Disciplina e planejamento são dois pontos fundamentais para quem quer investir com bons resultados. Mas, para o sucesso de qualquer estratégia de investimento, também é fundamental que se conheça o perfil de investidor.
Seja para formar reservas para a aposentadoria, receber renda passiva ou qualquer outro objetivo financeiro, é preciso investir de acordo com cada perfil, e isso passa por variáveis como risco, experiência e expectativa de ganhos.
A seguir, falaremos sobre o que é o perfil de investidor, qual a sua importância e quais os investimentos mais adequados para cada caso. E você também conhecerá o Teste de Personalidade do Investidor (TPI), uma metodologia desenvolvida pela Terra Investimentos em parceria com a B3, para auxiliar o investidor na tomada de suas decisões.
Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
O que é o perfil de investidor?
O perfil de investidor nada mais é do que uma maneira de classificar os diferentes tipos de investidores de acordo com a sua tolerância ao risco.
A lógica é bastante simples: todos nós temos características únicas, que nos identificam e apontam para as nossas preferências. Com os investimentos, não é diferente, pois eles também dizem bastante sobre o nosso perfil.
Para as pessoas que dão mais valor à estabilidade e previsibilidade nas finanças, haverá tipos de investimentos alinhados à essa expectativa. Por outro lado, quem tem disposição para assumir algum risco em troca de aumentar as suas chances de ganhos, terá outro portfólio a sua disposição.
No mundo dos investimentos, há diversas alternativas para se chegar a um mesmo objetivo. E, como acontece em vários aspectos da vida, o caminho a escolher depende de vários fatores pessoais, ligados à personalidade, conhecimento, experiência, e assim por diante. E é justamente a predisposição (ou não) para investir em um ou outro ativo o que mostra o teste de perfil de investidor, conforme veremos mais adiante.
Qual a importância do perfil de investidor?
A maioria dos investidores, inclusive os menos experientes, sabe a diversificação é uma das premissas mais importantes para controlar o risco e aumentar as possibilidades de rentabilizar o patrimônio.
Por isso, depois de formada a reserva de emergência, é hora de pensar em quais outros ativos incluir na carteira, e isso não pode ser feito de maneira aleatória. Como vimos, a escolha dos investimentos deve estar em linha com a personalidade, grau de conhecimento e objetivos financeiros, e é nessa hora que entra a importância de conhecer o perfil de investidor.
Leia também:
Diversificação de investimentos: 7 dicas para fazer corretamente
Diversificação e pulverização de investimentos: qual a diferença?
Como escolher um título de renda fixa? Saiba o que avaliar
Como definir o perfil de investidor?
Antes de começar a investir em uma instituição financeira, o cliente precisa responder o questionário API (Análise do Perfil do Investidor), também conhecido como suitability. De acordo com a Resolução CVM n° 30, esse questionário é obrigatório, e tem por objetivo adequar os produtos financeiros ao risco admitido por cada investidor.
Cada instituição define o próprio modelo de suitability que irá utilizar junto aos seus clientes. Basicamente, o questionário busca identificar aspectos fundamentais para a tomada de decisões, como tolerância ao risco, objetivos, conhecimento, experiência, prazo pretendido para as aplicações e situação financeira.
Quais são os tipos de perfil de investidor?
A partir das respostas, os perfis são classificados em três tipos: conservador, moderado e arrojado. A seguir, conheça as características e os investimentos mais adequados para cada tipo de investidor.
Perfil conservador
O investidor conservador é aquele que prefere não arriscar o patrimônio, priorizando a segurança em detrimento de maiores chances de ganhos. Isso significa que ele buscará alternativas mais estáveis e simples de investimentos, sem a complexidade de produtos mais sofisticados, mesmo que se mostrem menos rentáveis ao longo do tempo.
Investimentos para o perfil conservador
Os investimentos de baixo risco e mais previsíveis em termos de rendimentos são os mais adequados a esse tipo de investidor. Entre as principais modalidades para o perfil conservador, estão:
- – Tesouro Direto;
- – CDBs;
- – RDBs;
- – LCIs e LCAs;
- – Fundos DI;
- – Fundos de renda fixa conservadores (com baixa ou nenhuma participação de crédito privado).
Perfil moderado
O perfil moderado também procura segurança nos investimentos, porém já tem uma maior tolerância ao risco do que o investidor conservador.
Desta forma, ele consegue traçar duas estratégias: coloca parte de seus recursos em aplicações mais seguras e de menor rendimento e investe a outra parte em ativos que proporcionarão maiores retornos, normalmente no longo prazo.
Investimentos para o perfil moderado
O investidor de perfil moderado pode investir tanto em renda fixa (aqui, já entra a renda fixa privada) quando em renda variável, e o grau moderado se dará pelo volume de recursos destinados a essas categorias.
Algumas das alternativas para o perfil moderado são as seguintes:
- – ações;
- – ETFs;
- – fundos imobiliários;
- – fundos multimercado;
- – fundos de crédito privado;
- – debêntures;
Perfil arrojado
O perfil arrojado normalmente é mais experiente e seu maior foco está no longo prazo. Por isso, tende a aceitar com mais tranquilidade eventuais oscilações em seus rendimentos ou até mesmo alguma perda do capital investido.
Outra característica desse perfil é o fato de não precisar dos recursos imediatamente. Isso lhe permite aguardar o melhor momento para resgatá-los, de acordo com a rentabilidade.
Investimentos para o perfil arrojado
Entre as opções desse tipo de investidor, a renda variável predomina, e aqui já podem compor a carteira alguns ativos atrelados a moedas internacionais e derivativos.
Além dos investimentos que vimos nos dois perfis anteriores, outras alternativas para o perfil arrojado são:
- – fundos cambiais;
- – BDRs;
- – ETFs de criptomoedas;
- – opções;
- – mercado futuro.
Meu perfil é arrojado. Posso ter só renda variável na carteira?
A resposta é NÃO! Nem o investidor mais arrojado pode ter uma carteira só com renda variável, pelo simples fato de que montar a reserva de emergência é o primeiro passo de quem começa a investir. E os principais atributos dessa reserva são a segurança e a liquidez dos ativos.
Independentemente da tolerância ao risco e do tamanho do patrimônio, todo investidor precisa ter recursos que possa sacar imediatamente quando ocorre um imprevisto financeiro. E isso só se consegue com aplicações de liquidez diária, como Tesouro Selic, CDBs pós-fixados e fundos DI, por exemplo.
Portanto, mesmo que a sua tolerância ao risco seja alta e que você já tenha experiência em investimentos e um bom conhecimento sobre o mercado financeiro, nunca se descuide de sua reserva de emergência.
Atenção: o perfil do investidor pode mudar ao longo do tempo!
Durante a vida, surgem mudanças que definem novas prioridade. Por exemplo, o jovem estudante, que poupava para pagar a faculdade, agora já está formado e bem empregado. Dessa forma, já começa a pensar em correr algum risco para ter melhores ganhos. Quem sabe não é esse o momento de tomar coragem e adquirir algumas ações?
No entanto, para isso é importante que o investidor faça, periodicamente, uma reavaliação de perfil. Dessa forma, garantirá que as aplicações estejam sempre adequadas às novas necessidades.
Teste de Personalidade do Investidor: como funciona?
De forma geral, os suitabilities tradicionais se limitam a classificar o investidor nas três categorias que vimos anteriormente. Embora seja esse o propósito da ferramenta, é importante também levar em consideração o momento de vida do investidor e fatores comportamentais que interferem nas suas decisões.
Pensando nisso, a Terra Investimentos, em parceria com a B3, lançou o Teste de Personalidade do Investidor (TPI), composto por 36 perguntas que abrangem quatro dimensões: perfil de risco, processo de decisão, envolvimento e controle. São perguntas objetivas, cada uma com duas opções de respostas. De acordo com as respostas, o teste leva a 16 possibilidades de personalidades.
O objetivo do TPI não é substituir, mas sim complementar o suitability, que continua sendo o documento formal exigido pela CVM. Qualquer pessoa pode fazer o teste de forma gratuita, e conhecer melhor as variáveis que impactam no seu processo de decisão sobre os investimentos.
No vídeo abaixo, André Massaro, especialista em finanças, explica a lógica do TPI e de que forma ele pode ajudar o investidor na tomada de decisões. Confira e faça o seu teste! E aproveite para conhecer a assessoria da Terra Investimentos.
