Investimentos para os filhos: confira 6 alternativas além da poupança

Tempo de leitura: 5 minutos

Investimentos para os filhos
Investimentos para os filhos

Ter uma estratégia de investimentos para os filhos é a melhor maneira de garantir segurança financeira para os compromissos e desafios que eles terão no futuro.

Escola, preparação para o vestibular, faculdade, formatura, intercâmbio e vários outros gastos que os pais têm ficam muito mais fáceis de se administrar quando se planeja reservas financeiras desde cedo.

E, por incrível que pareça, ainda hoje a poupança é a principal escolha dos brasileiros, segundo o último Raio X do Investidor Brasileiro. Todos os anos, a ANBIMA (associação que regula o mercado de capitais) e o Datafolha fazem uma pesquisa que mostra como o brasileiro investe, e a caderneta é sempre a opção mais lembrada.

Mas investir está longe de ser somente guardar dinheiro. Isso porque, quando se pensa no futuro financeiro dos filhos, é preciso conhecer as alternativas que podem trazer os melhores resultados, e a poupança está longe disso!

Neste conteúdo, mostraremos algumas alternativas para os pais que já estão pensando em investir para os filhos. Continue a leitura para conhecê-las e saber quais delas podem fazer mais sentido para você.

Investimentos para os filhos: por que fugir da poupança?

Por muito tempo, a poupança foi a única opção popular de investimento e, por isso, ainda faz parte da vida de muitos brasileiros. Além disso, é uma aplicação segura e acessível, o que a torna ainda a porta de entrada para quem começa a investir.

No entanto, o seu rendimento tem deixado a desejar há bastante tempo, inclusive perdendo para a inflação em alguns anos. Mesmo que a prioridade seja a segurança nos investimentos, ter uma aplicação na caderneta não tem valido a pena, pois existem alternativas igualmente seguras e bem mais rentáveis.

No link abaixo, nós explicamos como funciona o rendimento da poupança e por que hoje ela não é uma boa opção de investimento. Clique e saiba mais:

Rendimento da poupança: como funciona? Vale a pena?

Afinal, quais os melhores investimentos para os filhos?

Antes de mais nada, é importante ter em conta que há inúmeras possibilidades de se investir para os filhos. Dessa forma, as alternativas não se esgotam nas opções que veremos a seguir. Acompanhe.

1 – Tesouro Direto

O Tesouro Direto é o investimento mais seguro do mercado, pois conta com a garantia do governo federal, que é o emissor dos títulos. Ao investir no Tesouro, você está emprestando dinheiro para o governo, e pode fazer isso com diferentes prazos, taxas de juros e forma de recebimento dos rendimentos.

Confira as modalidades de Tesouro Direto disponíveis:

Tesouro Selic

Os rendimentos do Tesouro Selic acompanham a variação da taxa Selic, e, para aplicações até R$ 10 mil, a bolsa não cobra a taxa de custódia. Como ele é o único que possui liquidez diária entre os títulos públicos, também é uma alternativa para compor a reserva de emergência.

Tesouro Prefixado

No Tesouro Prefixado, é uma taxa fixa anual que determina o seu rendimento, e esse título costuma ter prazo mínimo de três anos.

Suponha que, na data de hoje, você tenha adquirido um título desse tipo com vencimento em três anos e taxa de 11% ao ano. Essa será a sua rentabilidade anual, independentemente do que acontecer com os juros durante o prazo da aplicação. Ou seja, a Selic pode cair ou subir sem que a sua remuneração seja afetada com essas oscilações.

Em relação aos rendimentos, esse título oferece a possibilidade de você recebê-los junto com o principal – no vencimento da aplicação – ou a cada seis meses. Dessa forma, ele acaba sendo também uma opção para quem busca renda passiva nos investimentos.

Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ também é um título de longo prazo, com vencimentos entre sete e 30 anos aproximadamente.

Parte do rendimento desse título é prefixada, e parte acompanha o IPCA, principal índice de inflação do Brasil. Assim como a modalidade prefixada, o Tesouro IPCA também pode pagar juros semestrais ou no seu vencimento. Como ele reflete as oscilações do IPCA, é uma boa alternativa para proteger o dinheiro dos efeitos da inflação ao longo do tempo.

Tesouro RendA+

Ainda falando sobre longo prazo e proteção contra a inflação, outra alternativa de investimentos para os filhos é o Tesouro RendA+, criado com o objetivo principal de formar reservas para a aposentadoria.

Da mesma forma que na previdência privada (veremos mais adiante), esse título prevê o recebimento de uma renda futura, que é paga ao investidor em 240 parcelas mensais. O Tesouro RendA+ também é híbrido, ou seja, parte do seu rendimento é fixo e parte acompanha o IPCA.

Até o momento, estão disponíveis oito datas de conversão, que é quando o investidor começa a receber os valores acumulados: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065.

Tesouro Educa+

A lógica do Tesouro Educa+ é a mesma do RendA+, pois também é um título que serve para programar uma renda futura. Porém o seu objetivo é voltado ao custeio da educação, e o período de conversão ocorre em 60 parcelas mensais e consecutivas.

O Tesouro Educa+ também é híbrido (taxa fixa + variação do IPCA) e atualmente oferece 16 datas de conversão, de 2026 a 2041.

Quer mais informações sobre o Tesouro Direto? Aproveite e confira outros conteúdos importantes sobre o tema:

Confira o passo a passo para investir no Tesouro Direto

7 perguntas frequentes sobre o Tesouro Direto: tire suas dúvidas já!

Taxas do Tesouro Direto: conheça os custos desse investimento

2 – Previdência privada

Normalmente lembramos da modalidade para complementar a aposentadoria. Mas você também pode fazer uma previdência privada para os filhos, seja para algum objetivo específico ou mesmo para ensiná-los a começar a investir.

E não existe idade mínima para contratar um plano de previdência para os filhos, ou seja, você pode fazer isso desde muito cedo. Mas somente aos 18 anos é que eles poderão resgatar o investimento ou administrá-lo, se quiserem continuar com as contribuições.

Os tipos de previdência privada disponíveis para menores são os mesmos já conhecidos no mercado: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Se a criança já tiver CPF, o plano pode ser contratado no seu nome.

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Como escolher a melhor previdência privada? 5 pontos a avaliar

Cobertura de risco na previdência privada: como funciona?

3 – CDB

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é outra boa alternativa de investimentos para os filhos, pois oferece uma variedade de emissores, prazos e tipos de remuneração.

Uma das vantagens do CDB é a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que ressarce o investidor em até R$ 250 mil se a instituição financeira que o emitiu vier a falir. Pela sua versatilidade, esse título é sempre uma boa opção para diversificar a carteira, seja qual for o perfil do investidor.

4 – RDB

Na prática, o Recibo de Depósito Bancário (RDB) funciona como um CDB, pois também são emitidos por instituições financeiras e contam com a proteção do FGC.

A diferença é que, normalmente, esses títulos não possuem liquidez antes do vencimento, e não podem ser negociados no mercado secundário – que é onde os investidores negociam diretamente entre si. Essas restrições fazem com que, muitas vezes, os RDBs ofereçam remunerações maiores do que os CDBs, justamente para compensar a falta de flexibilidade. Dependendo das condições do título, pode ser uma boa alternativa para as reservas de longo prazo.

5 – Fundos de investimento

Desde os mais conservadores – como os fundos DI – passando pela diversidade dos fundos multimercado, fundos de ações, fundos de crédito privado, até os mais arrojados – como os fundos cambiais ou de criptoativos – você encontra opções para todas as estratégias no universo dos fundos de investimento.

Na hora de escolher um fundo, é importante conhecer o seu histórico e o de seu gestor, e compará-lo com outros fundos de mesma categoria. Outro aspecto que deve ser analisado são os custos dos fundos, para avaliar como podem impactar na rentabilidade do investimento.

6 – Ações

Quando falamos em investimentos para os filhos, naturalmente o período a se considerar é o longo prazo. Por isso, se a escolha envolver ações, o ideal é que você invista naquelas companhias das quais se imagina sócio.

Como são os números da empresa (receita, resultados, endividamento, geração de caixa, etc.)? Quem são os seus gestores? Em que mercado ela atua, e quais as perspectivas para o futuro? Como é a sua postura em relação a critérios de sustentabilidade?

Esses e outros aspectos fazem parte da análise fundamentalista de uma ação, e devem ser muito bem avaliados por quem deseja ficar com um título na carteira por muito tempo.

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

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