Fundos de investimento: guia completo para investir

Tempo de leitura: 12 minutos

Imagem mostra cotistas de fundos de investimento
Imagem mostra cotistas de fundos de investimento

Seja para quem está começando a investir, ou para quem busca diversificar a carteira, os fundos de investimento podem atender a qualquer perfil de investidor e objetivo financeiro.

Mesmo quem é mais experiente e gosta de autonomia para cuidar dos investimentos pode se beneficiar da praticidade de um fundo. Com uma gestão profissional, fica muito mais fácil e acessível investir em diferentes tipos de ativos ao mesmo tempo.

Para explicar como funciona esse universo, elaboramos este guia com tudo o que você precisa saber para escolher os melhores fundos, de acordo com a sua estratégia de investimento. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

O que são fundos de investimento?

Os fundos são um tipo de investimento coletivo, uma espécie de “condomínio” de investidores, que reúne recursos de diversas pessoas para que seja feita uma aplicação conjunta.

O montante total dos recursos compõe o patrimônio do fundo, que é alocado em ativos de acordo com a política definida no regulamento da aplicação. Esse patrimônio é dividido em cotas, e cada participante tem direito aos resultados do fundo de forma proporcional à quantidade de cotas que possui.

Quem escolhe os ativos e administra o patrimônio do fundo é o gestor, e o seu papel é buscar sempre o melhor resultado para os cotistas, conforme veremos a seguir.

Como funcionam os fundos de investimento?

A lógica de funcionamento de um fundo de investimento é simples. Basicamente, o patrimônio é dividido em cotas, que o investidor adquire nas instituições financeiras ou na bolsa, dependendo do tipo de fundo. De acordo com a performance do investimento, essas cotas poderão se valorizar ou se desvalorizar, e cada investidor receberá o resultado referente às suas cotas.

Porém, existe toda uma estrutura para viabilizar um fundo de investimento, e alguns aspectos que interferem no seu resultado que precisam ser conhecidos pelos investidores. Acompanhe agora são esses pontos.

Estrutura de um fundo de investimento

Entre os principais participantes de um fundo, destacamos duas entidades regulatórias (CVM e Anbima) e cinco figuras que atuam diretamente na estruturação e acompanhamento do investimento: gestor, administrador, distribuidor, custodiante e auditor.

CVM (Comissão de Valores Mobiliários)

A CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, e é quem regula e fiscaliza o mercado de capitais brasileiro. Isso significa que todos os investimentos disponíveis no mercado devem obedecer suas normas, e entre eles estão os fundos de investimento.

ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais)

Além de ser um órgão que fornece certificações para profissionais atuarem no mercado financeiro, a ANBIMA atua em conjunto com a CVM na regulação e fiscalização dos investimentos. Além disso, estabelece a classificação dos fundos de investimento, esclarecendo as características e o perfil de risco de cada investimento.

Gestor

O papel do gestor é fundamental para os resultados do fundo, pois ele é quem define toda a estratégia do investimento. A sua atuação começa com a escolha dos ativos que formarão o patrimônio do fundo, que, por sua vez, deve estar alinhada à estratégia descrita no regulamento.

Por exemplo, se o fundo tiver um perfil mais conservador, a sua ênfase deverá ser em papéis de renda fixa mais conservadores, como Tesouro Direto ou títulos emitidos por grandes bancos. Já um fundo mais arrojado pode ter ativos de maior volatilidade, como ações, ativos internacionais, ouro, criptoativos ou derivativos em determinados casos.

Outro aspecto sobre a gestão de um fundo de investimento é que ela pode ser ativa ou passiva, e cada uma delas influenciará de forma diferente os custos do fundo. Na gestão ativa, o objetivo do gestor é superar o índice de referência do fundo. Isso exige um acompanhamento mais constante do investimento, para que ele possa substituir um ou outro ativo que não estiverem performando bem.

Por outro lado, na gestão passiva, a meta é seguir o referencial do fundo, e não ultrapassá-lo. Teoricamente, isso facilita o trabalho do gestor e, por isso, as taxas desses fundos costumam ser menores do que os de gestão ativa. Mais adiante, veremos esses custos com detalhes.

Administrador

Determinadas a política e as diretrizes do fundo, entra o trabalho do administrador. Nesse sentido, o seu papel é voltado a questões operacionais que dão suporte à gestão, como providenciar a equipe que será responsável pelo investimento e garantir o seu funcionamento.

Além disso, o administrador também deve cuidar dos interesses dos cotistas e prestar informações periodicamente sobre o fundo à CVM.

Distribuidor

Já o trabalho do distribuidor é colocar à venda as cotas do fundo no mercado. Quem faz isso são os bancos, as corretoras de investimentos e as gestoras dos próprios fundos.

Outra função do distribuidor é analisar informações e documentos dos investidores, para saber se podem ingressar no fundo. Inclusive essa é uma importante etapa no processo de prevenção à lavagem de dinheiro.

Custodiante

O custodiante é quem mantém a guarda dos recursos que formam o patrimônio do fundo. Para isso, ele registra todos os ativos e envia um relatório desse registro à gestão e à administração do investimento.

Também é de responsabilidade do custodiante o recebimento e pagamento das negociações de compra e venda dos ativos que formam o fundo.

Auditor

Para garantir a transparência sobre o funcionamento do investimento, o fundo precisa ter um auditor de fora da instituição financeira.

A função desse profissional é assegurar aos cotistas o cumprimento de todas as regras do investimento. Para isso, ele irá analisar periodicamente as demonstrações financeiras e todos os documentos legais referentes ao seu funcionamento.

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Custos dos fundos de investimento

Confira agora as taxas e tributos que podem incidir sobre os fundos de investimento.

Taxa de administração

A taxa de administração é cobrada em todos os fundos de investimento, e serve para remunerar o trabalho da gestão e da administração. Ela é expressa em percentual ao ano, e representa uma porcentagem do patrimônio total do fundo.

Como vimos anteriormente, fundos de gestão ativa costumam ter taxas de administração maiores do que os de gestão ativa, pois demandam um trabalho mais intenso do gestor.

Taxa de performance

Já a taxa de performance não é obrigatória, e normalmente incide sobre alguns fundos de gestão ativa. Nesse caso, não é o patrimônio total do fundo que é taxado, mas sim a parte do rendimento que superar o referencial do investimento.

Por exemplo, imagine que um fundo tenha o CDI como benchmark e que a sua taxa de performance seja de 10% sobre o valor que exceder o CDI. Em determinado ano, o fundo rendeu 15%, e o CDI foi de 10% no mesmo período.

Ou seja, o fundo superou o CDI em 5%. Nesse caso, a taxa de performance seria de 10% sobre os 5% que excederam o CDI.

De forma geral, a taxa de performance nos fundos brasileiros costuma variar de 10% a 20% sobre o resultado que excedeu o benchmark. Mas é importante ter claro que a sua cobrança não assegura que o fundo terá resultado melhor do que outros que não a cobram. Por isso, é preciso entender qual é a estratégia do gestor, para saber se vale a pena ou não pagá-la.

Taxas de entrada e de saída

A taxa de entrada (ou de ingresso) não é tão praticada pelos fundos de investimento no Brasil. Quando ela ocorre, é no momento da aplicação, como se fosse um incentivo para que o investidor permaneça mais tempo no fundo.

De certa forma, a taxa de entrada facilita o trabalho do gestor, que acaba tendo mais previsibilidade. Isso porque ele consegue alocar recursos em ativos que levariam mais tempo para dar resultado de forma mais tranquila, sem maior preocupação quanto a resgates antecipados.

Já a taxa de saída é mais frequente nos fundo, e incide somente no caso de resgates antecipados. De acordo com o regulamento do fundo, essa taxa pode reduzir com o passar do tempo.

Come-cotas

Sobre a rentabilidade dos fundos, haverá cobrança do Imposto de Renda no momento do resgate, de acordo com a tabela regressiva do IR, que prevê os seguintes prazos e alíquotas:

Prazo do resgateAlíquota IR
Até 180 dias22,5%
De 181 a 360 dias20%
De 361 a 720 dias17,5%
Acima de 720 dias15%

Mas em alguns tipos de fundos, o imposto incide semestralmente, nos meses de maio e novembro, mesmo que não ocorra movimentação no fundo. Essa sistemática de tributação é chamada de come-cotas, pois a cobrança do IR é feita recolhendo cotas dos fundos.

As alíquotas do come-cotas variam de acordo com a classificação do fundo – se de curto prazo ou de longo prazo. Nos fundos de curto prazo, a alíquota do come-cotas é de 20%, e esses são os fundos que possuem no patrimônio títulos com vencimento médio de até um ano. Já nos fundos de longo prazo, a alíquota é de 15%, e esses são os que investem em títulos com vencimento médio superior a um ano.

Quando acontece o resgate, a apuração do IR é feita de acordo com o tempo que o dinheiro ficou investido. Por exemplo, se um investidor resgatou cotas de um fundo de curto prazo em até seis meses, ele passou por uma antecipação do come-cotas (20% de IR). Nesse caso, no momento do resgate, ele pagará 2,5% de IR, ou seja, somente o valor que falta para completar os 22,5% devidos para investimentos resgatados em até 180 dias.

Entre os fundos sujeitos ao come-cotas, estão os fundos de renda fixa (inclusive os fundos DI), os fundos multimercado, os fundos cambiais e os fundos exclusivos abertos e fechados – veremos esses conceitos a seguir.

Já os fundos de ações não sofrem o come-cotas, e possuem uma alíquota fixa de 15% sobre os rendimentos no resgate.

IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) só incidirá se houver resgate antes de 30 dias do início da aplicação. Nesse caso, as alíquotas iniciam em 96% sobre os rendimentos e vão caindo até zerar no 30° dia do investimento.

Fundos abertos e fundos fechados: qual a diferença?

Os fundos abertos são aqueles que permitem que os investidores negociem as suas cotas a qualquer momento. Em outras palavras, o cotista tem a liberdade de entrar ou sair do fundo sempre que desejar.

Por outro lado, os fundos fechados emitem um número fixo de cotas e admitem investidores durante o período de captação. Assim que esse prazo termina, não há mais possibilidade de aportes, e os atuais participantes só poderão adquirir novas cotas se houver uma nova rodada de investimentos.

Normalmente, os fundos fechados têm prazo de encerramento, que é a data definida para o resgate das cotas no futuro. Caso algum cotista deseje sair antes do investimento, ele precisará negociar as suas cotas no mercado secundário, se o regulamento assim o permitir.

Muitas vezes, a estrutura de um fundo fechado é utilizada para fins de planejamento sucessório, assim como a holding patrimonial. Nesse caso, ele concentra o patrimônio familiar, o que facilita o processo de partilha de bens após o inventário.

Tipos de fundos de investimento

A ANBIMA classifica os fundos de investimento de acordo com diferentes critérios. Neste conteúdo, não entraremos em conceitos técnicos de classificação, pois nosso objetivo é apresentar os principais tipos de fundos disponíveis no mercado.

Também não abordaremos os fundos de previdência privada, pois, diferentemente dos que veremos a seguir, o seu objetivo é a formação de reservas para aposentadoria ou algum outro plano específico e datado.

Para saber mais sobre previdência privada, confira este guia: Previdência privada vale a pena? Descubra agora!

Dito isso, vejamos agora os fundos de investimento.

Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são os que investem, no mínimo, 80% de seu patrimônio em ativos de renda fixa. Nesse caso, é importante falarmos sobre duas subdivisões desses fundos: os fundos DI e os fundos de crédito privado, pois nem toda renda fixa é igual em termos de risco.

Fundos DI

Os fundos DI são a opção mais conservadora dentro dos fundos de renda fixa. Eles investem, ao menos, 80% de seu patrimônio em ativos atrelados à Selic ou CDI, a índices de inflação (sendo o IPCA o mais comum), ou a ambos ao mesmo tempo.

O objetivo de um fundo DI é acompanhar o CDI que, por sua vez, está sempre próximo à Selic. Para isso, os gestores aplicam majoritariamente em títulos indexados a essas duas taxas, como Tesouro Direto e os emitidos por instituições financeiras com risco equivalente ao do governo federal.

Pela segurança e liquidez diária, os fundos DI estão entre as alternativas para formar a reserva de emergência.

Fundos de crédito privado

Os fundos de crédito privado são os que investem mais de 50% em títulos emitidos por empresas – como debêntures e Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs).

Como esses títulos não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), oferecem mais risco do que os títulos emitidos pelos bancos e pelo governo. Logo, é importante conhecer o rating de crédito dos emissores dos títulos que compõem a carteira do fundo.

Fundos de ações

Para ser considerado dessa categoria, o fundo precisa aplicar, no mínimo, 67% de seu patrimônio no mercado acionário. Além de ações, outros ativos que representem títulos de companhias – como cotas de outros fundos de ações, recibos ou bônus de subscrição ou BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também podem fazer parte de um fundo de ações.

Pela volatilidade dos títulos que formam a maior parte do patrimônio, os fundos de ações são indicados para perfis mais arrojados, e devem fazer parte da carteira de longo prazo.

Fundos cambiais

Para quem deseja diversificação internacional de forma acessível, os fundos cambiais são uma boa escolha. Esses fundos investem, no mínimo, 80% do patrimônio em ativos relacionados a moedas internacionais, como ações de empresas estrangeiras, bonds e derivativos em alguns casos. Na maioria das vezes, esses ativos são atrelados ao dólar ou ao euro.

Embora os ativos sejam atrelados a moedas estrangeiras, o investimento em fundos cambiais é feito em reais. Esse tipo de fundo também é indicado para perfis mais arrojados, pois além da volatilidade do mercado de capitais, há também a oscilação do câmbio a se considerar. 

Fundos multimercado

Esse é o tipo de fundo mais versátil do mercado, pois a sua composição permite atender a qualquer perfil de investidor.

De acordo com o seu regulamento, os fundos multimercado podem investir em qualquer tipo e proporção de ativo. Isso significa que o gestor não precisa respeitar determinados limites comuns a outros tipos de fundos, o que lhe dá liberdade para montar diversas estratégias.

Alguns desses fundos podem, inclusive, conter alavancagem (uso de derivativos). Ao todo, existem 11 estratégias possíveis para os fundos multimercado, que abrangem diversas classes e vencimentos de ativos, moedas internacionais, índices de preços, commodities, e assim por diante.

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários (FIIs) são uma opção para quem deseja investir no mercado imobiliário sem os custos e a burocracia de adquirir um imóvel.

Para formar o patrimônio desses fundos, o gestor investe em ativos relacionados ao setor imobiliário. Por sua vez, esses ativos podem ser imóveis físicos (fundos de tijolo) ou títulos relacionados ao mercado imobiliário (fundos de papel), como CRIs, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras Hipotecárias (LHs).

E há também os FIIs híbridos, que investem em imóveis físicos e recebíveis imobiliários ao mesmo tempo.

Outra característica dos fundos imobiliários é a distribuição obrigatória de 95% dos resultados aos cotistas. A periodicidade do pagamento dos dividendos depende do regulamento de cada fundo, mas a maioria distribui mensalmente os resultados.

Os FIIs estão disponíveis para o investidor no homebroker da corretora de investimentos.

Outros fundos de investimento

Criamos esse tópico para falar sobre fundos de investimento que não são muito populares ou possuem estrutura mais complexas do que os anteriores. Para investir nesses fundos, é preciso um estudo mais aprofundado de suas características. Acompanhe.

FDIC (Fundo de Direitos Creditórios)

Os fundos de direitos creditórios investem em recebíveis normalmente originados da atividade comercial de uma empresa, como recebíveis de cartões, aluguéis, parcelamentos, entre outros. Para ser considerado FDIC, o fundo deve investir, ao menos, 50% nesses recebíveis.

Apesar do nome, o FDIC não funciona da mesma forma que os fundos de investimentos mais conhecidos, pois possui peculiaridades relativas à estrutura, valores, prazos e participantes. Dependendo da composição, o risco e as chances de retorno podem ser altos.

A partir de outubro de 2023, a CVM autorizou que alguns FDICs fossem liberados para investidores de varejo. Até então, somente investidores qualificados ou profissionais tinham acesso ao investimento. No link abaixo, você pode conferir detalhadamente o funcionamento desses fundos:

FIDC: conheça o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios

Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas e Agroindustriais)

O Fiagro é uma das formas de investir no agronegócio brasileiro, pois ele aloca recursos na própria atividade ou em imóveis ligados ao segmento.

Esse investimento pode ser de três tipos: o Fiagro-FDIC, que investe em direitos creditórios; o Fiagro-FII, que investe em propriedades agrícolas ou em títulos relacionados à atividade; e o Fiagro-FIP, no qual o investidor adquire participação societária em uma empresa do setor.

A exemplo dos FIIs, oFiagro também paga dividendos, logo é mais uma alternativa para quem busca renda passiva nos investimentos.

Fundos de capital de risco

Os fundos de private equity e venture capital – também chamados de capital de risco – são alternativas mais sofisticadas de investimento. Eles servem a investidores que desejam rentabilizar o patrimônio e a empresas que buscam financiamento para suas atividades ou para determinados projetos em específico.

Embora ambos se destinem a captar recursos para empresas, existem diferenças relativas à fase de desenvolvimento do negócio, setor de atuação e percentual de participação. Normalmente, o private equity (PE) investe em empresas mais maduras e que estão reestruturando a operação, e o venture capital (VC) foca em startups e empresas iniciantes.

Além disso, o PE não tem foco específico em um segmento. Por sua vez, o VC dá preferência a empresas de tecnologia, biotecnologia e outros setores ligados à inovação.

Por fim, normalmente o PE adquire o controle ou a totalidade da empresa, enquanto o VC geralmente limita sua participação entre 10% e 20% do negócio.

Nas duas modalidades, é preciso considerar o longo prazo, pois ambas dependem da maturação dos projetos das empresas para obter resultados.

É seguro investir em fundos?

Diferentemente da renda fixa bancária, os fundos de investimento não contam com a proteção do FGC. Logo, mesmo o fundo DI mais conservador teoricamente oferece mais risco do que o Tesouro Direto ou um CDB, por exemplo.

Além disso, dependendo do tipo de fundo, você estará mais ou menos exposto ao risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez. Em qualquer situação, é importante conhecer o investimento e sempre investir de acordo com a sua tolerância ao risco.

Como escolher um fundo de investimento?

Depois de conhecer os tipos de fundos e determinar qual a sua tolerância ao risco, é hora de escolher os investimentos mais adequados ao seu contexto. A seguir, listamos alguns itens a serem avaliados.

Liquidez

É importante entender como funcionam os prazos de cotização e liquidação dos fundos, pois eles estão relacionados à liquidez do investimento. Em outras palavras, isso tem a ver com a velocidade com que você pode contar com o dinheiro assim que pede o resgate.

Se o objetivo do fundo for a reserva de emergência, você precisará de uma aplicação de liquidez imediata ou diária. Já se a ideia é formar reservas para o longo prazo, ou diversificar em ativos internacionais, por exemplo, a liquidez deixa de ser prioridade e você pode optar por um fundo de ações, multimercado ou cambial, se isso estiver alinhado ao seu perfil de investidor.

Custos

As taxas que vimos anteriormente impactam direto na rentabilidade dos fundos de investimento. Logo, é preciso comparar custos de fundos semelhantes para tomar a melhor decisão.

Lembrando que o prazo de resgate também impacta na alíquota do IR. Exceto pelo fundo de ações, que é tributado sempre em 15%, a maioria dos fundos segue a tabela regressiva, que varia de 22,5% a 15% de IR sobre os rendimentos de acordo com o tempo em que o dinheiro fica investido.

Retrospecto do fundo

Assim como os custos, vale a pena comparar a rentabilidade do fundo com outros da mesma categoria. Embora isso não seja garantia de performance futura, analisar o retrospecto do fundo nos dá uma ideia de como a carteira se comporta em diferentes períodos da economia, seja em tempos de crise ou de prosperidade.

Além dos administradores dos fundos, a CVM e a ANBIMA também disponibilizam o histórico dos investimentos em seus sites.

Rating

Também é interessante consultar o rating dos fundos de investimentos, que consideram aspectos de risco e rentabilidade. Esse rating é dado por casas de análises, e ajudam a entender quais fundos oferecem os melhores resultados do mercado.

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

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