Aportes mensais: por que isso é tão importante nos investimentos?

Tempo de leitura: 5 minutos

Imagem mostra jovem investidora programando aportes mensais nos investimentos
Imagem mostra jovem investidora programando aportes mensais nos investimentos

Formar reservas para o longo prazo é algo que demanda, principalmente, muita disciplina financeira. O desafio de fazer sobrar uma parte do salário é ainda maior quando estamos no início da vida profissional, e é justamente aí que entra a importância de criarmos o hábito de fazer aportes mensais nos investimentos desde cedo.

Mesmo que os valores sejam baixos inicialmente, é muito importante criar o habito de investir com regularidade. Quanto mais cedo começarmos, mais conseguiremos aproveitar o poder multiplicador dos juros compostos em nosso patrimônio (mais adiante, veremos isso detalhadamente). Dessa forma, as chances de alcançarmos nossos objetivos financeiros com mais tranquilidade se tornam bem maiores.

Que tal saber um pouco mais sobre o assunto? Então, continue a leitura e veja como montar uma estratégia para realizar esses aportes periodicamente. Confira também alguns investimentos adequados para isso, de acordo com cada perfil de investidor.

Aportes mensais nos investimentos: por onde começar?

Não é de hoje que inflação e instabilidades econômicas assombram a via dos brasileiros, às vezes em menor ou maior grau. Por isso, essa acaba sendo uma das perguntas mais frequentes quando se fala em reservar algum valor todos os meses. Afinal, por onde começar? O que cortar de um orçamento já tão justo para conseguir fazer aportes mensais nos investimentos?

Ainda hoje, há quem acredite que investir é só para quem tem muito dinheiro. Além de essa ser uma ideia errada, ela é prejudicial às finanças pessoais, pois atrasa a formação do patrimônio. Por isso, o importante é começar a investir, pois existem opções para todos os bolsos e perfis de investidores.

E o passo inicial de todo investidor deve ser a formação de uma reserva de emergência; depois disso, devemos pensar na diversificação da carteira. E tanto a reserva de emergência quanto a diversificação podem ser feitas com aportes mensais. Acompanhe a seguir.

Passo 1: reserva de emergência

A reserva de emergência nada mais é do que aquele dinheiro que faz toda a diferença você ter guardado quando acontece algum imprevisto financeiro. Ou seja, desde um simples conserto na casa ou no carro até a perda do emprego, se você tem essa reserva, terá mais tranquilidade para atravessar momentos turbulentos, ainda mais se você tem dependentes ou assumiu alguma dívida de longo prazo.

Para boa parte dos brasileiros, é bem difícil criar essa reserva, e muitas vezes não é por falta de condições, mas sim de disciplina financeira. No entanto, realizar aportes mensais é uma excelente estratégia de formar esses recursos.

Para que possa compor a reserva de emergência, um investimento deve ter, ao mesmo tempo, dois requisitos fundamentais: segurança e liquidez. Nesse sentido, algumas das alternativas mais utilizadas são:

Para todos esses ativos, você pode programar aportes mensais. No caso do Tesouro Selic, os valores das aplicações mínimas ficam em torno de R$ 135. Por sua vez, os CDBs de liquidez imediata também costumam ser bastante acessíveis, basta procurar entre as diversas opções de seu banco ou corretora.

Passo 2: diversificação da carteira

Com a reserva de emergência formada, agora já podemos pensar em opções para a diversificação dos investimentos. Nesse sentido, a primeira coisa a fazer é definir o perfil de investidor, ou seja, o grau de tolerância ao risco que cada investidor está disposto a assumir.

Perfil conservador

Para o perfil conservador – aquele que prioriza a segurança em vez da rentabilidade – há títulos de renda fixa de prazos mais longos que podem oferecer rentabilidades interessantes, como:

  • – Tesouro Prefixado
  • – Tesouro IPCA+
  • – Tesouro RendA+
  • LCIs e LCAs
  • RDBs

Para escolher entre as opções acima, é preciso analisar fatores como vencimento, prazo de carência, aportes mínimos e momento da economia. Por exemplo, se você adquirir um título de longo prazo que permita resgate só no vencimento, poderá perder parte da rentabilidade se precisar sacar os recursos antecipadamente, por causa da marcação a mercado.

Além disso, a trajetória da taxa de juros e a inflação também influenciam na seleção dos títulos. No link abaixo, nós explicamos todos os pontos que você deve observar para escolher o melhor título de renda fixa:

Perfil moderado e arrojado

Por outro lado, os perfis mais arrojados podem programar aportes mensais em diferentes ativos de renda variável, como:

Lembrando que os ativos acima também podem compor a carteira de um perfil moderado, que busca o equilíbrio entre segurança e rentabilidade. Nesse caso, o que irá mudar em relação ao perfil mais arrojado é a participação de cada ativo na carteira.

Dependendo da estratégia, o investidor pode dar mais ênfase a uma ou outra modalidade. Por exemplo, se o foco for o recebimento de dividendos, ações e fundos imobiliários atendem bem a esse propósito. Já se a prioridade for a diversificação com praticidade, os fundos de ações e multimercados facilitam a vida de quem não tem muito tempo ou conhecimento para escolher os melhores papéis.

Por fim, se a ideia for diversificar em moeda estrangeira, os fundos cambiais, ETFs e BDRs podem trazer bons resultados. Além disso, ajudam a mitigar o risco-país dos investimentos, evitando que o patrimônio fique totalmente suscetível às oscilações da economia nacional.

Vantagens de fazer aportes mensais na carteira

Como vimos, praticamente todos os investimentos permitem aportes mensais. O que muda é o tipo de ativo que o investidor escolherá, dependendo de seus objetivos financeiros e tolerância ao risco.

Dito isso, confira agora as principais vantagens de adotar essa estratégia para os seus investimentos!

Potencializa o efeito multiplicador dos juros compostos

Juros compostos são juros que incidem ao longo do tempo sobre o valor do investimento inicial já acrescido de juros.

Quando começamos a investir, percebemos o efeito multiplicador dos juros compostos de forma mais lenta, pois leva algum tempo para o patrimônio crescer. Por isso, muitas pessoas acabam desistindo de formar reservas já nos primeiros meses. No entanto, que possui disciplina e persistência percebe que, quanto mais o tempo passa, a incidência dos juros é sobre um capital cada vez maior. Isso faz com que a velocidade de aumento com a qual o dinheiro aumenta também cresça.

Suponha que você investiu R$ 5.000 em um título que paga 12% ao ano e não mexeu na aplicação durante 5 anos, que era o prazo do título. Ao final de um ano, o investimento rendeu R$ 600; já no segundo ano, os 12% incidiram sobre o principal acrescido dos juros: R$ 5.600 + 12% = R$ 6.272. Ou seja, o rendimento no segundo ano foi de R$ 672, superior ao primeiro ano da aplicação.

E a cada ano o rendimento será maior do que no ano anterior, justamente pelo efeito “bola de neve” dos juros compostos. Agora imagine se, além do investimento de R$ 5.000, você tivesse feito aportes mensais durante os 5 anos? Mesmo com aportes não muito altos, você teria percebido uma boa diferença no resultado da aplicação.

Aproveitar boas oportunidades do mercado

Ao programar aportes mensais nos investimentos, você tem a oportunidade de escolher novos ativos com maior frequência, aproveitando boas oportunidades.

Por exemplo, imagine que determinada ação esteja bastante descontada, mas a empresa continua sólida e saudável financeiramente. Ou seja, a queda do preço foi por um fator pontual que não tem a ver com os fundamentos da companhia.

Nessa situação, você pode adquirir esses títulos, pois a sua expectativa é de que, ali na frente, a ação recupere o valor. E, dependendo de sua estratégia de alocação, os aportes mensais podem ser utilizados para um ou vários ativos.

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