mesmo quem tem disciplina financeira não está livre de imprevistos que podem sacrificar o orçamento, desde um simples gasto extra até a perda do emprego, por exemplo. Se você já cumpriu essa etapa, pode ser que tenha a mesma dúvida que muitos investidores: o que fazer agora que já montei a reserva de emergência?

O que fazer depois de montar a reserva de emergência?

Você não precisa, necessariamente, mudar o perfil de sua carteira depois de ter criado a reserva de emergência. Se estiver satisfeito com os seus rendimentos, nada impede que continue investindo da mesma forma, com foco no curto prazo. Porém, se você já conseguiu guardar um montante que pode lhe dar alguma segurança imediata, a liquidez deixa de ser a sua principal preocupação. Dessa forma, pode olhar para alternativas de prazos mais longos e com maior potencial de ganhos.

Confira a seguir uma sugestão que elaboramos sobre as próximas etapas para quem deseja diversificar depois de formada a reserva de emergência.

1 – Identifique o seu perfil de investidor

Esse é o primeiro passo para quem pensa em começar a diversificar os investimentos. Conhecer o perfil de investidor nada mais é do que entender qual a sua tolerância ao risco na hora de investir. Você é capaz de tolerar alguma perda para aumentar as suas chances de ganhos? Ou prioriza a segurança sempre, mesmo que isso possa sacrificar as suas possibilidades de rentabilidade?

Essas são algumas das perguntas que o seu banco ou corretora fazem para determinar o seu perfil de investidor, e o instrumento utilizado para isso é o suitability. Trata-se de um questionário exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que tem o objetivo de proteger o patrimônio dos investidores, adequando a carteira ao grau de tolerância ao risco.

Esse questionário permite identificar três perfis de investidores: conservadores, moderados e arrojados. Com base nas respostas é que serão indicadas as alternativas mais adequadas a cada tipo de cliente.

2 – Organize seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo

Com o perfil de investidor mapeado, é hora de pensar no que você gostaria de realizar no futuro e traçar algumas metas distribuídas no tempo. Como não há uma definição rígida sobre prazos, uma sugestão para facilitar essa organização é considerar a seguinte escala:

  • – curto prazo: até 2 anos;
  • – médio prazo: de 2 a 5 anos;
  • – longo prazo: de 5 anos em diante.

Definidos esses parâmetros, agora é só classificar os seus planos de acordo com o período em que espera executá-los. Por exemplo, se você está programando uma viagem para as próximas férias, ou se planeja trocar de carro no próximo ano, precisará de investimentos mais líquidos, semelhantes aos que já possui na reserva de emergência.

Já para aquela troca de imóvel que pretende fazer daqui a 3 anos ou mais, pode ser interessante algum título de renda fixa prefixado (a depender do cenário econômico), como Tesouro Direto ou renda fixa de emissão bancária – como CDBs, LCIs ou LCAs, por exemplo – se o seu perfil for mais conservador. Para perfis moderados ou arrojados, o crédito privado (debêntures, CRIs ou CRAs), pode ser interessantes, dependendo do rating de crédito e da remuneração que oferecem.

Nesse horizonte de médio prazo, os moderados e arrojados já podem pensar também na renda variável. Para esse período de tempo, já podemos contar com alguns fundos de investimento mais voláteis (ações, alguns multimercados, ETFs ou cambiais, para diversificação internacional).

Por fim, para o longo prazo, podemos pensar em agregar ações, fundos imobiliários ou BDRs às alternativas de médio prazo. E quem deseja receber um reforço de caixa periódico no futuro, deve olhar para alternativas que gerem uma renda complementar, como previdência privada e alguns títulos públicos federais, como o Tesouro RendA+ ou Tesouro Educa+, lançados justamente com esse objetivo.

3 – Trace uma estratégia de investimento

Esse passo pode ser executado junto do anterior, com o olhar para o curto, médio e longo prazo. Para cada contexto, existe uma estratégia mais adequada, que leva em conta o perfil do investidor e os objetivos financeiros ao longo do tempo.

Ao investir em ações, por exemplo, você pode incluir na carteira ações de crescimento e de geração de valor em alguma proporção. As primeiras são as que, teoricamente, têm grande potencial de valorização, pois representam empresas que ainda não alcançaram a maturidade da operação. As segundas são as que, por algum motivo, estão sendo negociadas por um valor considerado abaixo do preço justo, mas que possuem bons fundamentos. Nesse caso, os princípios do value investing, técnica utilizada por grandes investidores, ajudam a encontrar as melhores oportunidades do mercado.

Se fizer sentido para o seu planejamento, você também pode acrescentar na carteira investimentos que proporcionem uma renda passiva, como fundos imobiliários e ações que pagam dividendos. Se quiser ficar na renda fixa, existem alguns títulos do Tesouro Direto que pagam juros semestrais, ou uma renda mensal no futuro, como os que mencionamos no item anterior.

Enfim, as possibilidades são muitas, e podem contemplar diferentes classes de ativos, vencimentos e graus de risco. Tudo dependerá da estratégia que melhor atender aos seus objetivos.

4 – Faça aportes frequentes

Fazer aportes com regularidade é uma excelente forma de criar disciplina para investir, principalmente para formar reservas de longo prazo. Sabemos que esse não é um desafio fácil, ainda mais quando a renda é baixa ou estamos no início da vida profissional. Porém, quanto mais cedo começarmos, mais os juros compostos trabalharão a favor de nossos investimentos. No link abaixo, veja como isso acontece na prática:

5 – Faça o rebalanceamento da carteira

Rebalancear a carteira nada mais é do que manter as aplicações alinhadas à estratégia atual de investimento. O tempo inteiro, as mudanças no cenário econômico afetam diretamente o desempenho dos investimentos e, dependendo da intensidade das oscilações, eventualmente é preciso substituir um ou outro ativo, ou mesmo mexer em toda a estrutura planejada inicialmente.

Por exemplo, suponha que você tenha montado uma carteira com 50% de renda fixa pós-fixada e 50% investidos em renda variável, como ações e fundos imobiliários. Depois de algum tempo, a Selic começou a cair, fazendo com que a parte pós-fixada perdesse rentabilidade. Ao mesmo tempo, com a queda dos juros, a bolsa se tornou mais atrativa, e as ações que você adquiriu proporcionaram ganhos bem acima da Selic. Nesse momento, pode ser interessante fazer um rebalanceamento, aumentando o percentual de ações na carteira em detrimento da renda fixa.

Outro aspecto a considerar são as mudanças de objetivos financeiros que ocorrem ao longo dos anos. Dependendo do caso, pode ser que a estratégia de investimento original não corresponda mais às necessidades e expectativas, e essa também pode ser a hora de revisar os investimentos. Seja qual for o motivo, sempre será necessário rebalancear a carteira de tempos em tempos, para que se possa aproveitar os melhores momentos do mercado e potencializar os ganhos.

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